sexta-feira, 31 de agosto de 2012

WISE descobre milhões de buracos negros e galáxias extremas

A missão WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) da NASA descobriu um vasto tesouro de buracos negros supermassivos e galáxias extremas que os astrônomos chamaram de "hot DOGs", galáxias obscurecidas por poeira. As imagens obtidas pelo telescópio revelaram milhões de poeirentos candidatos a buraco negro por todo o Universo e cerca de 1.000 são objetos ainda mais poeirentos que se pensa serem algumas das galáxias mais brilhantes já descobertas. Estas poderosas galáxias, que brilham intensamente no infravermelho, têm a alcunha de "DOGs (Dust-Obscured Galaxies) quentes". "O WISE expôs uma mistura variada de objetos escondidos," afirma Hashima Hasan, cientista do programa WISE na sede da NASA em Washington. "Descobrimos um asteróide que dança à frente da Terra na sua órbita, as esferas tipo-estrela mais frias conhecidas e agora, buracos negros supermassivos e galáxias que se escondem por trás de poeira." O WISE estudou o céu inteiro duas vezes no infravermelho, completando o seu estudo no início de 2011. Como óculos de visão noturna que vêm no escuro, o telescópio capturou milhões de imagens do céu. Todos os dados da missão foram divulgados publicamente, permitindo aos astrônomos mergulhar e fazer novas descobertas. Os achados mais recentes estão a ajudar os astrônomos a melhor compreender como é que as galáxias e os gigantescos buracos negros nos seus centros crescem e evoluem em conjunto. Por exemplo, o buraco negro gigante no centro da nossa Via Láctea, com o nome de Sagitário A*, tem 4 milhões de vezes a massa do Sol e já passou por frenesins periódicos de alimentação onde o material cai na direção do buraco negro, aquece e irradia os seus arredores. Buracos negros centrais maiores, com até bilhões de vezes a massa do Sol, podem até mesmo "desligar" a formação estelar nas galáxias. Num estudo, os astrônomos usaram o WISE para identificar cerca de 2,5 milhões de buracos negros supermassivos em estado de alimentação ativa por todo o céu, que remonta a distâncias de mais de 10 bilhões de anos-luz. Cerca de dois-terços destes objetos nunca tinham sido detectados antes porque a poeira bloqueava a sua luz visível. O WISE vê facilmente estes monstros porque os poderosos buracos negros em acreção aquecem a poeira, fazendo com que brilhem no infravermelho. "Temos buracos negros encurralados," afirma Daniel Stern do JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia, o autor principal do estudo de buracos negros com o WISE e cientista do projeto de outra missão da NASA relacionada com estes astros, a NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array). "O WISE descobriu buracos negros por todo o céu, enquanto o NuSTAR proporciona um olhar inteiramente novo à sua energética radiação em raios-X e com isso aprendemos mais sobre como funcionam." Em outros dois artigos do WISE, os investigadores anunciam a descoberta das galáxias mais brilhantes conhecidas, um dos objetos principais da missão. Até agora, identificaram cerca de 1.000 candidatos. Estes objetos extremos podem debitar mais de 100 bilhões de vezes a luz do Sol. No entanto, têm tanta poeira, que aparecem apenas nos comprimentos de onda mais longos da radiação infravermelha capturada pelo WISE. O Telescópio Espacial Spitzer fez posteriormente observações em mais detalhe e mostrou que, além de conterem buracos negros supermassivos que se alimentam desenfreadamente de gás e poeira, estas "DOGs" estão ocupadas com a produção de novas estrelas. "Estas galáxias poeirentas e cataclísmicas em formação são tão raras que o WISE teve que observar o céu inteiro para as descobrir," afirma Peter Eisenhardt, o autor principal do artigo sobre a primeira destas galáxias brilhantes e poeirentas, e cientista do projecto WISE no JPL. "Estamos também a ver evidências de que estes detentores de recordes podem ter formado os seus buracos negros antes da grande maioria das suas estrelas. Os 'ovos' podem ter vindo antes das 'galinhas'." Já foram confirmados mais de 100 destes objetos, localizados a cerca de 10 bilhões de anos-luz de distância, pelo Observatório W.M. Keck em Mauna Kea, no Hawaii, bem como com o Observatório Gemini no Chile, com o telescópio de 200 polegadas Hale do Observatório Palomar em San Diego, e com o Observatório MMT (Multiple Mirror Telescope) perto de Tucson, Arizona. As observações do WISE, combinadas com dados em comprimentos de onda infravermelhos ainda mais longos obtidos com o CSO (Caltech's Submillimeter Observatory) no Mauna Kea, revelaram que estas galáxias extremas têm mais do dobro da temperatura que outras brilhantes galáxias infravermelhas. Uma teoria é que a sua poeira é aquecida por uma explosão extremamente poderosa de atividade oriunda do buraco negro supermassivo. "Podemos estar vendo uma nova e rara fase na evolução das galáxias," afirma Jingwen Wu do JPL, autor principal do estudo sobre as observações submilimétricas. Todos os três artigos foram publicados na revista Astrophysical Journal.

Créditos: Astronomia On-line

Descoberta do 1º objeto do Cinturão de Kuiper completa 20 anos

Gerard Kuiper foi um daqueles astrônomos que contribuíram muito com a ciência. Por exemplo: ele propôs a teoria de que nossos planetas se formaram a partir da condensação de uma grande nuvem de gás e poeira que existia ao redor do Sol. Ele ainda descobriu a lua Miranda, de Urano; previu com exatidão a composição dos anéis de Saturno; a composição da atmosfera de Marte; a existência de água em forma de gelo no planeta vermelho; ele previu até a sensação de pisar na superfície da Lua (Neil Armstrong confirmou: "como caminhar na neve"). Contudo, a maior hipótese deste holandês veio a eternizar seu nome, e foi uma dupla de astrônomos que confirmou sua existência há 20 anos. Já se conhecia o Cinturão de Asteróides, que existe entre Marte e Júpiter. Kuiper, contudo, previu em um artigo de 1951 que existiria um grupo de objetos além de Plutão, vestígios da formação do Sistema Solar. O primeiro desses objetos foi descoberto em 1992 (chamado de 1992 QB1) por David Jewitt e Janet Luu com um telescópio no Havaí. Esse asteróide, afirma o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), tem uma luminosidade 6 mil vezes menor do que conseguimos ver a olho nu. A região com esses corpos acabou por receber o nome Cinturão de Kuiper em homenagem ao astrônomo - o holandês não foi o primeiro a prever a existência desses objetos, mas acabou por ganhar a fama. Três planetas-anões estão por lá: Makemake, Haumea e Éris (além deles, Ceres, no Cinturão de Asteroides - aquele mais próximo -, e Plutão também estão nessa categoria). Foi a descoberta de Éris, em 2005, que levou a uma das maiores polêmicas dos últimos anos na astronomia. Como Éris era maior que Plutão, veio a dúvida: teremos um 10º planeta no Sistema Solar? A decisão da União Astronômica Internacional, no ano seguinte, foi de "rebaixar" Plutão a planeta-anão (classificação criada no mesmo encontro). Éris e outros corpos gigantes que foram descobertos entraram nessa categoria.

Créditos: Terra

Halo da Olho de Gato

A Nebulosa do Olho do Gato (NGC 6543), é uma das nebulosas planetárias mais bem conhecida no céu. Suas simetrias são vistas na região bem central dessa imagem tentadora, processada de forma a revelar o enorme, mas apagado halo de material gasoso, com aproximadamente 6 anos-luz de diâmetro, que circunda a nebulosa planetária familiar, mais brilhante. A imagem acima é na verdade uma composição feita com dados de banda curta e larga mostrando a impressionante e forte extensão da emissão de átomos de oxigênio ionizados em tonalidades azuis esverdeadas e do hidrogênio e nitrogênio ionizado em vermelho. As nebulosas planetárias têm sido por muito tempo, apreciadas como a fase final da vida de uma estrela como o Sol. Mas recentemente, muitas nebulosas planetárias foram descobertas com halos como esse, provavelmente formado de material expelido durante os episódios ativos da evolução estelar. Enquanto acredita-se que a fase da nebulosa planetária dure cerca de 10.000 anos, os astrônomos estimam que a idade das porções mais externas dos filamentos desse halo, cheguem a ter entre 50.000 a 90.000 anos.

Créditos: APOD

Estrelas gigantes vermelhas podem gerar supernovas

As explosões de supernovas são tão grandes que podem ofuscar o brilho de todas as estrelas de uma galáxia. Elas acontecem quando uma estrela anã branca aumenta sua massa em gigantescas proporções depois de absorver o material de uma estrela próxima. Essa explosão que envia luz para todo o universo cria uma supernova do tipo 1a. Essa troca de materiais entre estrelas já é um evento cosmológico bem conhecido. Mas cientistas ainda têm dúvidas sobre os tipos de estrela que cedem material à anã branca. Acreditava-se que fusões entre duas anões brancas geravam essas explosões. Mas um novo estudo de astrônomos da fundação Las Cumbres Observatory Global Telescope Network (EUA) indica que as estrelas do tipo gigante vermelha, que estão numa fase avançada da evolução estelar, também podem se fundir com anãs brancas e gerar supernovas. A nova descoberta ocorreu em janeiro do ano passado, quando astrônomos avistaram uma supernova de aparência incomum a aproximadamente 675 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Lynx (Lyn). A partir do comportamento do gás na área da explosão, cientistas foram capazes de deduzir que a supernova tinha sido originalmente uma anã branca em órbita em uma estrela gigante vermelha. As supernovas são importantes para os estudos astronômicos porque o brilho intenso faz com que sirvam como velas-padrão para estudos de expansão do universo, energia escura e para medir distâncias entre astros. Descobrir como cada supernova se comporta e classificá-las com mais precisão permitirá que astrônomos melhorem a forma como estudam o universo.

Créditos: Hypescience

Curiosity mostra evidências do antigo oceano marciano em enorme foto clicável

Gigapan é um nome apropriado para um site que hospeda panoramas. Desta vez, temos um panorama literalmente do outro mundo: o Monte Sharp, em Marte. O panorama foi feito com fotos tiradas pela Mast Camera de 34mm do robô Curiosity. Mais precisamente, 130 fotos feitas em 8 de agosto e mais 10 fotos do dia 19 de agosto. O resultado final é um panorama com 29.000×7.000 pixels (203 MPixel). Uma versão da foto teve as cores alteradas para mostrar como a paisagem pareceria se as condições de luz fossem as da Terra, o que nos ajuda a analisar o terreno. Phil Plait, o blogueiro do BadAstronomy, comenta que a paisagem realmente se parece com uma paisagem terrestre que ele viu no estado de Utah (EUA), e que isto não é coincidência, pois os dois terrenos surgiram da mesma forma: “O processo geológico que formou estas regiões é similar. Em algum momento do passado, ela foi cheia de água, e examinado a formação de camadas, isto aconteceu muitas, muitas vezes. Os sedimentos se acumularam e depois foram desgastados, formando esta bela rocha sedimentar”. Ele acrescentou também uma imagem com vários pontos da paisagem destacados e com sua distância à Curiosity marcada. A foto marca não só o destino, mas um caminho interessantíssimo, que vai revelar como o terreno interagiu com a água, e que tipo de água era (provavelmente bastante salgada).

Créditos: Hypescience

Estrela “açucarada” encontrada a 400 anos-luz

Uma equipe de astrônomos americanos e europeus, liderada pelo astrônomo dinamarquês Jes Jørgensen do Instituto Niels Bohr na Dinamarca, descobriu que uma protoestrela está cercada por uma nuvem de glicolaldeído (C2H4O2), um açúcar que que faz parte do RNA e é um dos blocos fundamentais da vida. A descoberta foi feita usando o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array, ou Grande Conjunto Milímetro/submilímetro Atacama, também conhecido como ALMA, um radiotelescópio feito de várias antenas que trabalham em conjunto na faixa do rádio. Os cientistas apontaram para uma protoestrela que faz parte de um sistema binário. Uma protoestrela é uma estrela no início de sua “vida”, e a presença de glicolaldeído a uma distância equivalente à órbita de Urano indica que estas moléculas estão no lugar e no momento certos para “chover” sobre qualquer planeta que se forme em torno daquela estrela, fornecendo um dos blocos necessários para que a vida se origine lá. E o açúcar está se movendo! O radiotelescópio ALMA é tão sensível que consegue detectar a nuvem de gás em torno da protoestrela, determinar que é açúcar, medir a distância em que se encontra da protoestrela, e verificar que ele está se movendo em direção à estrela. Tudo isto examinando as ondas de rádio emitidas pelas moléculas aquecidas pela protoestrela próxima. A estrela binária examinada, IRAS 16293-2422, encontra-se a 400 anos-luz da Terra, na constelação do Serpentário ou Ofiúcio. A distância de 400 anos-luz é considerada pequena, o que a torna um excelente alvo para a pesquisa de moléculas e a química em torno de estrelas. Os astrônomos agora se perguntam até que nível de complexidade estas moléculas podem chegar antes de serem incorporadas a novos planetas, uma pergunta que o ALMA será vital para responder. Além do etilenoglicol, outras moléculas orgânicas complexas foram detectadas na estrela: glicoetileno, formato de metila e etanol. Etanol é álcool, glicoetileno é açúcar. Quem for para lá só precisa levar o limão para a caipirinha.

Créditos: Hypescience

Fenômeno raro, Lua Azul ocorrerá na noite desta sexta-feira

Um fenômeno raro no céu ocorrerá na noite desta sexta-feira, chamado de Lua Azul. Segundo definição popular, uma Lua Azul é a segunda lua cheia em um mesmo mês, que acontece com a frequência de uma vez a cada dois ou três anos. De acordo com o físico do Observatório Astronômico do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) Jorge Honel, agosto terá a segunda lua cheia por que a primeira ocorreu no primeiro dia do mês, dando uma diferença de 29,53 dias entre uma e outra, ideal para o fenômeno ocorrer. Segundo ele, por causa dessa diferença de tempo para o fenômeno acontecer, fevereiro é o único mês do ano que não tem possibilidade de ocorrer a Lua Azul. Esse nome surgiu a partir do anuário astronômico americano do século XIX, quando um astrônomo deu o nome de Blue Moon para a segunda lua cheia que aconteceria em um mesmo mês. O nome, portanto, não está relacionado diretamente à cor do corpo celeste. Na língua inglesa, a expressão "a cada Lua Azul" é utilizada para indicar eventos possivelmente raros. Diferente do que o nome indica, o fenômeno não apresenta um brilho mais intenso, não tem uma coloração azulada e não sofrerá nenhuma mudança de fato. Para o astrônomo da Fundação Planetário do Rio de Janeiro Naelton Mendes de Araújo, o fenômeno é mais cultural do que astronômico. Ela poderá ser vista de qualquer lugar do mundo e é uma lua cheia normal. A próxima Lua Azul está prevista para ocorrer em julho de 2015. A última vez que o fenômeno apareceu no céu foi no dia 31 de dezembro de 2009, o tipo mais raro de ocorrência. Segundo Honel, o dia é considerado difícil de ocorrer por coincidir com a véspera de Ano Novo. "Todos os meses que têm 31 dias estão sujeitos a ter a Lua Azul, e por causa do período lunissolar (calendário baseado nos movimentos da Lua e do Sol), em determinados meses o fenômeno pode ocorrer mais facilmente", explica.

Créditos: Terra

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Descoberto 1º sistema multiplanetário ao estilo 'Star Wars'

Pesquisadores de diversas instituições apresentam terça-feira na União Astronômica Internacional a descoberta do primeiro sistema multiplanetário conhecido ao redor de uma estrela binária. Anteriormente, os astrônomos já haviam descoberto quatro sistemas parecidos, mas com apenas um exoplaneta em cada. Além disso, um desses corpos está na "zona habitável", o que anima os cientistas. O artigo que descreve o estudo será publicado na Science. O sistema, que lembra o do planeta Tatooine, da saga Star Wars, foi chamado de Kepler-47 - já que foi descoberto pelo telescópio Kepler. Lá, as duas estrelas giram ao redor uma da outra (em um centro gravitacional comum) a cada 7,5 dias terrestres. Uma delas é similar ao Sol, enquanto a outra é menor, com apenas um terço do tamanho e 175 vezes mais fraca. O planeta mais próximo delas tem três vezes o diâmetro da Terra e orbita o par a cada 49 dias terrestres. O corpo mais longínquo é um pouco maior que Urano e seu ano dura 303 dias. Este é o que chamou mais a atenção dos cientistas. Essa distância para suas estrelas significa que ele está na chamada "zona habitável", ou seja, que pode ter as condições para sustentar a vida como a conhecemos. Apesar de certamente ser um gigante gasoso sem vida, esse planeta anima os pesquisadores, já que agora sabemos que corpos com condições para o aparecimento de seres vivos podem existir ao redor de estrelas binárias. O novo sistema planetário está a "apenas" 5 mil anos-luz da Terra. Apesar disso, a distância é muito grande para que seja visto diretamente - os planetas foram detectados devido à queda no brilho do par de estrelas quando eles transitam em frente a elas. Após o registro do Kepler, o Observatório McDonald, no Texas, mediu o tamanho e massa relativos dos objetos - eles têm massa provável entre oito e 20 vezes maior que a da Terra. "O que eu achei mais excitante é o potencial para habitabilidade em um sistema circumbinário. Kepler-47c não deve ser capaz de sustentar vida, mas se ele tiver grandes luas, estas podem ser mundos interessantes", diz William Welsh, da Universidade Estadual de San Diego (EUA), um dos autores do estudo, deixando fãs de Star Wars animados com a possibilidade de existir uma Endor por aí.

Créditos: Terra

Astronautas falham ao instalar novo distribuidor elétrico na ISS

A astronauta americana Sunita Williams e o japonês Akihiko Hoshide não conseguiram instalar um novo distribuidor elétrico na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), em substituição a outro, que está estragado, durante a expedição espacial realizada nesta quinta-feira. Os astronautas conseguiram retirar e armazenar a peça estragada, mas tiveram dificuldades para fixar a nova em uma das principais vigas da estação espacial internacional, que orbita a 380 quilômetros da Terra. A estação tem quatro quadros elétricos que distribuem a eletricidade aos canais de energia da estação. A peça retirada começou a dar problemas em outubro de 2011 e, apesar de não ter deixado de funcionar totalmente, não operava em plena capacidade, os especialistas da Agência Espacial Americana (Nasa) temiam que ela falhasse a qualquer momento, e a partir daí, decidiram substituí-la. No entanto, apesar das mais de 8h em que os astronautas estiveram no espaço, não conseguiram fixar a nova peça, que ficará como tarefa pendente para a próxima missão espacial realizada pela tripulação da ISS, assim como a substituição de uma câmara no braço robótico canadense Canadarm2. "Infelizmente não completamos todas as nossas tarefas", informou em uma videoconferência após concluir a missão, o diretor do programa da ISS da Nasa, Michael Suffredini. Suffredinni destacou o "excelente trabalho" de toda a equipe e explicou que estão avaliando se há tempo para programar outra caminhada espacial para os membros da expedição 32 à ISS, decisão a ser tomada nas próximas semanas. A Nasa não teme que o contratempo afete a eletricidade da estação, já que contam com recursos suficientes para distribuir e compartilhar a energia de forma equilibrada. Os astronautas cumpriram com sucesso a segunda das principais tarefas previstas para hoje, que era a conexão de dois cabos para receber um novo módulo de laboratório russo no ano que vem. A missão, que tinha previsão de duração de 6h30, se prolongou por conta do imprevisto e foi a terceira mais longa da história, durando 8h56. Essa foi a quinta expedição espacial para Williams, que completou 37 horas e 34 minutos em atividades extraveiculares, enquanto eram as primeiras do astronauta japonês. Os astronautas completaram a missão 164 em apoio aos trabalhos de montagem e manutenção do laboratório espacial, um projeto de mais de US$ 100 bilhões no qual trabalham mais de 12 de países.

Créditos: Terra

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O maior ponto de exclamação do universo

O espaço sideral também faz lá suas metáforas. Um evento cósmico de grande porte, tal como uma colisão entre duas galáxias, merecia mesmo ser marcado no céu de maneira notável. E foi isso que a NASA fotografou na última semana: um gigantesco ponto de exclamação. A imagem, capturada pelas lentes de um telescópio, é de um evento que aconteceu a cerca de 450 milhões de anos-luz da Terra. Na peculiar classificação da astronomia, você pode chamar as galáxias colididas por três nomes: UCG 9618, VV 340 ou Arp 302. Seja qual for a denominação, o que acontece é uma aproximação entre duas massivas galáxias de conteúdo gasoso, em sua maioria. A tendência, conforme explicam os cientistas, é que ambas as galáxias se fundam com o passar dos milhões de anos. E se você está lamentando o destino de tais galáxias, a nossa própria muito provavelmente seguirá o mesmo caminho, e se fundirá com outras. Neste exato momento, a Via Láctea está em rota de colisão com a galáxia Andrômeda, que tem o dobro do seu tamanho. Uma se aproxima da outra a uma velocidade de 480.000 km/h – o que é uma lentidão modorrenta em termos estelares. Mas isso não muda o fato de que a fusão acontecerá um dia, e os astrônomos estimam que seja em cerca de 3 bilhões de anos. É uma pena que nenhum de nós vai ver a foto desse evento.

Créditos: Hypescience

China seria a maior esperança de retorno do homem à Lua, diz jornal

Mais de 40 anos depois da chegada do homem à Lua, episódio protagonizado pelo comandante da Apollo 11 Neil Armstrong, que morreu no último sábado aos 82 anos, as perspectivas de um retorno da Nasa nos próximos anos são baixas, diferente do que se imaginava há três anos. Atualmente, a China é a única nação que fala sério a respeito de missões tripuladas à Lua. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. Enquanto os Estados Unidos, após terem cancelado planos de retomar explorações lunares, pretendem acelerar o desenvolvimento de um substituto dos ônibus espaciais e baratear o custo de manutenção dos atuais programas, a agência estatal de notícias chinesa afirmou que o País tem planos de pousar sua primeira sonda na Lua em 2013. Planejado longe dos olhos da mídia, o programa espacial chinês pretende construir um superfoguete com capacidade para impulsionar uma espaçonave tripulada na direção da Lua. A futura visita, porém, não deve acontecer em menos de uma década.

Créditos: Terra

Curiosity em Marte: O Monte Sharp

O que é isso no horizonte? O pico claro do Monte Sharp, um destino eventual de exploração do rover Curiorisity em Marte. A imagem acima na verdade é um mosaico gerado desde o agora chamado Bradbury Landing, o ponto de pouso do rover Curiosity, e mostra em primeiro plano, o braço robótico estendido do rover. O rover Curiosity já está em movimento cruzando o pedregoso campo em direção a um interessante terreno já denominado de Glenelg. O rover Curioisty também já começou a analisar sua vizinhança acertando com um laser uma rocha ali perto e analisando a composição química da mesma. Se a vida existiu algum dia em Marte, ela pode muito bem ter ocorrido aqui na Cratera Gale, onde se encontra o rover, e o Curiosity é sem sombra de dúvidas a melhor chance da humanidade de encontrar o que restou dessa vida.

Créditos: APOD

A Via Láctea tem agora um gêmeo (ou dois)

Uma pesquisa apresentada na Assembléia Geral da União Astronômica Internacional em Pequim confirma a descoberta do primeiro grupo de galáxias que é tal como a nossa, uma visão rara no Universo local. A Via Láctea é só por si uma galáxia bastante típica, mas em conjunto com as suas vizinhas próximas - as Nuvens de Magalhães - é muito rara, e podia ser única, até que um estudo do nosso Universo local descobriu outros dois exemplos tal como o nosso. O astrônomo Aaron Robotham, do ICRAR (Centre for Radio Astronomy Research) da Universidade da Austrália Ocidental e da Universidade de St. Andrews na Escócia procurou grupos de galáxias parecidas com a nossa no mapa mais detalhado até agora do Universo local, o GAMA (Galaxy and Mass Assembly). "Nunca tínhamos descoberto outro sistema de galáxias tal como a Via Láctea até agora, o que não é surpreendente tendo em conta quão difíceis são de avistar! Só recentemente foi possível fazer o tipo de análises que nos permite encontrar grupos semelhantes," afirma o Dr. Robotham. "Tudo tinha que ficar em sintonia: precisamos de telescópios poderosos o suficiente para detectar não só as galáxias, como também as suas tênues companheiras, precisávamos estudar grandes seções do céu, e acima de tudo precisávamos ter a certeza que não saltávamos nenhumas galáxias na pesquisa." As sofisticadas simulações de como as galáxias se formam não produzem muitos exemplos similares à Via Láctea e aos seus arredores, prevendo que sejam uma ocorrência muito rara. Os astrônomos não eram capazes de dizer quão rara até agora, com a descoberta de não apenas uma, mas duas correspondências exatas entre as centenas de milhares de galáxias pesquisadas. "Descobrimos que aproximadamente 3% das galáxias parecidas com a Via Láctea têm galáxias-satélite como as Nuvens de Magalhães, o que é muito raro. No total, descobrimos 14 sistemas galácticos parecidos com o nosso, e desses apenas 2 são uma correspondência quase exata," afirma o Dr. Robotham. A Via Láctea está trancada numa complexa dança cósmica com as suas íntimas companheiras, a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães, facilmente visíveis no céu noturno do hemisfério sul. Muitas galáxias têm em órbita galáxias menores, mas poucas têm duas tão grandes quanto as Nuvens de Magalhães. O trabalho do Dr. Robotham também mostra que embora companheiras como as Nuvens de Magalhães sejam raras, quando são descobertas, são normalmente descobertas perto de uma galáxia muito parecida com a Via Láctea, o que significa que estamos no local ideal e na altura ideal para observar este espetáculo no nosso céu noturno. "A Galáxia onde vivemos é perfeitamente normal, mas as vizinhas Nuvens de Magalhães são uma ocorrência rara e possivelmente de curta duração. Devemos apreciá-las enquanto podemos, só vão cá ficar durante mais alguns milhares de milhões de anos," acrescenta o Dr. Robotham. O Dr. Robotham e colegas conseguiram obter mais tempo nos telescópios na Nova Gales do Sul e no Chile para estudar estes sistemas gêmeos da Via Láctea que descobriram. O estudo GAMA é uma colaboração internacional liderada a partir do ICRAR e do Observatório Astronômico Australiano para mapear o nosso Universo local em maior detalhe.

Créditos: Astronomia On-line

Lua encontra Estrela da Manhã

Nascendo nas escuras horas da manhã antes do amanhecer, o planeta Vênus agora brilha como a magnífica estrela da manhã. A sua próxima conjunção com a Lua no dia 13 de Agosto de 2012, pôde ser apreciada ao redor do planeta Terra. Mas os observadores no leste da Ásia foram também presenteados com uma ocultação lunar, a Lua crescente passou diretamente na frente do brilhante planeta ainda no céu escuro. Essa composição acima, foi gerada a partir de imagens obtidas com intervalos de 10 minutos seguindo o belo desempenho celeste de cima das luzes da cidade e das nuvens que cobriam parte de Taebaek, Coréia. A ocultação começou perto do horizonte e progrediu enquanto o par se levantava nos céus. Vênus, primeiro desapareceu no lado iluminado da Lua crescente emergindo tempo depois do limbo escuro do nosso satélite.

Créditos: APOD

Nasa adia para quinta-feira o lançamento de duas sondas espaciais

A Nasa (agência espacial americana) adiou para a próxima quinta-feira o lançamento de um foguete Atlas V que deve pôr em órbita duas sondas espaciais para o estudo da influência do Sol sobre a Terra e os anéis de radiação que a rodeiam. O lançamento no Cabo Canaveral (Flórida) estava previsto para ontem, mas inicialmente foi atrasado durante pelo menos 24 horas devido ao mau tempo. Finalmente, e após uma avaliação das previsões meteorológicas desfavoráveis devido à tempestade tropical "Isaac" que castiga a região, a Nasa decidiu programar o lançamento para quinta-feira, segundo seu site oficial. A partida do foguete estava prevista originalmente para sexta-feira, mas ficou postergada devido a uma falha em um dos monitores das condições meteorológicas. A missão, denominada Radiation Belt Storm Probes (RBSP), tem como objetivo estudar os cinturões de Van Allen, dois anéis gigantes de plasma que envolvem a Terra. Nestas zonas se concentram as partículas eletrificadas que além da atmosfera protetora da Terra dominam o Universo. De fato, 99% do universo está composto por este gás eletrificado, conhecido como plasma. Estes anéis de superfície toroidal são as áreas nas quais os prótons e elétrons circulam, em espiral e em grande quantidade, entre os pólos magnéticos da Terra. As sondas RBSP foram desenvolvidas para analisar a forma como o Sol, e em particular as tempestades solares, afetam o entorno terrestre em várias escalas de espaço e tempo. Outros satélites que orbitam na região estão programados para apagar seus sistemas ou proteger-se quando ocorrem intensas tempestades solares, mas os da missão RBSP seguirão colhendo informação e por isso foram construídos para suportar o bombardeio de partículas e radiação nos cinturões de Van Allen. Os instrumentos das sondas proporcionarão as medições que os cientistas necessitam para compreender não só a origem das partículas eletrificadas, mas também os mecanismos que dotam essas partículas de grande velocidade e energia. As duas sondas RBSP terão órbitas excêntricas quase idênticas, que cobrem toda a região dos cinturões de radiação, e os satélites se cruzarão várias vezes no curso de sua missão. As sondas octogonais pesam mais de 635 quilos cada uma e medem 1,85 metros de largura e 90 centímetros de altura. Os sensores de campo elétrico e magnético se estendem sobre varas que os afastam da sonda, que pode gerar seus próprios campos elétrico e magnético e distorcer as medições.

Créditos: Terra

Meteoros Perseidas de 2012 e o alinhamento planetário

A chuva anual de meteoros Perseidas desse ano de 2012, como observada no céu sobre o estado norte-americano de Ohio, ultrapassou as expectativas. O céu claro, a Lua nascendo mais tarde, Júpiter e Vênus brilhando no céu a leste, e alguns meteoros brilhantes, fizeram dessa noite de observação uma noite memorável entre os dias 11 e 12 de Agosto de 2012, para quem pôde acompanhar o evento. A foto acima mostra três meteoros Perseidas como observados desde a cidade de Dayton em Ohio. Durante o decorrer da noite, o sistema de câmeras que vigiavam o céu registrou 230 meteoros Perseidas. Pode-se notar na imagem acima o domo na parte inferior da imagem que é parte do observatório caseiro do fotógrafo.

Créditos: EPOD

41 novos planetas transitando o campo de visão do Kepler

Dois novos estudos verificaram 41 novos planetas em trânsito em 20 sistemas estelares. Esses resultados podem aumentar o número de planetas confirmados em mais de 50%, para 116 planetas em 67 sistemas, mais da metade desses sistemas contém mais de um planeta. Dezenove dos novos sistemas planetários validados têm dois planetas de trânsito bem próximos e um sistema desses têm três. Cinco desses sistemas são comuns a ambos os estudos. Os planetas têm tamanhos variando desde o tamanho da Terra até tamanhos mais que sete vezes maiores que a Terra, mas geralmente as órbitas desses planetas são muito próximos de suas estrelas de modo que são muito quentes e por isso mundos inóspitos. Os planetas foram confirmados através da análise do Transit Timing Variations (TTVs). Em sistemas próximos, a força gravitacional dos planetas causam a aceleração ou desaceleração de um planeta ao longo de sua órbita. Essas variações fazem com que o período de cada planeta mude de uma órbita para outra. A análise do TTV demonstra que dois planetas candidatos estão no mesmo sistema e suas massas são planetárias em natureza. “Esses sistemas, com suas grandes interações gravitacionais nos fornecem importantes pistas sobre como os sistemas planetários se formam e se desenvolvem”, disse o pesquisador líder Jason Steffen, um pós-doutorando no Fermilab Center for Particle Astrophysics em Batavia, Ill. “Essa informação nos ajuda a entender como o nosso Sistema Solar se ajustou à população de todos os sistemas planetários”. As duas equipes se pesquisa usaram dados do telescópio espacial Kepler da NASA, que mediu a queda no brilho de mais de 150.000 estrelas, pesquisando por planetas transitando suas estrelas. “Esse grande volume de candidatos a planetas sendo identificados pelo Kepler está inspirando equipes a buscarem por processos de confirmação e caracterização diferentemente. Essa técnica de confirmação TTV pode ser aplicada a um grande número de sistemas de forma rápida e com poucas ou nenhuma observação feita por telescópios em Terra”, disse Natalie Batalha, cientista da missão Kepler no Ames Research Center da NASA em Moffett Field, Califórnia. “Talvez o gargalo entre identificar planetas candidatos e confirmar esse planeta está ficando mais amplo”. O Ames Research Center em Moffett Field, na Calfórnia, administra o desenvolvimento do sistema terrestre do Kepler, as operações de missões e a análise de dados científicos. O Laboratório de Propulsão a Jato em Pasadena na Califórnia, administra o desenvolvimento da missão do Kepler. A empresa Ball Aerospace and Technologies Corp. Em Boulder, Colorado, desenvolveu o sistema de vôo do Kepler e suporta as operações com o Laboratory for Atmospheric and Space Physics na Universidade do Colorado em Biulder. O Space Telescope Science Institute em Baltimore arquiva, hospeda e distribui os dados científicos do Kepler.

Créditos: NASA

domingo, 26 de agosto de 2012

Neil Armstrong, 1º homem a pisar na Lua, morre aos 82 anos

O ex-astronauta americano Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, morreu aos 82 anos, segundo reportagens na mídia dos Estados Unidos neste sábado. Armstrong tinha sido submetido a uma cirurgia no coração no começo deste mês para desobstruir artérias. Como comandante da missão Apollo 11, Armstrong se tornou o primeiro ser humano a pisar na Lua em 20 de julho de 1969. Em nota, a família afirmou que Armstrong morreu devido a complicações cardiovasculares, mas não revelou o local onde ele estava. Os familiares o descrevem como um carinhoso marido, pai, avô, irmão e amigo, além de "um relutante herói americano que sempre acreditou que estava fazendo o seu trabalho." Armstrong descobriu durante exames em um hospital que quatro artérias coronárias estavam entupidas e teve que passar por uma cirurgia de emergência no início de agosto. O ex-astronauta vivia em Cincinnati, onde fica o hospital no qual fez os exames e foi operado. À TV NBC, Gene Cerman (que esteve na Lua na Apollo 17) relatava uma conversa que teve à época com Carol Armstrong (mulher de Neil) e ela afirmou que ele se recupera bem após o procedimento. O astronauta tinha uma vida recatada. Sua última aparição pública foi no Congresso, em novembro do ano passado, quando defendeu a Nasa - a agência espacial americana - dos cortes no orçamento e recebeu uma medalha dos parlamentares. Armstrong nasceu em Wapakoneta, no Estado americano de Ohio, em 1930. Ele foi um apaixonado pela aviação e deixou a universidade em 1950 para lutar na Guerra da Coréia. Na luta, participou de 78 combates aéreos. Após o conflito, começou a trabalhar como piloto de teste, levando a aeronave X-15 - um misto de avião e foguete - ao limite com o espaço. Foi um dos primeiros astronautas civis e participou do programa Gemini, da Nasa. Em uma missão, uma falha no equipamento quase fez com que a nave se perdesse no espaço. Armstrong, conhecido por sua calma e frieza em momentos de crise, usou um sistema reserva para parar a nave (que girava sem controle) e fazer um pouso de emergência no Pacífico. Mas foi o programa Apollo que eternizou o nome deste americano. Atrás dos soviéticos na corrida espacial (que já tinham mandado o primeiro satélite artificial e o primeiro homem ao espaço), o então presidente americano John F. Kennedy prometeu, em 1962, que até o fim da década iria mandar alguém para a Lua. A preparação incluiu o treinamento para aprender a controlar o módulo lunar. Foi outro momento em que ele esteve próximo da morte. O astronauta teve que ejetar durante um vôo para não morrer na queda do equipamento. Em 16 de julho de 1969, Armstrong deixava a Terra a bordo de um gigantesco foguete Saturn V (o maior já construído pelo ser humano) ao lado dos também americanos Buzz Aldrin e Mike Collins. No dia 20 do mesmo mês, Armstrong anuciava: "A águia pousou". Pouco depois, pisava no nosso satélite natural ao lado de Aldrin. Collins ficou em um módulo em órbita. Após a Apollo 11 e todas as honrarias que recebeu pelo feito, Armstrong dificilmente apareceu em público. Ele deixou a Nasa e foi para a Universidade de Cincinnati e depois trabalhou em empresas particulares. O homem reservado decepcionava muitos fãs ao frequentemente negar autógrafos e também aos jornalistas que pediam entrevistas. "Não quero ser um monumento vivo." "No meu ponto de vista, uma grande conquista da Apollo foi a demonstração de que a humanidade não está presa para sempre no seu planeta", disse Armstrong em uma rara aparição.

Créditos: Terra

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cores da conjunção

Durante a última semana, o cair da noite no planeta Terra tem mostrado Marte, Saturno e Spica numa bela conjunção perto do horizonte oeste. Ainda formando os cantos de um distinto triângulo celeste depois do pôr-do-Sol e recentemente tendo a Lua se juntado a esse grupo, os astros apresentam aproximadamente o mesmo brilho, emobra a cor deles sejam diferentes. Essa bela imagem de rastros estelares foi registrada enquanto o trio caminhava para se pôr, no dia 12 de Agosto de 2012, com uma lente telescópica, e foi feita na costa do Lago Eppalock na parte central de Victoria, na Austrália. Ao fundo pode-se ver árvores do tipo eucalipto, a imagem levemente borra os rastros com o objetivo de mostrar as cores de maneira mais saturada. Será que você consegue adivinhar qual rastro equivale a cada astro? Claro, que o rastro mais avermelhado é Marte, com Saturno na parte direita. À esquerda está a quente e luminosa Spica, uma estrela azulada pertencente à constelação de Virgem.

Créditos: APOD

Conjunção planetária é registrada no céu do Rio Grande do Sul

Quem olhar para o céu até o final de agosto em todo o País poderá assistir a olho nu um fenômeno chamado conjunção planetária. Os planetas Marte e Saturno e a estrela Spica podem ser vistos alinhados e em boas condições de observação. "Uma conjunção ocorre quando os astros estão angularmente próximos no céu, ou seja, quase na mesma direção. Eles poderão ser vistos no horizonte poente, isto é, no lado oeste, onde o Sol se põe" - explica o professor Jair Barroso, do Observatório Nacional. Com um tom avermelhado, Marte aparece como o mais alto dos três, em imagem registrada na última terça-feira em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. Com um tom amarelado, Saturno fica à direita, e tem brilho de intensidade parecida. À esquerda, ao lado da Lua crescente, está a estrela Spica, a principal da constelação de Virgem. "Ela apresenta cintilação, que, em geral, os planetas não mostram. A cintilação de sua luz é devido às turbulências da atmosfera terrestre", explica Barroso. Na bandeira brasileira, a Spica é a única estrela localizada acima da faixa de "Ordem e Progresso", representando o estado do Pará. A próxima conjunção entre Marte, Saturno e a Spica ocorrerá daqui 30 anos, tempo que Saturno levará para dar uma volta completa em torno do Sol. A partir daí, será preciso que Marte passe pela mesma direção para formar o alinhamento. No mês passado, uma conjunção entre a Lua, Vênus, Júpiter e a estrela Aldebaran, da constelação de Touro, também foi registrada por internautas no céu brasileiro. Um outro fenômeno, denominado "Lua Azul", também está previsto para acontecer em agosto. Segundo o professor Dr. João Batista Garcia Canalle, coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), "não se trata da alteração da cor do nosso satélite. É uma coincidência astronômica, quando, no mesmo mês, temos duas Luas cheias. A primeira foi no dia 1º e a segunda será no dia 31. Esse fenômeno só ocorrerá novamente em 2015", explica.

Créditos: Terra

Curiosity realiza primeiro percurso e deixa marcas em Marte


A sonda Curiosity deu nesta quarta-feira seus primeiros "passos" em Marte e já deixou marcas sobre a superfície do Planeta Vermelho, após um percurso de aproximadamente 4,5 m, indicaram os engenheiros da Nasa (a agência espacial americana). "A missão está funcionando extremamente bem. Aqui vocês têm um diretor da missão sorridente", descreveu Peter Theisenger, diretor da missão em entrevista no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), em Pasadena (Califórnia). O equipamento se deslocou aproximadamente 4,5 m esta madrugada e realizou vários giros de entre 90 e 180 graus sobre a superfície de Marte, nos quais se comportou como esperado, confirmou Theisenger. Para as manobras, o explorador precisou de cerca de 16 minutos, e enviou, em seguida, novas fotografias em preto e branco. Pouco antes, o engenheiro da missão, Allen Chen, havia afirmado pelo Twitter: "Marcas de roda em Marte. A equipe de entrada, descida e aterrissagem concluiu seu trabalho. Parabéns às equipes de mobilidade e superfície!". A Curiosity, que aterrissou na superfície de Marte na madrugada de 6 de agosto, enviou centenas de fotografias em preto e branco e coloridas que proporcionaram a visão de Marte mais nítida conhecida até agora. O robô, do tamanho de um pequeno carro e com 1 t de peso, chegou com uma missão primária de dois anos na qual percorrerá parte do planeta para analisar sua composição para encontrar condições geológicas para a vida no planeta.

Créditos: Terra

Russos equipando a ISS

Os cosmonautas russos Gennady Padalka (acima), comandante da Expedição 32 e Yuri Malenchenko, engenheiro de vôo, participaram de uma sessão da chamada atividade extra-veicular, ou EVA para continuar o abastecimento da Estação Espacial Internacional. Durante cinco horas, e 51 minutos de caminhada espacial realizada no dia 20 de Agosto de 2012, Padalka e Malenchenko moveram o mastro de carga Strela-2 do compartimento de acoplagem Pirs para o módulo Zarya, preparando o Pirs para uma eventual troca com um novo módulo laboratorial de multi-propostas russo. Os dois cosmonautas também instalaram escudos contra detritos de micrometeoros no exterior do módulo de serviço Zvezda e lançaram um pequeno satélite científico.

Créditos: NASA

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Dentro de uma cratera

A imagem acima, mostra com detalhe extraordinário o assoalho e o pico central de uma cratera ainda sem nome, em Mercúrio, que se localiza ao norte da Cratera March. O assoalho, ao mesmo tempo que é plano e suave, é também marcado com múltiplas pequenas crateras. As paredes da crateras se colapsaram o que produziu pequenos terraços.

Créditos: MESSENGER

Planeta 'engolido' por estrela alimenta hipóteses sobre possível fim da Terra

Astrônomos encontraram evidências de um planeta que teria sido "devorado" por sua estrela, dando fôlego a hipóteses sobre qual poderia ser o destino da Terra dentro de bilhões de anos. A equipe descobriu indícios de um planeta que teria sido "engolido" ao fazer uma análise sobre a composição química da estrela hospedeira. Eles também acreditam que um planeta sobrevivente que ainda gira em torno dessa estrela poderia ter sido lançado a uma órbita incomum pela destruição do planeta vizinho. Os detalhes do estudo estão na publicação científica Astrophysical Journal Letters. A equipe, formada por americanos, poloneses e espanhóis fez a descoberta quando estava estudando a estrela BD 48 740 - que é um de uma classe estelar conhecida como gigantes vermelhas. As observações foram feitas com o telescópio Hobby Eberly, no Observatório McDonald, no Texas. O aumento das temperaturas próximas aos núcleos das gigantes vermelhas faz com que essas estrelas se expandam, destruindo planetas próximos. "Um destino semelhante pode aguardar os planetas do nosso sistema solar, quando o Sol se tornar uma gigante vermelha e se expandir em direção à órbita da Terra, dentro de cerca de cinco bilhões de anos", disseo professor Alexander Wolszczan, da Pennsylvania State University, nos EUA, co-autor do estudo. A primeira evidência de que um planeta teria sido "engolido" pela estrela foi encontrada na composição química peculiar do astro. A BD 48 740 continha uma quantidade anormalmente elevada de lítio, um material raro criado principalmente durante o Big Bang, há 14 bilhões de anos. O lítio é facilmente destruído no interior das estrelas, por isso é incomum encontrar esse material em altas concentrações em uma estrela antiga. "Além do Big Bang, há poucas situações identificadas por especialistas nas quais o lítio pode ser sintetizado em uma estrela", explica Wolszczan. "No caso da BD 48 740, é provável que o processo de produção de lítio tenha sido desatado depois que uma massa do tamanho de um planeta foi engolida pela estrela, em um processo que levou ao aquecimento do astro." A segunda evidência identificada pelos astrônomos está relacionada a um planeta recém-descoberto que estaria desenvolvendo uma órbita elíptica em torno da estrela gigante vermelha. Esse planeta tem pelo menos 1,6 vezes a massa de Júpiter. Segundo Andrzej Niedzielski, co-autor do estudo da Nicolaus Copernicus University em Torun, na Polônia, órbitas com tal configuração não são comuns nos sistemas planetários formados em torno de estrelas antigas. "Na verdade, a órbita desse planeta em torno da BD 48 740 é a mais elíptica já detectada até agora", disse Niedzielski. Como as interações gravitacionais entre planetas são em geral responsáveis por órbitas incomuns como essa, os astrônomos suspeitam que a incorporação da massa do planeta "engolido" à estrela poderia ter dado a esse outro planeta uma sobrecarga de energia que o lançou em uma órbita pouco comum. "Flagrar um planeta quando ele está sendo devorado por uma estrela é improvável por causa da rapidez com a qual esse processo ocorre", explicou Eva Villaver da Universidade Autônoma de Madri, na Espanha, uma das integrantes da equipe de pesquisadores. "Mas a ocorrência de tal colisão pode ser deduzida a partir das alterações químicas que ela provoca na estrela." "A órbita muito alongada do planeta recém-descoberto girando em torno dessa estrela gigante vermelha e a sua alta concentração de lítio são exatamente os tipos de evidências da destruição de um planeta."

Créditos: Estadão

Irã surpreende e lançará macaco ao espaço nos próximos dias

O Irã não é exatamente uma potência espacial, mas também não está poupando esforços para isso. Com o objetivo de aprimorar seu conhecimento nesta área estratégica o país agora pretende lançar um macaco em vôo suborbital e trazê-lo são e salvo de volta à Terra. A data de lançamento ainda não foi definida, mas de acordo com o último comunicado da agência espacial iraniana, ISA, o lançamento do foguete estava previsto para acontecer após o Ramadã (mês sagrado islâmico), que terminou em 19 de agosto. Essa não é a primeira vez que o país mostra interesse em colocar animais em órbita. Em janeiro de 2012 um foguete do tipo Saffir levou ao espaço a cápsula Kavoshgar-3, tendo a bordo minhocas, um rato e duas tartarugas. O ponto significativo foi que os animais retornaram à Terra em segurança, demonstrando que o país já detém, pelo menos parcialmente, capacidade de retornar cargas do espaço. O próximo vôo pretende levar ao espaço um macaco da espécie Rhesus (macaca Mullatta), um primata da família Cercopithecidae que habita as florestas temperadas da Índia, China e Afeganistão. Pelas suas características os rhesus são extensivamente estudados e usados em experiências laboratoriais, sendo que o fator sanguíneo Rh foi primeiro demonstrado em macacos dessa espécie. Se tudo der certo e o macaco for trazido com segurança a Terra, o experimento deverá ser o maior avanço do programa espacial iraniano. "Isso deverá demonstrar a capacidade do país de trazer cargas científicas colocadas em órbita, o que não é tão simples assim", disse o especialista em uso militar do espaço Bhupendra Jasani, ligado ao King’s College London. "Apesar de ser um grande avanço, a colocação de humanos no espaço deverá levar ainda alguns anos", completou. Jasani. As incursões iranianas na exploração espacial têm surpreendido os especialistas internacionais devido à sua velocidade e capacidade de sigilo. O país já lançou três satélites domésticos e um quarto está para ser lançado nos próximos meses. Atualmente, o Irã é o nono país com capacidade de colocação de satélites em órbita baixa e o sexto a enviar animais para o espaço.

Créditos: Apolo 11

Físicos não aceitam o Big Bang e dizem que o início de tudo ocorreu por um Big Chill

A imagem tradicional do nascimento do Universo sugere que toda matéria passou a existir após uma explosão cataclísmica há 13 bilhões de anos. Mas este modelo teórico está sendo confrontado por uma nova teoria que sugere que o Universo congelou, passando a existir após um “Big Chill”. Físicos teóricos da Universidade de Melbourne disseram que a melhor metáfora para o início do Universo pode ser considerado como a água que congela, transformando-se em gelo. Nesta nova teoria, as três dimensões espaciais e uma dimensão de tempo “congelaram-se” em seus lugares – e os físicos sugerem que poderíamos aprender sobre as ‘rachaduras no tempo e espaço’ através de observações nas fendas naturais ocorridas em partículas de gelo. Os pesquisadores afirmam que a nossa compreensão da natureza do Universo poderia sofrer uma revolução através das investigações com cristais de gelo. O projeto é do físico James Quach. O novo modelo teórico faz parte da longa busca da humanidade para compreender a origem de tudo o que existe. “Antigos filósofos gregos se perguntavam do que as coisas eram feitas: de uma substância contínua ou átomos individuais? Com microscópios muito poderosos, agora sabemos que a matéria é compota de átomos”, comentou Quach ao DailyMail. Ele prossegue: “Milhares de anos depois, Albert Einstein assumiu que o espaço e o tempo eram contínuos e fluíam sem problemas, mas agora acreditamos que esta hipótese não pode ser válida em escalas muito pequenas”. “Uma nova teoria, conhecida como Graphity Quantum, sugere que o espaço pode ser feito de blocos invisíveis, assim com ocorre com os átomos minúsculos. Esses blocos indivisíveis podem ser pensados como semelhantes aos pixels que formam uma imagem na tela”. “O desafio se dá no fato de que esses blocos de construção são muito pequenos e impossíveis de serem visualizados diretamente”. Apesar das dificuldades e ‘impossibilidades’, Quach e seus colegas acreditam terem descoberto uma maneira de observar esses blocos: “Pense o início do Universo como sendo um líquido. Então, quando o Universo esfriar, irá cristalizar”. Pensando assim, quando tudo esfriasse formando cristais, espera-se que rachaduras se formem, exatamente como ocorre quando a água congela. Uma equipe da RMIT University chefiada por Andrew Greentree disse que alguns desses “defeitos” (rachaduras) são visíveis: “Partículas de luz e outras podem, em teoria, detectar esses defeitos”, declarou Greentree. A equipe calculou alguns destes efeitos e suas previsões são verificadas experimentalmente. A questão agora é saber se o espaço é liso ou constituído a partir de pequenas partes indivisíveis.

Créditos: Jornal Ciência

Nasa descobre que sensor da sonda Curiosity quebrou

A Nasa (a agência espacial americana) admitiu nesta terça-feira seu primeiro fracasso desde a chegada do Curiosity a Marte: a perda de um dos dois sensores para medir a velocidade do vento. Os dados do sensor, situado na extremidade do robô, chegam "saturados", disse Ashwin Vasavada, um dos responsáveis da estação meteorológica do Curiosity. "Nossa equipe acredita que alguns filamentos da placa do circuito estão abertos, provavelmente rompidos, e depois de alguns dias de análise pensamos que se trata de um dano permanente". O sensor funcionou perfeitamente durante a viagem de oito meses a Marte e o dano foi causado durante ou após o pouso, disse Vasavada, destacando que o segundo sensor está "plenamente operacional". "Não detectamos qualquer outro problema com os instrumentos até o momento", concluiu Vasavada. Há pouco mais de duas semanas de sua chegada a Marte e após uma intensa série de testes, a sonda começará a dar suas primeiras voltas no planeta vermelho a partir de quarta-feira, anunciou a Nasa. A Curiosity, um robô de US$ 2,5 bilhões cuja missão é encontrar condições geológicas que indicam que Marte pode ter abrigado vida, chegou ao planeta em 6 de agosto passado e, desde então, é submetida a uma série de testes para garantir que seu equipamento - especialmente 10 instrumentos científicos a bordo - funciona corretamente. Parece pronta, finalmente, para circular e iniciar sua missão científica, destacou a Nasa nesta quarta-feira. "Anteontem (segunda), fizemos um teste de direção", disse Mike Watkins, um dos chefes da missão Curiosity no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) de Pasadena (Califórnia). O robô, do tamanho de um carro pequeno e com seis rodas, sendo quatro giratórias, tem o sistema de direção em perfeito funcionamento e já pode circular, destacou a Nasa. "Faremos nosso primeiro teste de deslocamento hoje", disse Watkins. "Avançaremos uns três metros, vamos girar e depois retroceder um pouco...". Se o teste, que deve durar "menos de meia hora", for bem sucedido, a Curiosity abandonará a zona onde pousou "em três ou quatro dias", disse Watkins. Curiosity avançará em direção a Glenelg, a cerca de 500m de sua atual posição na cratera Gale, em direção oposta a seu objetivo final, o Monte Sharp. Seu alvo no momento é a confluência de três capas geológicas diferentes, de grande interesse para os cientistas. Nos primeiros dias, a Curiosity deverá avançar em um ritmo moderado, a "10, 20 ou 30m por dia", disse Watkins. "Depois, acredito que vamos andar mais de 100m por dia".

Créditos: Terra Ciência

Curiosity se exercita em Marte

Esse conjunto de imagens, mostra o movimento da roda traseira direita do rover Curiosity da NASA, enquanto ele se movimentava no lugar onde pousou em Marte, numa atividade semelhante a exercícios de aquecimentos que fazemos nas nossas academias. Os engenheiros viraram as rodas do Curiosity como um teste de movimentos do rover e também já antecipando e se preparando para a primeira jornada do Curiosity, que deve começar nos próximos dias. As imagens que foram usadas para montar essa animação, foram adquiridas pelas câmeras de navegação do Curiosity, no dia 21 de Agosto de 2012.

Créditos: Cienctec

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Braço do Curiosity passa pelo primeiro teste

Ontem (20 de Agosto), foi a vez do seu longo braço robótico estrear-se no Planeta Vermelho, que, de acordo com os gestores da missão, passou na perfeição um importante exame de saúde. O rover desdobrou o braço robótico e levou a cabo uma complexa série de manobras de teste para confirmar que o apêndice com 2,1 metros está em boas condições para trabalhar. O braço robótico do Curiosity tem cinco articulações e tem na ponta instrumentos sofisticados para estudar o solo de perto. O teste de ontem consistiu na flexão de todas as junções para estender o braço à frente do rover, e na dobra para a sua posição de viagem em preparação para a primeira condução do Curiosity, planeada para os próximos dias. "Correu tudo como esperávamos," afirma Louise Jandura, engenheira do sistema de recolha de amostras do Curiosity no JPL da NASA em Pasadena Califórnia. "Da telemetria e das imagens recebidas, podemos confirmar que o braço foi para as posições ordenadas." O braço robótico do Curiosity é um dos conjuntos de ferramentas mais poderosos do rover. No fim do braço está uma "torre" de 30 kg com quase 60 centímetros de largura. Contém uma broca que pode escavar até 2,5 cm de profundidade em rochas marcianas, um instrumento para recolher amostras, uma câmara para análises microscópicas e um espectrômetro para determinar a composição dos alvos rochosos. "Vamos começar a usar o nosso sistema de amostras nas próximas semanas, e estamos preparando-nos para começar a mover o rover ainda esta semana," afirma Richard Cook, gestor do projecto Curiosity. Mas são precisos mais testes do braço robótico antes que este possa começar o estudo de Marte. O braço tem que passar ainda outras calibrações para se ter a certeza que está funcionando adequadamente.

Créditos: Astronomia On0line

Lineares

Olhando a bela imagem acima feita da porção leste do Mare Tranquilitatis, seus olhos são imediatamente capturados pelo canal sinuoso que serpenteia a superfície do mar. Essa feição foi denominada de forma bem famosa no mapa de planejamento da missão Apollo 11. O canal no centro foi informalmente denominado de Canal Diamondback, e aquele que se estende para a direita, foi chamado de Canal Sidewinder. A ferramenta QuickMap, da sonda LRO, mostra que esse canal é na verdade contínuo de modo que exista um nome para muitos. Mas o que pode chamar a atenção também é uma série de feições retas e paralelas que estão marcadas em branco na imagem. Aquelas feições que estão na sombra da cratera Maskelyne, são cadeias, mas duas outras são canais, na parte superior esquerda e outro na parte superior direita. Algumas dessas feições lineares são radiais à cratera Lamont, mas como um grupo elas não são, embora elas sejam normalmente radiais à Bacia Imbrium. Se essas feições estiverem relacionadas com a Imbrium, nós realmente não sabemos exatamente como as tensões ou as forças desse impacto geraram cadeias e canais tão distantes.

Créditos: LPOD

Vírgula em seus pensamentos

A forma de vírgula da cavidade dentro da Cratera Picasso, em Mercúrio, é totalmente mostrada nesse mosaico monocromático feito pela sonda MESSENGER. A Cratera Picasso, foi a primeira que foi observada em detalhe no terceiro sobrevôo da sonda em Mercúrio, e desde então esse tem sido um objeto de muitos estudos, devido principalmente a sua incomum formação no seu assoalho. Esse tipo de cavidade tem sido observado em vários locais ao redor de Mercúrio, e a hipótese para a formação é que essas cavidades surgiram onde o magma em subsuperfície foi evacuado, fazendo com que a superfície se colapsasse.

Créditos: MESSENGER

Nasa anuncia a próxima sonda que explorará Marte

A Nasa anunciou nesta segunda-feira que a próxima sonda a explorar Marte vai estudar o interior do planeta vermelho para entender porque ele evoluiu de maneira tão diferente da Terra. A InSight deverá ser lançada em 2016, afirma a agência espacial americana. O robô deverá usar instrumentos para determinar se o núcleo do planeta é líquido (como o da Terra) ou sólido e estudar as placas tectônicas de Marte. O estudo, afirma a agência, ajudará os cientistas a entender como os planetas rochosos se formam e evoluem. "A exploração de Marte é uma prioridade para a Nasa, e a escolha da InSight assegura que vamos continuar a revelar os mistério do planeta vermelho e preparar o terreno para uma futura missão humana para lá", diz o diretor da Nasa, Charles Bolden. A missão, liderada pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da Nasa, terá cooperação do Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (CNES) e do Centro Aeroespacial Alemão. A sonda deve pousar em solo marciano em setembro de 2016 e a missão primária deve durar dois anos. A InSight venceu outras duas missões propostas à agência - uma para explorar a lua Titã (que pode abrigar vida) de Saturno, e a outra, um cometa. O robô será baseado na tecnologia usada na sonda Phoenix, que descobriu água próximo às regiões polares do planeta. O custo, excluindo-se o valor do lançamento e serviços relacionados, está orçado em US$ 425 milhões.

Créditos: Terra

Cosmonautas instalam com sucesso escudo contra meteoros na ISS

Os cosmonautas russos Gennady Padalka e Yuri Malenchenko concluíram com sucesso nesta segunda-feira a caminhada espacial que tiveram que adiar por uma hora após ocorrer uma fuga de ar em um dos módulos da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Padalka e Malenchenko finalizaram sua missão às 18h28 (de Brasília) segundo informou o Centro de Controle de Missão em Houston, que indicou que no total a caminhada durou 5 horas e 51 minutos. O centro de controle de missão indicou que os cosmonautas, apesar do atraso inicial, completaram todas as tarefas programadas e inclusive anteciparam duas das previstas para a próxima saída ao espaço. A principal tarefa desta excursão espacial era transferir o guindaste de carga do módulo de acoplamento Pirs ao módulo russo Zaria, para facilitar seu trabalho. Este movimento é outro passo em preparação para o desacoplamento e a eventual retirada do Pirs, a fim de deixar espaço para o novo laboratório russo. Os cosmonautas também instalaram um escudo para proteger de meteoros o módulo de serviço Zvezda e puseram em órbita um pequeno satélite. Os cosmonautas completaram assim com sucesso a 163ª missão em apoio dos trabalhos de montagem e manutenção da Estação Espacial Internacional, uma missão na qual trabalham 15 países. Esta foi a nona experiência de Padalka, que conta com mais de 27 horas de caminhadas espaciais. Enquanto isso, seu companheiro Yuri Malenchenko possui mais de 24 horas de experiência no exterior da plataforma e fez sua quinta caminhada. No próximo dia 30 de agosto será a vez da Sunita Williams e do japonês Akihiko Hoshide, que substituirão uma unidade de distribuição de energia solar e colocarão cabos necessários para receber um novo módulo de laboratório russo no ano que vem. Um dos principais objetivos da atual missão da ISS é realizar um experimento científico para prevenir os desastres naturais em nosso planeta. O programa em questão leva o nome de "Huracan" e tem como objetivo fazer com que os habitantes da plataforma orbital coloquem a prova novos sistemas de previsão e prevenção de catástrofes naturais.

Créditos: Terra

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Se o universo tem 14 bilhões de anos, porque vemos coisas a 32 bilhões de anos-luz?

Em 2003, um trabalho publicado no Physical Review Letters apontava que o raio do universo visível não poderia ser inferior a 46,5 bilhões de anos-luz. Em janeiro de 2011, o Hubble encontrou aquele que é considerado o mais distante objeto já observado, uma estrutura estelar chamada UDFj-39546284, cuja luz viajou por 13,2 bilhões de anos, e que deve estar a aproximados 31,7 bilhões de anos-luz de distância. Se você acompanhou todos estes números, deve estar se perguntando “se a luz do UDFj-39546284 partiu dele há 13,2 bilhões de anos atrás, como é que este objeto pode estar a 31,7 bilhões de anos-luz de distância”? Os números não batem. Será que os astrofísicos realmente sabem o que é uma grandeza e o que significa um número ser maior que o outro? Pode apostar que os astrofísicos sabem de tudo isto. Qual a explicação para esta divergência, então? Ocorre que o universo está em expansão. Se ele está em expansão, então quando a luz viajou por 13,2 bilhões de anos, o caminho que ela percorreu é diferente de 13,2 bilhões de anos-luz; é maior. Você pode imaginar um trem saindo de uma estação, em direção a uma estação que se encontra a uma distância qualquer. Logo depois que o trem parte, a distância começa a sofrer expansão. A estação que ele partiu está mais longe do que a distância que o trem já percorreu, e a distância que o trem ainda tem que percorrer não está diminuindo tão rápido como deveria. Da mesma forma que o nosso trem metafórico, quando a luz deixou o corpo em questão, a distância que a luz percorreu já é menor que a distância que a separa de sua origem. Da mesma forma, o espaço à frente também está em expansão, e a distância que o raio de luz terá de percorrer até atingir o Hubble vai ficando cada vez maior. E não é só isto que está acontecendo. O espaço em que o próprio raio está também está em expansão. E o raio vai ficando cada vez mais esticado, o comprimento de onda vai ficando cada vez maior, e vai se alterando em direção aos comprimentos maiores de onda. Quando ele chegar ao Hubble, os astrofísicos e astrônomos verão as marcas de uma viagem tremenda: de onde veio aquele raio de luz e a que distância se encontra o corpo luminoso que o emitiu, 13.200.000.000 anos atrás.

Créditos: Hypescience

14 bilhões de anos do universo em 78 segundos


A simulação foi criada através de um supercomputador de 1.024 núcleos. Desenvolvido por cientistas do Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian e do Instituto de Estudos Teóricos de Heidelberg, o simulador foi batizado de Arepo. Ele é mais desenvolvido do que modelos anteriores porque tem a capacidade de produzir espirais realistas. Os cientistas utilizaram um novo método de cálculo que mostra com precisão como foi o passado do universo. Para chegar ao resultado final, foi considerado tudo o que compõe o cosmo, incluindo movimentos de gás, estrelas, matéria escura e energia escura. O vídeo é curto, mas o trabalho foi complexo: foram meses de processamento de imagem. Um computador comum demoraria séculos para conseguir processar essa simulação.

Créditos: Hypescience

Cosmonautas instalam painéis para proteger ISS de meteoritos

Os cosmonautas russos Gennady Padalka e Yuri Malenchenko iniciaram nesta segunda-feira uma caminhada espacial para, entre outras coisas, proteger a Estação Espacial Internacional (ISS) de uma possível colisão com meteoritos. "A duração aproximada da missão será de cerca de sete horas", informou o Centro de Controle de Vôos Espaciais da Rússia à agência Interfax. Os cosmonautas russos colocarão, no módulo de serviço Zvezda, cinco painéis e escudos especiais cuja função será proteger a estrutura da plataforma orbital em caso de uma chuva de meteoritos. Além disso, os russos lançarão um microssatélite e tentarão mover o guindaste manipulador de carga Strela-2 do módulo Pirs ao módulo Zarya, a fim de facilitar o trabalho. Se restar tempo, os cosmonautas russos também recolherão no módulo Pirs vários computadores dentro do experimento Biorisk, que devem ser enviados de volta à Terra e tem como objetivo o estudo do impacto da radiação cósmica. Esta será a nona experiência de Padalka, que conta com mais de 27 horas de caminhadas espaciais. Enquanto isso, seu companheiro Yuri Malenchenko conta com mais de 24 horas de experiência no exterior da plataforma e fará sua quinta caminhada. No próximo dia 30 de agosto será a vez da Sunita Williams e do japonês Akihiko Hoshide, que substituirão uma unidade de distribuição de energia solar e colocarão cabos necessários para receber um novo módulo de laboratório russo no ano que vem. Um dos principais objetivos da atual missão da ISS é realizar um experimento cientista para prevenir os desastres naturais em nosso planeta. O programa em questão leva o nome de "Huracan" e tem como objetivo fazer com que os habitantes da plataforma orbital coloquem a prova novos sistemas de previsão e prevenção de catástrofes naturais.

Créditos: Terra

Prestes a deixar o Sistema Solar, Voyager 1 e 2 chegam aos 35 anos

As sondas gêmeas mais famosas (e talvez as mais importantes) da conquista espacial chegam aos 35 anos - pelo menos a mais velha delas. No final dos anos 70, a Voyager 2 e, depois, a 1 deixavam a Terra rumo à próxima estrela no caminho. Lançadas para aproveitar uma conjuntura de planetas para fazer um impulso gravitacional, as duas registraram pela primeira vez de perto muitos planetas e descobriram diversas luas pelo caminho. A missão ficou tão famosa que acabou no cinema e suas imagens históricas inspiraram um dos mais famosos astrônomos - Carl Sagan. Hoje, as duas estão no limite do Sistema Solar e ainda mandam dados para a Nasa. A potência de suas baterias nucleares deve manter a missão (hoje chamada pela Nasa de interplanetária) viva por mais alguns anos. Mas, mesmo depois de não ter mais energia para falar com a mãe Terra, as irmãs Voyager já escreveram seu nome na eternidade.

Créditos: Terra

Há 37 anos, Nasa lançava sonda Viking 1 rumo a Marte

Há 37 anos, em 20 de agosto de 1975, a Nasa entrou para a história com o lançamento da sonda Viking 1 rumo a Marte. Esse foi o primeiro teste da agência espacial de uma nave enviada da Terra para pousar no planeta vermelho - e a primeira espaçonave a pousar em outro planeta desde a missão Apollo. Mais tarde, a agência enviaria a Viking 2 ao espaço. As duas missões foram responsáveis pelas primeiras imagens em alta resolução de terras marcianas. "A equipe do Viking não conhecia a atmosfera marciana muito bem, não tínhamos idéia sobre o terreno ou as rochas, e ainda tentamos fazer um pouso suave na superfície", conta Gentry Lee, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), na Califórnia, Estados Unidos. "Estávamos apavorados e entusiasmados. Todos explodiram de alegria e orgulho quando vimos que havíamos de fato pousado com segurança", conta. A Viking 1 pousou no planeta vermelho em 19 de junho de 1976. A segunda sonda, Viking 2, foi lançada em 9 de setembro de 1975 e entrou em órbita marciana em 7 de agosto de 1976. Elas foram originalmente criadas para uma função de apenas 90 dias, mas continuaram coletando dados por mais de seis anos. Cerca de 4,5 mil imagens de Marte foram acumuladas pelas sondas, sem contar com as mais de 50 mil fotos obtidas pelos satélites que acompanhavam as sondas, mapeando 97% do planeta. As primeiras medidas da atmosfera e superfície do planeta vermelho também foram providenciadas pela sonda. Até 2006, esses dados ainda estavam sendo analisados e interpretados. As informações sugeriam que Marte era bem diferente do planeta atual.

Créditos: Terra

Filamento sobre o Sol

A imagem acima, mostra uma nuvem flutuando sobre o Sol? Sim, mas essa nuvem é um pouco diferente das nuvens que aparecem flutuando sobre a superfície da Terra. A grande feição clara, observada na parte esquerda da imagem acima, é na verdade um filamento e é composto na sua maioria por gás hidrogênio carregado gerado pelo looping do campo magnético do Sol. Em contraste, as nuvens sobre a superfície da Terra, são normalmente mais frias, compostas na sua maioria por pequenas gotículas de água, e são geradas pelos movimentos ascendentes de ar que é mais leve. O filamento acima foi capturado no Sol, aproximadamente há duas semanas, perto da região ativa AR 1535, visível na parte direita da imagem com manchas solares escuras. Os filamentos no Sol, normalmente duram por um período de alguns dias a meses, mas um grande filamento como esse, pode flutuar sobre o Sol por um período de um mês ou mais. Alguns filamentos geram grandes flares se eles repentinamente colapsam de volta ao Sol.

Créditos: APOD