Uma sonda da NASA que descobriu e caracterizou dezenas de milhares de asteróides pelo Sistema Solar antes de ser colocada em hibernação retornará ao serviço por mais três anos começando em Setembro, assistindo assim a agência no esforço para identificar a população de objetos próximos da Terra potencialmente perigosos, bem como aqueles que podem ser utilizados por missões de exploração de asteróides. O Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE) será reativado no próximo mês com o objetivo de descobrir e caracterizar os objetos próximos da Terra, ou NEOs, em inglês, rochas espaciais que podem ser encontradas orbitando a Terra a uma distância de 45 milhões de quilômetros. A NASA antecipou que o WISE usará seu telescópio de 40 centímetros e suas câmeras infravermelhas para descobrir aproximadamente 150 NEOs previamente desconhecidos e caracterizar seus tamanhos, albedo e propriedades térmicas de aproximadamente 2.000 outros – incluindo os que poderiam ser candidatos para a recentemente anunciada iniciativa de asteróide da agência. “A missão WISE realizou os objetivos da missão e como NEOWISE pode estender a ciência ainda mais na busca por asteróides. A NASA está agora estendendo esse registro de sucesso, que irá realçar a nossa habilidade de encontrar asteróides potencialmente perigosos, e suportar as novas iniciativas de asteróides”, disse John Grunsfeld, administrador associado da NASA para a ciência em Washington. “Reativar o WISE é um excelente exemplo de como nós podemos estender as capacidades existentes da agência para alcançar os objetivos traçados”. A iniciativa de asteróide da NASA será a primeira missão a identificar, capturar e realocar um asteróide. Ela representa uma busca tecnológica sem precedentes que levará a novas descobertas científicas e capacidades tecnológicas que ajudarão a proteger o nosso planeta. A iniciativa de asteróide tem como objetivo integrar o que a NASA tem de melhor de ciência, tecnologia e exploração espacial humana para poder alcançar o objetivo do Presidente Obama de mandar o ser humano a um asteróide em 2025. Lançado em Dezembro de 2009, para observar o brilho das fontes de calor celestes dos asteróides, estrelas e galáxias, o WISE fez aproximadamente 7.500 imagens a cada dia durante sua missão primária, de Janeiro de 2010 a Fevereiro de 2011. Como parte de um projeto chamado NEOWISE a sonda fez a mais precisa pesquisa até o momento sobre os NEOs. A NASA desligou a maior parte dos instrumentos eletrônicos do WISE quando a missão primária foi completada. “Os dados coletados pelo NEOWISE dois anos atrás têm provado ser uma mina de ouro para a descoberta e a caracterização da população de NEOs”, disse Lindley Johnson, executivo do programa NEOWISE da NASA em Washington. “É importante que tenhamos acumulado muitos dados desse tipo enquanto a sonda WISE continue a trabalhar”. Pelo fato dos asteróides refletirem mas não emitirem luz, os sensores infravermelhos são ferramentas poderosas para descobrir, catalogar e entender a população de asteróides. Dependendo da refletividade do objeto, ou do albedo, uma pequena rocha espacial brilhante pode parecer a mesma de uma grande. Como um resultado, os dados coletados com telescópios ópticos usando a luz visível podem ser decisivos. Durante o ano de 2010, o NEOWISE observou cerca de 158.000 corpos rochosos de aproximadamente 600.000 objetos conhecidos. As descobertas incluem 21 cometas, mais de 34.000 asteróides no cinturão principal entre Marte e Júpiter e 135 objetos próximos da Terra. A missão primária do WISE foi a de escanear todo o céu na luz infravermelha. Ele capturou mais de 2.7 milhões de imagens em múltiplos comprimentos de onda infravermelhos e catalogou mais de 560 milhões de objetos no espaço, desde galáxias distantes até asteróides e cometas próximos da Terra. “A equipe está pronta e depois de uma rápida checagem, nós voltaremos ao jogo”, disse Amy Mainzer, principal pesquisador do NEOWISE no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia. “O NEOWISE não somente nos deu o melhor entendimento dos asteróides e cometas que podemos estudar diretamente, mas nos ajudará a refinar os nossos conceitos e planos de operações para missões futuras de catalogar objetos próximos da Terra”.
Fonte: Cienctec
Fonte: Cienctec
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