segunda-feira, 15 de junho de 2009
Estrela de nêutron RX J185635-3754
O que é 10 trilhões de vezes mais denso que o aço? A resposta é a estrela de nêutron RX J185635-3754, a mais próxima de sua espécie já observada. Sua trajetória foi detectada em três tomadas do telescópio Hubble, feitas em 1996 e 1999. Uma estrela de nêutron é a reminiscência superdensa de uma estrela extinta, composta inteiramente de partículas de nêutron. Esta, observada pelo Hubble, é resultante de uma explosão estelar que poderia ter sido visível aos olhos de nossos ancestrais no ano de um milhão a.C., segundo informaram astrônomos do Instituto de Ciência Telescópica Espacial dos Estados Unidos no final do mês de Outubro deste ano. Localizada a 200 anos-luz de distância, na constelação ao sul de Corona Australis, a estrela passará próxima à Terra, em uma distância segura de 170 anos-luz, daqui a cerca de 300 mil anos. (Um ano-luz equivale à distância percorrida pela luz em um ano completo, ou seja, aproximadamente 1,6 trilhão de quilômetros). "A importância científica desse objeto está no fato de que a estrela de nêutron está isolada", observou Frederick M. Walter, da Universidade do estado de Nova York. "Esta é a mais próxima e mais brilhante das poucas estrelas de nêutron isoladas que conhecemos, e isso facilita o seu estudo, além de servir como um excelente aparelho de teste para teorias astrofísicas nucleares". Em uma perspectiva terrrestre, a RX J185635-3754 viaja uma distância igual ao diâmetro da lua a cada 5.400 anos.
Embora seu movimento possa parecer lento, a estrela é a mais rápida já vista no céu, afirmam os astrônomos. Alguns tipos de estrelas, ao chegarem ao final de suas vidas, após ocorrerem períodos turbulentos, onde muitas vezes explosões violentas ejetam matéria para o espaço, adquirem a forma de uma estrela de nêutrons. Na estrela de nêutrons a atividade de explosões nucleares acabou. A força de gravidade se torna imensa e comprime a matéria dentro de uma esfera de raio muito pequeno, algumas dezenas de quilômetros. A matéria que anteriormente estava sob a forma de hidrogênio, hélio, etc; agora perde suas características de carga e seus elétrons devido aos efeitos de pressões enormes é puxado para o núcleo dos átomos e são convertidos em nêutrons. Estes nêutrons estão tão comprimidos devido à pressão que a estrela de nêutrons se converte praticamente em um nêutron gigantesco.
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Oba, Pulsares! Os faróis do universo. Comecei a ter interesse por pulsares quando assisti um capítulo da série O Universo (do History Channel), a qual mostrava uma animação de um planeta orbtando esse tipo de estrela em seu estágio final. Inesquecível e espetacular. Valeu por postar sobre isso cara =D.
ResponderExcluirEssa postagem foi a seu pedido, se eu estiver errado em alguma coisa nessa matéria, pode informar que eu agradeço.
ResponderExcluirValeu!