quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Evidências de canibalismo estelar na BP Psc



A primeira imagem gerada a partir de dados ópticos e de raios-X da estrela BP Piscium (BP Psc), que é na verdade uma versão desenvolvida do nosso Sol localizada a aproximadamente 1.000 anos-luz de distância da Terra. Os dados do Observatório de Raios-X Chandra são coloridos de roxo e os dados ópticos são provenientes do Telescópio Shane de 3 metros localizado no Observatório Lick e são mostrados em laranja, verde e azul. A BP Psc é envolvida por um disco gasoso e empoeirado e tem um par de jatos com alguns anos-luz de comprimento que são vistos como se saindo do sistema. Uma visão detalhada é mostrada por meio de uma impressão artística na segunda foto. Para deixar tudo mais claro um jato estreito é representado, mas na verdade esse jato deve ser bem mais largo e se estende através das regiões mais internas do disco. Devido a esse disco empoeirado, a superfície da estrela é obscurecida tanto na luz óptica como na luz infra-vermelha. Assim sendo, as observações feitas pelo Chandra, podem ser consideradas como a primeira detecção dessa estrela em qualquer comprimento de onda. O disco e os jatos observados de forma distinta nos dados ópticos fornecem evidências para uma recente e catastrófica interação onde a BP PSC consumiu uma pequena estrela ou um planeta gigante próximo. Isso aconteceu quando a BP Psc queimou todo o seu combustível nuclear e se expandiu tornando-se uma gigante vermelha. Jatos e discos normalmente são características de estrelas muito jovens, então os astrônomos acreditam que a BP Psc pode ser uma dessas. Contudo, os novos resultados do Chandra fornece argumentos contrários a essa interpretação, pelo fato da fonte de raios-X ser mais apagada do que o que se espera de uma estrela jovem. Outro argumento anteriormente usado contra a possível juventude da BP Psc é que ela não está próxima de uma nuvem de formação de estrelas e não existe nenhuma outra estrela jovem nas vizinhanças. A composição de imagens do Chandra mostram uma situação mais parecida com o rápido crescimento de buracos negros supermassivos no centro de galáxias distantes.


Créditos: Chandra

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