quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Sonda Rosetta descobre espessa camada de poeira no asteróide Lutetia
Se você acha que asteróide são chatos, são pedaços de rochas imóveis flutuando no espaço e esperando somente ser retratado em filmes de ficção científica, é melhor repensar seus conceitos. Imagens e dados que estão sendo enviados a parir de inúmeros sobrevôos feitos por sondas terrestres – como os dados obtidos pela sonda Rosetta e pela Hayabusa – mostram que os astróides possuem um mundo dinâmico cheio de mudanças dentro deles mesmos. Durante o recente sobrevôo feito pela Rosetta no asteróide 21-Lutetia, a sonda da ESA conseguiu registrar uma enorme quantidade de dados. Após processarem e combinarem todos esses dados nos últimos meses, os astrônomos calcularam que o asteróide é coberto por 600 metros de um fino cobertor rocha e poeira chamado de regolito. Essa poeira não é diferente da camada externa que recobre a Lua, consistindo principalmente de rocha pulverizada que se acumula ali por bilhões de anos. A sonda Rosetta está agora em curso para encontrar o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em 2014, mas a sonda não é estranha a visitas em asteróides – em 6 de Setembro de 2008 ela fez uma aproximação ao asteróide 2867-Steins. Durante sua breve visita a Rosetta viajou por sobre 800 km do pequeno asteróide em forma de diamante. Entre as descobertas a sonda mostrou uma cadeia de crateras de impacto que provavelmente foi gerada pela colisão com uma corrente de asteróide ou com um corpo menor. Ela então se aproximou do 21-Lutetia em 10 de Julho de 2010, monitorando o asteróide com seus 17 instrumentos. A sonda Rosetaa fez uma série de imagens durante o seu sobrevôo, bem como analisou o asteróide com detectores eletromagnéticos que cobriram o espectro desde o ultravioleta até as ondas de rádio. A Drª. Rita Schulz do Research and Scientific Support Dartment da ESA na Holanda, apresentou as novas informações sobre o asteróide 21- Lutetia no encontro da Division for Planetary Sciences em Pasadena na Califórnia. Ela mostrou que o regolito no asteróide foi determinado como tendo uma espessura de 600 metros e que lembra o regolito da Lua. Imagens do sobrevôo revelaram, avalanches, cadeias, colinas e outros tipos de diferentes feições geológicas, ou asterológica. O 21- Lutetia foi determinado pelo sobrevôo de Julho de 2010 como tendo uma grande cratera em forma de bacia em sua superfície bem como uma abundância de pequenas crateras. A espessura da poeira que recobre o asteróide suaviza a borda das crateras de impacto em muitas regiões. Se todos os asteróide desse tamanho são ou não cobertos por uma fina camada de poeira é algo que ainda precisa ser estudado. Ao entenderem cada vez melhor os asteróides os astrônomos são capazes de melhor entender como o Sistema Solar se formou. Estudando a composição e a freqüência dos impactos de vários asteróides eles podem melhorar os dados e entender melhor como as coisas mudaram desde o início do Sistema Solar. A sonda Rosetta não é a única a fazer sobrevôos e encontrar com asteróides no Sistema Solar. Esse tipo de investigação está se tornando lugar comum na pesquisas astronômica. Entre as missões e os exemplos pode-se citar a missão Deep Impact que já cruzou com o cometa Tempel 1 e desde que foi renomeada para EPOXI está se aproximando do cometa Hartley 2. O encontro entre a sonda Dawn e os asteróides Vesta e Ceres e claro o recente sucesso da sonda Hayabusa que coletou amostras de um corpo celeste retornou com sucesso para a Terra. Tudo isso faz com que a cada dia possamos aprender mais sobre esses corpos celestes errantes que guardam consigo informações preciosas sobre o nosso passado.
Créditos: Cienctec
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