segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Região de canais na Lua

Nessa imagem da Wide Angle Camera da LROC o foco está concentrado em um pequeno canal localizado no Platô Aristarchus. A seta aponta o lugar onde o canal bem sinuoso no assoalho do Vale de Schröter encontra a parede de vale e desce o talude eventualmente se encontrado com o Oceanus Procellarum. O canal passa por mudanças no seu percurso, tornando-se 1,5 a 2 vezes mais largo e um pouco mais profundo nos depósitos ricos em cinzas fora do canal se comparado com as dimensões do assoalho do vale. Já no oceano ele se torna fino e se estreita até desaparecer. Diferente dos canais lineares que provavelmente marcam faixas verticais de magma (diques) os canais sinuosos são alimentados por uma única fonte e fluem como um rio a partir dessa nascente. Se a parte interna do canal segue de acordo com a gravidade, então ao encontrar a parede do vale ele precisa descer o talude. Parece improvável que alguma força precise agir nesse evento. Dois outros canais sinuosos menores estão localizados no canto inferior esquerdo da imagem, mostrando que exisitiram múltiplas fontes e nascentes ao longo da borda do platô. Se o platô for de verdade uma área soerguida, então as falhas ao longo de sua borda – regiões que permitiram que o magma chegasse a superfície – devem ser esperadas. Na região central inferior da imagem e à direita, existe uma área mais suave, com um material parecido com o de um mar. Ela não está coberta pela topografia, suavizando as cinzas e por isso precisa ser mais jovem do que o período de erupções explosivas mostrados pela Cabeça de Cobra à direita na imagem. Um canal bem definido – talvez a fonte do material suave – cruza e corta o terreno empoeirado, tornando-se bem estreito e morrendo a uma distância curta. Talvez, o estreitamento do canal seja devido às cinzas que deslizaram pelo talude e o preencheram.

Créditos: Cienctec

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