sábado, 11 de dezembro de 2010

Triplicou o número de estrelas do Universo Observável!

Dois astrônomos dos EUA descobriram que as pequenas e fracas estrelas anãs vermelhas são muito mais prolíficas do que antes se pensava. Tanto é que os especialistas afirmam agora que é provável que o número total de estrelas no Universo observável seja três vezes maior do antes estimávamos. As anãs vermelhas são relativamente pequenas e tênues em comparação com estrelas amarelas como o nosso Sol e assim os astrônomos não foram capazes de detectá-las até agora em diferentes galáxias fora da Via Láctea, mesmo em galáxias vizinhas mais próximas. Por esta razão os cientistas desconheciam a efetiva proporção de anãs vermelhas dentro da população estelar do Universo observável. Dois astrônomos da Universidade de Yale e Princeton (EUA) usaram os poderosos telescópios gêmeos do Observatório Keck, no Havaí, para detectar débeis rastros da presença de anãs vermelhas em oito galáxias massivas relativamente próximas. Foram tratadas na amostra apenas galáxias elípticas situadas entre 50 e 300 milhões de anos-luz de distância. As galáxias elípticas, em geral, são as maiores galáxias do Cosmos, com mais de 1 trilhão de estrelas (valores estimados pelos censos cósmicos antes desta pesquisa), bem mais que as 400 bilhões encontradas na Via Láctea. Os pesquisadores descobriram que as anãs vermelhas, estrelas pequenas com massa entre 10% e 40% da massa do Sol, são, de fato, muito mais abundantes do que antes se estimava. "Ninguém sabia quantas dessas estrelas verdadeiramente existem (fora da nossa galáxia)", exclamou Pieter van Dokkum, principal autor do estudo publicado na revista Nature e astrônomo da Universidade de Yale. O pesquisador esclareceu: De acordo com Charlie Conroy, co-autor do estudo da Universidade de Princeton e Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, a equipe descobriu que há cerca de cinco a dez vezes mais anãs vermelhas nas galáxias elípticas que na concentração contada aqui na nossa galáxia espiral, a Via Láctea. Conroy explicou: De acordo com Van Dokkum, ao aumentar o número total de estrelas no Universo observável a descoberta também incrementa consistentemente o número de exoplanetas que orbitam em torno delas e conseqüentemente também se eleva o número de exoplanetas que potencialmente poderiam abrigar vida. Na verdade, entre os planetas extrasolares descobertos recentemente, há um que os astrônomos acreditam capaz de hospedar a vida. Este exoplaneta gira em torno de uma anã vermelha chamada Gliese 581. "Podem haver bilhões de Terras em órbita destas estrelas", disse Van Dokkum, que nos lembra que os sistemas com anãs vermelhas em geral têm sido encontrados com idades da ordem de 10 bilhões de anos ou até mais (o nosso Sistema Solar tem cerca de 4,65 bilhões de anos de idade). Dokkum especula que estes velhos sistemas tiveram tempo suficiente para que a vida complexa tenha evoluído em exoplanetas nas zonas habitáveis. “Esta é uma das razões pela qual nós nos interessamos por este tipo de estrelas.

Créditos: Eternos Aprendizes

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