quinta-feira, 10 de março de 2011

O mistério dos canais lunares na Cratera Mersenius

Crateras com canais em seu interior são normalmente de dois tipos. No primeiro tipo, o canal é uma estrutura regional que corta a cratera que aparece em seu caminho. No segundo tipo os canais são aparentemente relacionados com o soerguimento ou com a subsidência do interior da cratera e tem elementos que são radiais e concêntricos com o anel da cratera. Tipicamente no primeiro tipo os canais são vales lineares com interiores largos e laterais íngremes, a Palmieri e a Goclenius são bons exemplos. No segundo tipo elas são crateras com interiores fraturados como a Pitatus, Alphonsus e Gassendi, com canais curvos e estreitos. A Mersenius é diferente. Existem ali 3 canais que se encontram em uma junção em Y à direita da região do pico central. Próximo ao canto inferior do interior da cratera existem três canais estreitos que são paralelos entre si e 5 ou 6 canais quase paralelos que cruzam a base do interior da cratera, todos seguindo aproximadamente na mesma direção. Existem evidências terrestres que suportam a topografia analisada pelo Kaguya, que a parte central do interior da Mersenius tem um pequeno domo com um baixo anel que segue as paredes da cratera, nenhum desses canais parecem estar relacionados com um possível soerguimento. Se os canais não estão relacionados com forças regionais, nem ao movimento do interior das crateras, a qualificação deles é oficialmente um mistério.

Créditos: Cienctec

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