sábado, 23 de abril de 2011

Haumea

Haumea, antes conhecido astronomicamente como 2003 EL61, é um planeta anão do tipo plutóide, localizado a 43,3 UA do Sol, ou seja um pouco mais de 43 vezes a distância da Terra ao Sol, em pleno Cinturão de Kuiper. Haumea possui dois pequenos satélites naturais, Hi'iaka e Namaka, que, acredita-se, sejam destroços que se separaram de Haumea devido a uma antiga colisão. Haumea é um plutóide com características pouco comuns, tais como a rápida rotação, elongação extrema e albedo elevado devido a gelo de água cristalina na superfície. Pensa-se, também, tratar-se do maior membro de uma família de destroços criados num único evento destrutivo. Apesar de ter sido descoberto em Dezembro de 2004, só em 18 de Setembro de 2008 é que se confirmou tratar-se de um planeta anão, recebendo então o nome da deusa havaiana do nascimento e fertilidade. Esta deusa é uma divindade primitiva do havaí, geralmente é identificada com Papa, uma antiga deusa mãe. Haumea pôde renascer constantemente, pelo que teve muitos filhos com seus próprios rebentos e descendentes. Também estava relacionada com os frutais sagrados, que produziam frutas segundo a sua vontade. E com a sua varinha mágica ela povoava as águas que rodeiam as ilhas havaianas com grandes cardumes de peixes. Astrônomos descobriram um novo conjunto de corpos celestes no Cinturão de Kuiper, uma região do Sistema Solar além da órbita de Netuno, fértil em pequenos astros gélidos. É possível que se trate dos destroços de uma enorme colisão sofrida por Haumea. Isso porque, de acordo com o grupo do Instituto de Tecnologia da Califórnia - (Caltech), nos Estados Unidos, os corpos encontrados têm superfície e propriedades orbitais semelhantes às de Atégina/Haumea, cujo tamanho o coloca na categoria dos planetas anões, que inclui Plutão. A equipe de Michael Brown, do Caltech, propõe que os fragmentos descobertos são pedaços da camada de gelo que cobre o planeta-anão, que tem cerca de um terço da massa de Plutão. Essas “famílias” de rochas com órbita e superfície similares já tinham sido observadas no cinturão de asteróides localizado entre Marte e Júpiter, mas esta é a primeira ocorrência de objetos oriundos de colisões registada no cinturão de Kuiper. A descoberta pode fornecer um campo de estudos de choques de astros em grande escala – a teoria mais aceita sobre a formação da Lua diz que o satélite se originou a partir da colisão de um objeto enorme com a Terra. Além disso, esse campo de estudo possibilita análises mais detalhadas dos objetos do cinturão de Kuiper e uma melhor compreensão da história do Sistema Solar. Os dois pequenos satélites naturais: Hi'iaka e Namaka, seus diâmetros variam entre 100 e 400 quilômetros, e as suas distâncias ao planeta anão entre 9.000 e 60.000 quilômetros.

Créditos: Astronomia e Universo

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