sábado, 21 de maio de 2011

WD 0806-661 B, a estrela mais fria que se tem conhecimento

Quando pensamos em estrelas, certamente imaginamos algo sendo letalmente quente, até mesmo quando ouvimos falar nas estrelas anãs marrons. Essa foto da Nasa causou confusão nos astrônomos por ter nela uma anã marrom recém-descoberta a temperatura ambiente. Como estrelas plenamente desenvolvidas, as anãs marrons se formam do colapso de nuvens de gás e poeira, mas elas não são massivas o suficiente para sustentar reações nucleares em seus núcleos. Em vez disso, elas rapidamente emitem um brilho vermelho provocado pelo calor de sua formação e, em seguida este brilho desaparece. Ainda assim, a anã marrom mais fria que se tem conhecimento é suficientemente quente para queimar qualquer sonda ou nave espacial que se aventure por muito perto. Nesta imagem Kevin Luhman, da Universidade do estado da Pensilvania e seus colegas usaram o infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer de NASA para detectar o brilho do que parece ser uma anã marrom com uma temperatura de apenas 30°C. O objeto que orbita uma estrela anã branca a 63 anos-luz da Terra, tem massa sete vezes maior que Júpiter. Com esta massa corpos desta grandeza normalmente seriam considerados como um planeta. Mas os planetas se formam a partir de discos de gás e poeira em torno das estrelas, e os investigadores dizem que o objeto, conhecido como WD 0806-661 B, está muito longe de sua estrela, cerca de 2.500 vezes a distância entre a Terra e o Sol - portanto não pode ser considerado um planeta visto que se formou onde está atualmente. O objeto é muito mais quente que Júpiter, que tem uma temperatura gelada de -149 °C, e muito mais frio do que a anã marrom ao lado que tem temperatura de 100 °C. Isso significa que WD 0806-661 B atuará como um "elo perdido" para revelar como a temperatura afeta a atmosfera e as características espectrais dos objetos que são aproximadamente do tamanho de Júpiter. Como bem diz o dito popular, quem come quieto come duas vezes, e no caso das estrelas quanto mais rápido elas consomem seu combustível, mais rápido elas morrem em explosões de supernovas. A vida das estrelas gigantes e supermassivas são medidas em milhões de anos, já as estrelas de temperatura mais frias tem sua vida medida em bilhões de anos, como é o caso do nosso Sol. Estrelas anãs marrons como WD 0806-661 B pode ter sua vida medida na casa dos trilhões de anos, e quanto mais fria ela for maior é a durabilidade de seu corpo estrelar. Embora tenham pouca massa comparado as estrelas maiores, elas emitem tão pouca energia que podem se manter assim por trilhões de anos. Se pensarmos que a vida do Universo desde o Big Bang é medido em 13,5 bilhões de anos estas estrelas tem uma perspectiva fantástica de vida, e do ponto de vista humano praticamente eternas!

Créditos: Astrofísicos

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