Créditos: Hypescience
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Os grandes mistérios da Nuvem de Oort
Passando os planetas, mil vezes além até mesmo do misterioso Cinturão de Kuiper, que em si tem mais de 4,83 bilhões de quilômetros de distância, reside a incrivelmente misteriosa, escura e inexplorada Nuvem de Oort. Embora nunca tenhamos visto diretamente um objeto na Nuvem de Oort, os cientistas sabem esse grande enxame esférico de rochas e gelo deve existir com base nos cometas cujas órbitas passeiam neste abismo. Em 2015, os astrônomos conquistarão um olhar mais atento sobre um objeto do Cinturão de Kuiper, Plutão, graças a missão da nave espacial New Horizons da NASA. A missão também poderia ajudar a desvendar muitos dos segredos que se estendem até a Nuvem de Oort, mais distante na borda de nosso sistema solar. Alguns destes mistérios são: A Nuvem de Oort pode ser o lar de muitos objetos surpreendentemente grandes. Mundos maiores que a Terra que se formaram ao lado dos planetas conhecidos poderiam ter sido descartados por aí conforme nossos próprios planetas gigantes – Júpiter, Saturno, Urano e Netuno – cresceram e migraram mais de 4 bilhões de anos atrás. Em outras palavras, ninguém sabe o que existe na Nuvem de Oort. “É o sótão do sistema solar”, disse Alan Stern, principal investigador da New Horizons e cientista planetário. “Nós sabemos que havia muitos planetas no início, e quando Júpiter e Saturno cresceram, eles expulsaram a maioria das coisas para o espaço interestelar”. A Nuvem de Oort é vasta, estendendo-se um quarto do caminho até a estrela mais próxima do Sol, e provavelmente contém corpos cósmicos que se desenvolveram em torno de outras estrelas. Nosso Sol quase com certeza tinha irmãos, quando se formou mais de 4,5 bilhões de anos atrás, a partir de uma enorme nuvem de gás e poeira. Esses parentes dispersaram alguns de seus materiais planetários, ou mesmo mundos totalmente crescidos, a nossa Nuvem de Oort. “Uma fração considerável da Nuvem de Oort pode ser capturada desde os primeiros dias do sol em um aglomerado de estrelas”, disse Stern. Astrônomos começaram a confirmar detecções anteriores de Cinturões de Kuiper fora do sistema solar, em distâncias esperadas de suas estrelas. Nosso sistema solar continua a parecer menos e menos distinto conforme instrumentos astronômicos melhoram, e isso aumenta a probabilidade de vida como a conhecemos no universo. “Esperamos que, se os sistemas solares como o nosso forem comuns, Nuvens de Oort e Cintos Kuiper também serão”, afirmou Stern. “Então, encontrar estes objetos espaciais ajudará a informar-nos sobre quão comum nosso próprio tipo de sistema é”, completa.
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