quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sete trilhões de galáxias anãs

O Telescópio Espacial Herschel da Agência Espacial Européia, tem descoberto galáxias distantes anteriormente invisíveis e que são responsáveis por uma névoa cósmica de radiação infravermelha. As galáxias são alguns dos objetos mais distantes e mais apagados já observados pelo Herschel e abrem uma nova janela sobre o nascimento das estrelas no início do universo. Os astrônomos estimam que existam bilhões e bilhões de galáxias no universo observável, bem como alguns sete trilhões de galáxias anãs. Os astrônomos consideram que no universo visível de seus 14 bilhões de anos-luz, existam: 10 milhões de superaglomerados, 25 milhões de grupos de galáxias, 350 bilhões de grandes galáxias, 7 trilhões de galáxias anãs 30 bilhões de trilhões de estrelas. Os astrônomos se atentaram no último ano que eles podem ter subestimado o número de galáxias em algumas parte do universo em 90%, de acordo com um estudo relatado por Matthew Hayes do observatório da Universidade de Genebra que liderou a investigação usando o mais avançado instrumento óptico do mundo, o Very LArge Telescope (VLT) do ESO no Chile, que é constituído de quatro telescópios com espelhos de 8.2 metros de diâmetro. Eles viraram dois desses gigantes na direção da área bem estudada do espaço profundo conhecida como GOODS-South Field. No caso das galáxias velhas e muito distantes, sua luz pode não atingir a Terra já que ela é bloqueada pelas nuvens interestelares de poeira e gás, e, como um resultado, essas galáxias são perdidas pelo mapeadores do universo. “Os astrônomos sempre souberam que estavam perdendo uma fração das galáxias, mas pela primeira vez eles conseguiram medir. O número dessas galáxias perdidas é substancial”, disse Matthew Hayes. A equipe realizou dois conjuntos de observações na mesma região, caçando pela luz emitida pelas galáxias nascidas a 10 bilhões de anos atrás. A primeira observação foi feita na chamada luz Lyman-alfa, a clássica luz usada para compilar mapas cósmicos e que recebeu esse nome em homenagem ao astrônomo americano que a descobriu, Theodore Lyman. A luz Lyman-alfa é uma energia lançada pelos átomos de hidrogênio excitados. A segunda seção de observação foi feita usando uma câmera especial chamada de HAWK-1 procurando pela assinatura emitida em diferentes comprimentos de onda, também captando o brilho do hidrogênio, que é conhecida como linha hidrogênio-alfa, ou H-alfa. A segunda varrida conseguiu captar algumas fontes de luz que não tinham sido registradas usando a técnica Lyman-alfa. Eles incluíram algumas das galáxias mais apagadas já encontradas no universo quando ele era apenas uma criança. Os astrônomos concluíram que as fontes Lyman-alfa só podem ser registradas num pequeno número da luz total emitida pelas galáxias distantes. De maneira impressionante, 90% dessas galáxias distantes podem se tornar invisíveis nesses exercícios. “Se nós conseguimos ver 10 galáxias nessa região, pode ser que ali existam 100 galáxias”, disse Hayes. A descoberta pode adicionar um conhecimento poderoso sobre o tempo e a sequência pelas quais as estrelas e as galáxias se formaram.

Créditos: The Daily Galaxy

2 comentários:

  1. Lawrence Paiva, venho aki por meio de comentário dar-lhe um conselho: Seria interessante que você colocasse disponível ao público, na página de downloads, um programa que eu baixei e gostei muito que é o "orbiter", é bem interessante na área de interatividade dos curiosos por astronomia, em explorar o espaço. Não é necessário postar este comentário, pois isto é somente uma sugestão. Obrigado pela atenção.

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  2. Com certeza Paulo Rômulo, Me mande o link, para que eu ponha no blog.
    Obrigado pela sugestão!
    O blog fica aberto para sugestões como a sua, que só vem para colaborar.

    Abraços!

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