terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Rover marciano da NASA começa pesquisa no espaço

O rover Curiosity da NASA, com o tamanho de um carro pequeno, começou a monitorizar a radiação espacial durante a sua viagem de 8 meses da Terra até Marte. A pesquisa vai ajudar a planear futuras missões tripuladas ao Planeta Vermelho. O Curiosity (ou Mars Science Laboratory, MSL) foi lançado em 26 de Novembro, a partir de Cabo Canaveral, Flórida, EUA. Transporta um instrumento chamado RAD (Radiation Assessment Detector) que monitora as partículas atômicas e subatômicas altamente energéticas do Sol, de supernovas distantes e de outras fontes. Estas partículas constituem a radiação que pode ser nociva para quaisquer micróbios ou astronautas no espaço ou em Marte. O rover irá também estudar a radiação à superfície de Marte após a sua aterragem em Agosto de 2012. "O RAD está neste sentido representando um astronauta dentro da uma nave a caminho de Marte," afirma Don Hassler, investigador principal do RAD no Instituto de Pesquisa do Sudoeste em Boulder, no estado americano do Colorado. "O instrumento encontra-se bem dentro da nave, tal como um astronauta estaria. Compreender os efeitos da nave no campo da radiação é importante para o desenho de naves tripuladas com destino a Marte." Os estudos prévios desta radiação de partículas energéticas no espaço têm usado instrumentos à ou perto da superfície em várias sondas. O instrumento RAD está dentro do rover, que está dentro da nave e protegido por outros componentes, incluindo a concha que efetuará a descida pela atmosfera superior de Marte. As estruturas da nave, embora providenciam proteção, também podem contribuir à produção de partículas secundárias geradas quando as partículas altamente energéticas atingem a nave. Em algumas circunstâncias, as partículas secundárias podem ser mais perigosas do que as primárias. Estas primeiras medições marcam o começo do envio de dados científicos de uma missão que irá usar 10 instrumentos a bordo do Curiosity para determinar se a cratera Gale em Marte pode ser ou se já foi favorável para a vida microbiana. "Embora o Curiosity não vá procurar sinais de vida em Marte, o que encontrar pode mudar completamente o que sabemos acerca da origem e evolução da vida na Terra e em outros cantos do Universo," afirma Doug McCuistion, director do Programa de Exploração de Marte na sede da NASA em Washington. "Uma coisa é certa: as descobertas do rover vão providenciar dados críticos que terão impacto no planejamento da pesquisa humana e robótica durante décadas. "À meia-noite de hoje, a nave que transporta o Curiosity já tinha percorrido mais de 66 milhões de quilômetros da sua viagem de 567 milhões de quilômetros até Marte. A primeira manobra de correção de trajetória da viagem está planeada para meados de Janeiro.

Créditos: Astronomia On-line

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