segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A mina de meteoritos

Todos os dias, milhares de pedaços de rocha entram em nossa atmosfera. A grande maioria desses pedaços são tão pequenos e tão rápidos que se vaporizam por completo em nossa atmosfera. Dos que chegam à superfície, a maior parte cai no mar, já que a Terra tem 75% de sua superfície coberta por oceanos. Bom, daqueles que “sobrevivem” a isso tudo e são coletados, a maior parte parece ter a mesma origem. Através de análises químicas é possível indicar de onde o meteorito partiu, há pedaços de Marte, da Lua, mas aparentemente a maior parte deles deve ter vindo de Vesta, no cinturão de asteróides. Vesta é um asteróide gigante que de tão grande é considerado um planeta que não deu certo. Além disso, ele deve conservar as características originais desde a sua formação quando o próprio Sistema Solar se formou. Por esses (e outros motivos) a sonda Dawn está atualmente em sua órbita, estudando-o. Depois de Vesta, a sonda com seu revolucionário sistema de propulsão iônica vai se dirigir a Ceres, que também parece ser outro planeta que falhou. Aliás, Ceres é classificado como um planeta-anão. Voltando a Vesta, os astrônomos sempre se perguntaram por que tantos meteoritos parecem ter a mesma origem. Por que quase um terço deles teria partido de Vesta? Uma boa pista foi dada agora, pela Dawn. As imagens enviadas pela sonda mostram uma montanha gigantesca de quase 20 km de altura bem no pólo sul. A teoria é que quando Vesta ainda estava se formando, um corpo menor se chocou violentamente e “levantou” essa montanha, ainda sem nome. Nesse impacto violento, toneladas de material foram lançadas ao espaço. Esse material, depois de muito vagar, chegou à Terra e hoje está em museus ou laboratórios. Para tentar confirmar essa hipótese, os cientistas da Dawn vão comparar a idade e a composição química dos meteoritos, com a região de onde eles teriam partido. Tudo à distância, a Dawn não vai pousar em Vesta, as comparações serão feitas a partir do número de crateras ao redor da montanha e das diferenças sutis de cores no solo. As câmeras da Dawn têm capacidade de detectar essas diferenças e correlacioná-las com a composição química do terreno, que deve ser similar à dos meteoritos na Terra, para que essa teoria seja plausível. Ainda será preciso muito trabalho, mas um grande passo já foi dado para se resolver esse mistério.

Créditos: G1 - Observatório

Nenhum comentário:

Postar um comentário