Cientistas disseram que a vida nas primeiras camadas do solo marciano pode não existir em um novo estudo, já publicado no jornal "Geophysical Research Letters". Ela teria sido eliminada ao longo de uma superseca com cerca de 600 milhões de anos e só poderia ser encontrada em regiões bem mais profundas do planeta. A afirmação é baseada na análise de uma amostra coletada durante a missão Phoenix, em 2008. Durante três anos, os pesquisadores do Imperial College London estudaram as partículas da terra para determinar se o planeta era ou não habitável. Elas indicaram que o solo marciano se formou em condições áridas, da mesma forma que a Lua, o que dificultaria a sobrevivência de algum tipo de vida. Mais: apesar de estar originalmente em uma região gelada ao norte de Marte, a terra, segundo pesquisas prévias, também cobriria o restante do astro. Ou seja, a mesma hipótese de "clima seco acaba com vida" valeria para o resto do planeta. Tom Pike, que liderou o grupo, disse que o planeta que conhecemos hoje não se parece com o antigo, que tinha períodos quentes e úmidos. Apesar de se supor que o solo de Marte teve água líquida por pelo menos 5.000 anos desde a formação do planeta, esse período não foi o suficiente para a superfície abrigar propriamente vida.
Créditos: Folha Ciência
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