Quaisquer que sejam os resultados de suas análises, o robô marciano Curiosity encontrará sinais de uma avançada civilização industrial: a nossa própria. A NASA anunciou que as amostras analisadas nos laboratórios a bordo do Curiosity estarão contaminadas com partículas de Teflon do próprio equipamento de perfuração e trituração. O nome oficial do robô
Curiosity é MSL - (Mars Science Laboratory: Laboratório Científico de Marte), devido aos oito diferentes equipamentos de análises que estão a bordo. A idéia é fazer todas as análises na hora, e enviar apenas os resultados para a Terra. Apesar de anos de testes, a NASA só agora descobriu que a ferramenta de perfuração do robô, ao impulsionar a broca sobre a rocha a ser estudada, pode liberar minúsculas partículas do material Teflon, o mesmo usado nas panelas antiaderentes. No robô marciano, o Teflon é usado nos selos de vedação da ferramenta de perfuração. As "moléculas terráqueas" certamente se misturarão com as amostras marcianas, que serão vaporizadas para serem analisadas por vários instrumentos de espectrometria de massa. Ocorre que o Teflon tem sua composição quase inteiramente de carbono - cerca de dois terços do material é carbono - que é o elemento no qual os cientistas estão de olho em buscas de sinais de vida em Marte. Falando em uma teleconferência, Paul Mahaffy, da NASA, contou que a possibilidade de contaminação foi descoberta quando a equipe fazia testes com a réplica do robô, que está nos laboratórios da agência espacial, para que os técnicos possam ter como pesquisar eventuais falhas nos equipamentos e encontrar soluções para elas. Segundo ele, a contaminação do Teflon atinge algumas partes por milhão - o que é mais ou menos o nível de matéria orgânica que aparece nas rochas da Terra. Mahaffy afirmou que a equipe tentará encontrar maneiras de isolar o carbono contaminante de algum carbono autenticamente marciano, mas eles só conseguirão avaliar totalmente o problema quando o Curiosity pousar em Marte, o que está previsto para ocorrer no dia 6 de Agosto próximo.
Créditos: Inovação Tecnológica
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