Se o universo funcionasse como uma novela, algumas estrelas certamente seriam charlatãs que gostam de enganar os astrônomos. Em 2009, cientistas da CHilean Automatic Supernovas sEarch (CHASE) descobriram uma estrela em uma galáxia a 66 milhões de anos-luz de distância que aparentemente era uma supernova. Ela foi até foi batizada como um astro desse gênero: SN 2009ip. Mas um novo estudo aprofundado feito a partir de fotos antigas tiradas pelo Telescópio Espacial Hubble mostrou que a estrela não é uma supernova. Cálculos mostram que SN 2009ip gerou menos de 10% da energia cinética de uma explosão típica de estrela. Cientistas acreditam que o que aconteceu foi uma fusão entre duas estrelas, que causou as explosões iniciais de SN 2009ip. Quando se fundiram em setembro, elas criaram uma nova estrela entre 100 e 120 vezes a massa do Sol. O que os astrônomos acharam que era uma supernova foi, na realidade, uma explosão de uma estrela azul brilhante chamada de variável luminosa azul (VLA). As VLAs são estrelas hipergigantes extremamente quentes e com brilho azul intenso. Essas estrelas raras têm vida curta em relação ao Sol, de apenas poucos milhões de anos. Isso acontece porque elas perdem muita massa em pouco tempo – algumas podem desprender o equivalente a massa do Sol em apenas 10 mil anos. Com a perda substancial de massa, a luz de uma VLA varia quase continuamente, com longas mudanças ao longo do tempo decorrentes de explosões que liberam muita matéria, expandindo o centro da estrela. Depois da explosão em 2009, observações contínuas de SN 2009ip mostraram uma segunda explosão, em 2010. Em julho, a estrela brilhou novamente, mostrando que ela não tinha destruído a si mesma em uma explosão supernova.
Fonte: Hypescience
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