segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Vida e morte em uma nuvem formadora de estrelas

W44 é o que sobrou de uma supernova, situada a 10.000 anos-luz no meio de um grupo denso de nuvens formadoras de estrelas, na constelação Aquila, a Águia – e ainda está interagindo com a nuvem molecular que a formou. A supernova que gerou W44 tornou-se uma estrela de nêutrons, um pulsar, depois que a estrela massiva original atingiu o fim da vida e expeliu suas camadas exteriores em uma explosão dramática. Identificado como PSR B1853+01, o pulsar é o ponto brilhante no topo à esquerda de W44, que está em azul claro na imagem. Acredita-se que ele tenha 20.000 anos e sua rotação rápida esteja emitindo um vento de partículas altamente energéticas, além de raios de luz variando do rádio ao raio-X. O centro de W44 também brilha em raio-X, vindo do gás quente que preenche seu arredor, com temperaturas de vários milhões de graus. Essas emissões de alta energia refletem regiões onde elementos mais pesados são encontrados. Na beirada da cavidade, mais fria, o gás é espalhado conforme os restos da supernova se propagam pelo espaço. No topo, à direita da nuvem em expansão, há uma pequena cavidade em forma de arco onde o gás está colidindo com uma região preenchida com gás quente ionizada pela radiação ultravioleta intensa de jovens estrelas massivas. O telescópio Herschel consegue ver no infravermelho também, ou seja, as regiões de gás e poeira aquecidos levemente, onde novas estrelas estão se reunindo. Uma destas regiões é a região formadora de estrelas em forma de ponta-de-flecha à direita de W44, que parece apontar para outro trio de nuvens intrincadas um pouco mais à direita e acima.

Créditos: Hypescience

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