O engenheiro de software, Kevin Gill, utilizando dados fornecidos pelo Mars Reconnaissance Orbiter, criou uma versão virtual do que seria Marte nos tempos remotos. Na simulação, uma enorme parte do planeta vermelho é completamente inundada por um vasto oceano, o que alimentaria um dos maiores vales do nosso Sistema Solar, o Vallis Marineris. Os grandes vulcões extintos como Olympus Mons, Pavonis Mons, Ascreaus Mons e Arsia Mons, dominariam a região conhecida como Tharsis, com picos tão altos que poderiam “cutucar” a atmosfera. O pesquisador ainda acredita que a grande altitude da região equatorial, predominantemente vulcânica, promoveria a formação de um deserto, onde pouquíssimas plantas conseguiriam crescer. Ele também estima que latitudes mais baixas seriam absolutamente úmidas, impulsionando enormemente a vegetação. A NASA já sabe que existem enormes barrancos e grandes deltas de rios em Marte. É possível observar também o que seriam marcas de um litoral antigo, mostrando o contorno de um oceano, que, provavelmente teria preenchido todo o profundo Vastitas Borealis, uma bacia vasta no hemisfério norte do planeta. Também é sabido que, em tempos remotos, a atmosfera de Marte era tão espessa quanto a nossa, mas a atmosfera superior foi completamente retirada do planeta através da ação erosiva dos ventos solares. Infelizmente, isso promove um certo tom de desconfiança sobre a possibilidade de Marte conseguir abrigar vida nos dias atuais. Gill se assustou com o trabalho finalizado. É impossível não fazer comparações de Marte com a Terra. Seu aspecto, quando preenchido com água e uma densa atmosfera, é muito parecido com o nosso planeta.
Fonte: Jornal Ciência
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