De uma hora para outra o Sol apareceu salpicado de pontinhos visíveis enquanto os instrumentos mais sensíveis registraram um aumento substancial no fluxo solar, que passou de 87 na última semana para nada menos que 155 nos últimos dias. O interessante é que apesar da elevação repentina do fluxo e das manchas solares, não houve qualquer aumento no índice KP que mede a instabilidade ionosférica aqui na Terra. O índice permaneceu em KP=4 e não ocorreram auroras boreais ou distúrbios nas telecomunicações. Isso acontece porque apesar de o Sol estar "entupido" de manchas neste momento, não foram registrados flares de raios-x ou ejeções de massa coronal, as famosas explosões na superfície da estrela que arremessam bilhões de toneladas de gás ionizado em direção à Terra. Sem as partículas carregadas se chocando contra a magnetosfera terrestre não há distúrbios eletromagnéticos de grande escala. Assim, as auroras não se formam, blecautes não acontecem, satélites não são danificados e as comunicações por rádio não são afetadas. Apesar do número de manchas solares informado ser de 196 em 8 de janeiro de 2013, qualquer observador mais atento munido de um binóculo ou telescópio solar não conseguirá contar todas essas manchas. Para piorar, o número delas vai depender da capacidade de ampliação do instrumento e quanto mais potente, mais manchas verá. Para evitar essa subjetividade, o número de manchas solares divulgado diariamente é calculado a partir do fluxo solar, uma espécie de ruído eletromagnético proveniente do Sol na frequência de 2.8 GHz, cuja intensidade é proporcional ao número de manchas. O valor do fluxo solar varia bastante e está dentro de uma gama que vai de 60, quando o Sol está sem manchas até 300, quando muitas manchas solares estão presentes. O número recorde de manchas solares para o atual ciclo solar 24 foi registrado em 21 de outubro de 2011, quando o Sol apresentou 207 manchas. E nem assim, tivemos uma super tempestade. Será que isso vai mudar?
Fonte: Apolo 11
Nenhum comentário:
Postar um comentário