Não é novidade para ninguém que o aquecimento global já está causando estragos na Terra, de acordo com relatórios científicos. Mas agora um estudo publicado no jornal Nature Geoscience está sugerindo que até os satélites, que orbitam a milhares de quilômetros da superfície terrestre, podem estar sentindo os efeitos do aquecimento global. De acordo com o físico ambiental Stefan Noël, as emissões de dióxido de carbono estão reduzindo a força que a atmosfera do nosso planeta exerce sobre satélites e detritos espaciais. Geralmente o gás CO2 está associado ao conceito de aquecimento: afinal, conforme suas emissões aumentam, ele forma uma barreira para os raios solares refletidos pela superfície da Terra, prendendo-os no planeta – daí o termo “efeito estufa”. Mas a explicação para as mudanças nas órbitas dos satélites poderia ser, na verdade, o esfriamento que o CO2 causa ao alcançar camadas superiores da nossa atmosfera.
Conforme explica o portal Space:
“Os efeitos principais do dióxido de carbono, lá em cima, vêm de suas colisões com átomos de oxigênio. Esses impactos excitam as moléculas do dióxido de carbono, fazendo com que elas irradiem calor. A densidade do dióxido de carbono é muito pequena acima de altitudes de 50 quilômetros para que as moléculas recapturem o calor, o que significa que o frio escapa para o espaço, esfriando a atmosfera mais externa”. “Esfriar a atmosfera superior faz com que ela se contraia, exercendo menos empuxo nos satélites. O empuxo atmosférico (também conhecido como “arrasto”) pode ter efeitos catastróficos nos itens no espaço – por exemplo, uma atividade solar maior do que o esperado aqueceu a atmosfera externa, aumentando o empuxo na Skylab, a primeira estação espacial dos EUA, fazendo com que ela se chocasse com a Terra”. Para medir este surto de CO2 na atmosfera superior, Stefan e seus colegas utilizaram o espectrômetro no satélite canadense SCISAT-1. Após analisar oito anos de dados, os cientistas detectaram, numa elevação de 96 quilômetros, um aumento da mistura de dióxido de carbono com monóxido de carbono, este último um traço residual do CO2 após exposição aos raios ultravioletas. O aumento vem acontecendo numa taxa de 23,5 partes por milhão (ppm) a cada década, ou 10 ppm por década mais rápido do que os modelos haviam indicado. Traduzindo: a atmosfera superior está mudando muito mais rápida e dramaticamente do que se pensava antes, e é a esta escalada que os pesquisadores atribuem a redução do empuxo atmosférico que afeta a órbita dos satélites e detritos.
Conforme explica o portal Space:
“Os efeitos principais do dióxido de carbono, lá em cima, vêm de suas colisões com átomos de oxigênio. Esses impactos excitam as moléculas do dióxido de carbono, fazendo com que elas irradiem calor. A densidade do dióxido de carbono é muito pequena acima de altitudes de 50 quilômetros para que as moléculas recapturem o calor, o que significa que o frio escapa para o espaço, esfriando a atmosfera mais externa”. “Esfriar a atmosfera superior faz com que ela se contraia, exercendo menos empuxo nos satélites. O empuxo atmosférico (também conhecido como “arrasto”) pode ter efeitos catastróficos nos itens no espaço – por exemplo, uma atividade solar maior do que o esperado aqueceu a atmosfera externa, aumentando o empuxo na Skylab, a primeira estação espacial dos EUA, fazendo com que ela se chocasse com a Terra”. Para medir este surto de CO2 na atmosfera superior, Stefan e seus colegas utilizaram o espectrômetro no satélite canadense SCISAT-1. Após analisar oito anos de dados, os cientistas detectaram, numa elevação de 96 quilômetros, um aumento da mistura de dióxido de carbono com monóxido de carbono, este último um traço residual do CO2 após exposição aos raios ultravioletas. O aumento vem acontecendo numa taxa de 23,5 partes por milhão (ppm) a cada década, ou 10 ppm por década mais rápido do que os modelos haviam indicado. Traduzindo: a atmosfera superior está mudando muito mais rápida e dramaticamente do que se pensava antes, e é a esta escalada que os pesquisadores atribuem a redução do empuxo atmosférico que afeta a órbita dos satélites e detritos.
Fonte: Jornal Ciência
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