Você provavelmente sabe como, a princípio, um buraco negro se forma (uma estrela extremamente massiva entra em colapso e explode perdendo sua camada externa, o que sobra pode se tornar um buraco negro ou uma estrela de nêutrons), mas já se perguntou se esse fenômeno é visível? Afinal, nem a luz escapa de um buraco negro. De acordo com a pesquisadora Elizabeth Lovegrove, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz (EUA), os tradicionais modelos de estrelas gigantes que morrem não produzem explosões de supernovas. “Algumas estrelas são mais difíceis de explodir do que outras”, explica. Com base em estudos anteriores – que sugerem que, ao invés de explodir, estrelas que geram buracos negros implodem –, Lovegrove e outro pesquisador focaram em emissões de neutrinos para ver se é possível detectar o surgimento de um buraco negro. Em artigo publicado no periódico Astrophysics, eles explicaram que, quando uma estrela massiva implode, seu núcleo libera uma grande quantidade de neutrinos e, com isso, se torna mais leve. Essa súbita mudança produz ondas de choque que liberam partículas das camadas externas da estrela, segundo o modelo proposto pela dupla. “A cor da explosão é extremamente vermelha e o evento tem alguma similaridade com ‘supernovas luminosas vermelhas’, mas tem velocidades muito menores”, dizem. Outro estudo, feito pelo pesquisador Anthony Piro, do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena (EUA), sugere que o brilho de uma estrela supergigante que estivesse entrando em colapso seria muito menor do que o de uma supernova, mas forte o suficiente para ser detectado por telescópios atuais.
Fonte: Hypescience
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