sábado, 25 de janeiro de 2014

Universo é medido com 1% de precisão

Astrônomos conseguiram medir as distâncias entre as galáxias no universo com uma precisão de 1%. Este levantamento incrivelmente preciso - feito ao longo de seis bilhões de anos-luz - é a chave para mapear o cosmos e determinar a natureza da energia escura. O novo padrão ouro de distâncias cósmicas foi definido pela colaboração BOSS (Baryon Oscillation Spectroscopic Survey). "Vinte anos atrás, os astrônomos estavam discutindo sobre estimativas que diferiam em até 50%. Cinco anos atrás, nós tínhamos refinado aquela incerteza para 5%; Um ano atrás era de 2%. Agora, 1% de precisão será o padrão por um longo tempo," estima o professor David Schlegel, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley. Como régua padrão para medir distâncias intergalácticas, a equipe usou um fenômeno chamado BAO, sigla em inglês para oscilações acústicas bariônicas. BAOs são os registros "congelados" das ondas de pressão que se moviam através do universo primordial, que ajudaram a definir a distribuição das galáxias que vemos hoje. "A natureza nos deu uma régua maravilhosa," disse Ashley Ross, membro da equipe. "Essa régua tem meio bilhão de anos-luz de comprimento, então podemos usá-la para medir distâncias com precisão, mesmo de muito longe." Determinar distâncias é um desafio fundamental em astronomia: "Uma vez que você sabe o quão longe algo está, aprender tudo sobre ele fica repentinamente muito mais fácil," complementa Daniel Eisenstein. As novas medições de distâncias cósmicas vão ajudar a calibrar as propriedades cosmológicas fundamentais - por exemplo, como a energia escura acelera a expansão do universo. Outra decorrência direta das medições é uma nova estimativa mais precisa da curvatura do espaço. "A resposta é: ele não é muito curvo. O universo é extremamente plano," disse o Prof. Schlegel. "Embora não possamos dizer com certeza, é provável que o universo se estende para sempre no espaço e vai durar para sempre no tempo. Nossos resultados são consistentes com um universo infinito," concluiu Schlegel.

Créditos: Inovação Tecnológica

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