sábado, 25 de janeiro de 2014

Descoberta de rara anã marrom fornece as bases para a futura pesquisa de exoplanetas

Uma equipe de pesquisadores liderada por Justin R. Crepp da Universidade de Notre Dame em South Bend, Indiana, imageou diretamente um raro tipo de anã marrom que pode servir como base para estudar objetos com massa entre as estrelas e os planetas. Os dados iniciais vieram do TaRgetting bENchmark-objects with Doppler Spectroscopy, ou TRENDS, uma pesquisa de alto contraste que usa óptica adaptativa e tecnologias relacionadas para observar objetos apagados e mais velhos orbitando estrelas próximas, e fazer medidas precisas e que fica instalado no Observatório W.M. Keck, no cume do Mauna Kea, no Havaí. As anãs marrons emitem pouca luz pois elas não queimam hidrogênio e esfriam rapidamente. Crepp disse que elas poderiam fornecer a integração entre o nosso entendimento das estrelas de pouca massa e os objetos menores como os planetas. A HD 19467 B, uma Anã-T, é a companheira apagada de uma estrela próxima, parecida com o Sol, que é mais de 100.000 vezes mais apagada do que sua companheira. Sua distância é conhecida com precisão, e a descoberta também permite que os pesquisadores estabeleçam as fortes restrições para fatores importantes como a sua massa, órbita, idade e composição química sem a referência ao espectro de luz recebido da sua superfície. As medidas precisas de velocidade radial foram obtidas usando o instrumento HIRES instalado no Telescópio Keck I de 10 metros do Observatório Keck. As observações, duraram 17 anos, começando em 1996, e mostram a aceleração de longo prazo, indicando que a companheira de pouca massa estava sendo puxado pela estrela mãe. Observações de acompanhamento com imageamento de alto contraste foram feitas então em 2012 usando o instrumento NIRC2 no telescópio Keck II com o sistema de óptica adaptativa revelando a estrela companheira como mostrado acima. As observações foram concedidas por cada um dos membros do consórcio do Observatório Keck, incluindo a NASA, o Instituto de Tecnologia da Califórnia e a Universidade da Califórnia. Enquanto os cientistas entendem a luz recebida de estrelas relativamente bem, o espectro de planetas é complicado com pouco entendimento. Entender as anãs marrons, como a HD 19467 B, poderia ser um passo em direção ao completo entendimento dos exoplanetas. “Esse objeto é velho e frio e acabará reunindo muita atenção como uma das anãs marrons mais bem estudadas, analisadas e detectadas até o momento”, disse Crepp. “Com as contínuas observações de acompanhamento, nós podemos usá-las como um laboratório para testar modelos atmosféricos teóricos. Eventualmente nós queremos imagear diretamente e adquirir o espectro de um exoplaneta parecido com a Terra. Então, do espectro, nós deveremos ser capaz de dizer do que o planeta é feito, sua massa, seu raio, sua idade, etc.., basicamente entender todas as propriedades físicas relevantes”.

Créditos: Cienctec

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