Você já deve ter-se acostumado a ouvir sobre a descoberta de exoplanetas e ver suas "visões artísticas", quadros idealizados produzidos digitalmente. Agora você vai começar a vê-los em imagens reais. Um gigante gasoso é a mais recente adição à pequena lista de exoplanetas descobertos através de imagens diretas. Ele está localizado ao redor da GU Psc, uma estrela com uma massa três vezes menor que a do Sol, situada na constelação de Peixes. Mas esta não é a maior surpresa desta observação. O exoplaneta, chamado GU Psc b, está muito distante da sua estrela - cerca de 2.000 vezes a distância entre a Terra e o Sol -, um autêntico recorde. A essa distância, leva aproximadamente 80.000 anos terrestres para que o GU Psc b complete uma órbita em torno de sua estrela. Os pesquisadores aproveitaram essa distância astronômica entre o planeta e sua estrela para conseguir fotografá-lo diretamente. Ao comparar imagens obtidas em diferentes comprimentos de onda, eles foram capazes de confirmar a existência do planeta. "Os planetas são muito mais brilhantes quando vistos em infravermelho, em vez de luz visível, porque a temperatura da sua superfície é mais baixa em comparação com outras estrelas. Isso nos permitiu identificar o GU Psc b," disse Marie-Eve Naud, da Universidade de Montreal, no Canadá. Neste segundo caso, a novidade não é exatamente o exoplaneta, mas a qualidade da imagem. Esta é a melhor foto que já se obteve de um exoplaneta. E é apenas a primeira de uma série. A imagem foi captada pelo Gemini Planet Imager (imageador de planetas Gemini, em tradução livre), um aparelho construído especificamente para isso. Instalado no telescópio Gemini Sul, no Chile, o aparelho está em fase de testes, observando exoplanetas já conhecidos, antes de começar a procurar por planetas extrassolares desconhecidos. "Mesmo estas primeiras imagens são melhores quase por um fator de 10 em relação à geração anterior de instrumentos. Em um minuto estávamos vendo planetas que levavam uma hora para serem detectados," disse Bruce Macintosh, líder da equipe que construiu o instrumento. Ainda neste ano, os astrônomos esperam usar o Gemini Planet Imager para bisbilhotar em volta de 600 estrelas jovens em busca de planetas gigantes. Embora a câmera tenha sido projetada para procurar planetas distantes, ela também pode observar objetos no nosso Sistema Solar. As imagens de teste da lua Europa, de Júpiter, por exemplo, estão permitindo mapear mudanças na composição da superfície do satélite.
Fonte: Inovação Tecnológica
Fonte: Inovação Tecnológica
Nenhum comentário:
Postar um comentário