quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Descoberta a primeira exolua?


Uma equipe de astrônomos utilizou dados do Telescópio Espacial Hubble e do Observatório Espacial Kepler para provavelmente descobrir a primeira lua fora do nosso sistema solar.
As evidências são fortes para aquela que seria uma descoberta fantástica. No entanto, para já, é só uma candidata.
A candidata a exolua, denominada Kepler-1625b-i, encontra-se a 8000 anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação do Cisne.
Se existir, ela orbita um planeta gigante de gás (como Júpiter). Esse planeta orbita a estrela Kepler-1625.
Ela deverá ser enorme: do tamanho de Netuno! Ou seja, será similar a uma lua Netuno a orbitar um planeta Júpiter!
Apesar de ser enorme, a exolua só deverá ter 1,5% da massa do planeta. Sendo que o planeta Kepler-1625b deverá ser muito mais maciço do que Júpiter.
Ambos – planeta e lua – deverão ser gasosos.
Ambos estão na zona habitável da estrela. Mas sendo gasosos, não deverão ter vida como a conhecemos.
A potencial descoberta foi feita através do método do trânsito. Com a luz estelar a diminuir sempre que o planeta e a lua passam em frente da sua estrela (a partir da nossa linha de visão). Pequenas variações nessa diminuição dão a entender que o planeta tem uma lua na sua órbita.
Além disso, o trânsito do planeta deu-se uma hora mais cedo do que o previsto, o que é consistente com estarmos na presença de um centro de gravidade comum entre um planeta e uma lua, que faz com que o planeta se “atrase” algumas vezes e se “adiante” outras vezes em relação à sua localização prevista caso estivesse isolado.
Neste caso, é possível que esse “adiantamento” do trânsito possa ser devido à existência de um outro planeta no sistema. No entanto, como não foi detectado outro planeta, a existência da exolua é a hipótese mais simples para explicar as variações do planeta.
A ser uma exolua, poderá ser como um sistema duplo de planetas, já que a exolua será enorme (muito maior que as luas do nosso sistema solar).
Mais observações são necessárias para confirmar (ou não) esta descoberta.
São precisos mais trânsitos e observações desses trânsitos, para se saber se realmente existe uma lua ou não. Isto leva sempre vários anos.
Espera-se que o Telescópio Espacial James Webb venha a descobrir várias exoluas…
Afinal, mais de 20 anos após a descoberta dos primeiros exoplanetas (enormes, para poderem ser detectados), a lógica diz-nos que as próximas grandes descobertas serão de exoluas (enormes, para poderem ser detectadas).

Fontes: AstroPT

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