Pode parecer meio abstrata a idéia de uma estrela em desenvolvimento, mas o fato é que o universo está cheio delas. Astrônomos americanos têm observado, a 950 anos-luz da Terra, um jovem astro de 100 mil anos de idade, que não pára de se alimentar do gás e da poeira que o circundam. O “apetite” é impressionante. A cada meros 25 dias, a estrela fica dez vezes mais brilhante. Tecnicamente, parece que não se trata apenas de uma estrela, mas duas. Não é comum o uso do termo “estrelas gêmeas” entre os astrônomos, já que existe uma palavra especialmente cunhada para este fenômeno: estrela binária. Trata-se de um conjunto de duas estrelas que orbitam ao redor de um centro de massa. O sistema como um todo (as duas estrelas e o material cósmico que a envolve) se localiza na constelação Perseu, e recebe o nome de LRLL 54361. As imagens capturadas pelo telescópio Spitzer (lançado ao espaço pela Nasa em 2003) mostram as duas estrelas juntas, mais ao centro, e uma outra estrela distante (LRLL 1843) na porção superior direita da imagem. Observando as fotos, é possível perceber que em alguns momentos o brilho das duas está mais intenso do que em outros. Isso acontece devido ao campo gravitacional que o conjunto forma. Em áreas próximas às estrelas, os gases e poeira espacial custam a ser absorvidos. Uma vez que passam de determinada linha, em proximidade, são puxadas para o centro com intensidade redobrada. O termo “estrela bebê” pode dar a idéia de pouco tamanho, mas as duas juntas são muito maiores que todo o sistema solar, por exemplo. Na fase de brilho mais intenso, a LRLL 54361 se estende por uma área de cerca de 15.000 UA (uma unidade astronômica equivale a quase 150 milhões de km). Mas o processo de formação da estrela, segundo os pesquisadores, ainda vai decorrer por mais alguns milhões de anos.
Fonte: Hypescience
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