terça-feira, 18 de agosto de 2009

Imagens do solo de Vênus: Missão Venera

Missão Venera 9, ano 1975


Missão Venera 10, ano 1975


Missão Venera 13, ano 1981


Missão Venera 13, ano 1982


Programa Venera (em russo: Венера), também chamada por vezes de Venusik no hemisfério ocidental, foi uma série de sondas espaciais desenvolvidas pelo programa espacial soviético, para a coleta de informações do planeta Vênus. Eram lançadas em pares, com uma segunda sonda sendo lançada uma ou duas semanas após o lançamento da primeira. Os desenhos e os equipamentos carregados pelas sondas da série variaram ao longo dos anos, sendo gradualmente aperfeiçoados para resistir às extremas condições da atmosfera e da superfície do planeta Vênus. As extremas condições de Vênus - temperaturas diárias de mais de 450 °C, pressão atmosférica 90 vezes maior do que a da Terra e tempestades de ácido sulfúrico - fizeram com que estas sondas não sobrevivessem por muito tempo. As 8 primeiras sondas foram desenhadas para pousar no planeta, enquanto as 8 sondas posteriores foram desenhadas de modo diferente, sendo compostas de uma sonda orbital e de uma sonda designada a pousar no planeta, a resistir por um mínimo de 30 minutos na superfície do planeta antes de serem decompostas.

As sondas:
A Venera 1 e a Venera 2 perderam contato com a Terra antes de chegar a Vênus. A Venera 3 alcançou o planeta em 1 de março de 1965, mantendo contínuo contato radiofônico com a Terra, mas este contato foi perdido logo antes da entrada da sonda na atmosfera do planeta. A Venera 3 tornou-se o primeiro objeto humano a pousar em outro planeta - embora este pouso não tenha sido controlado. A sonda Possuía um corpo cilíndrico com uma espécie de redoma no topo, com uma altura total de cerca de 2 m, e havia dois painéis solares laterais de dimensões relativamente pequenas. Uma antena grande (mais de 2 m de diâmetro), de alto ganho, era a responsável pela recepção dos sinais de controle, e uma antena linear longa transmitia os sinais à Terra. Os instrumentos científicos da nave incluíam um magnetômetro, detectores de íons, detectores de micrometeoritos e radiação cósmica. A redoma no topo da nave continha uma esfera pressurizada que continha as insígnias soviéticas, e era projetada para flutuar nos presumíveis oceanos de Vênus, após o pouso (a nave não continha retrofoguetes). A Venera 4 alcançou Vênus em 18 de outubro de 1967, tornando-se a primeira sonda a entrar na atmosfera e enviar dados à Terra. A Venera 4 também realizou a primeira comunicação radiofônica sonda-Terra. Ela liberou uma cápsula com dois termômetros, um barômetro, um altímetro e medidores de densidade do ar, 11 analisadores de gás e dois rádio-transmissores. O módulo principal da nave carregava um magnetômetro, detectores de raios cósmicos, indicadores de oxigênio e hidrogênio e detectores de partículas. O módulo de descida conseguiu transmitir informações durante a descida, até alcançar a altitude de 25 km (freiado por pára-quedas), até que foi destruído pelas terríveis condições atmosféricas de Vênus. A Venera 5 alcançou Vênus em 16 de maio de 1969, e entrou na atmosfera de Vênus no mesmo dia, enviando dados à Terra antes de ser esmagada pela atmosfera. Cada nave carregava (Venera 5 e 6) um módulo de pouso, dotado de pára-quedas, além de instrumental científico. Também carregavam medalhões comemorativos com as insígnias soviéticas e o baixo-relevo de Lênin. A Venera 5 lançou o seu módulo de pouso no lado escuro de Vênus em 16 de maio de 1969, e a Venera 6 o fez no dia seguinte. Venera 7. Foi a primeira sonda desenhada a resistir às extremas condições do planeta Vênus e a realizar um pouso controlado no planeta. Alcançou Vênus em 15 de dezembro de 1970, e pousou no planeta no mesmo dia. Enviou informações à Terra por 23 minutos antes de ser decomposta pelo calor e pela pressão do planeta. O radar da Venera 7 detectou ventos de mais de 100 quilômetros por hora. Foi o primeiro artefato humano a pousar suavemente em outro planeta e conseguir transmitir informações durante certo tempo. Um grande sucesso. A Venera 8 pousou em Vênus em 6 de dezembro de 1970, sobrevivendo por 50 minutos. Venera 12. Alcançou o planeta em 21 de dezembro de 1978, sobrevivendo por 110 minutos. Sua irmã, a Venera 11, pousaria no planeta 4 dias depois, sobrevivendo por 95 minutos, mas com seus sistemas de imagens (fotografia, radar) não operacionais. Venera 13. Enviou à Terra as primeiras imagens coloridas da superfície de Vênus, em 1 de março de 1982, sobrevivendo por 127 minutos, à temperatura de 456°C e à pressão de 89 atmosferas. Encerrando a série Venera, em 1983 foram lançadas duas naves destinadas a mapear Vênus com o emprego de um sistema de radar, sem pouso portanto: a Venera 15, lançada em 2 de junho de 1983, e a Venera 16, lançada em 7 de junho de 1983. As partes orbitais da Venera 15 e a Venera 16 realizaram missões de mapeamento da superfície do planeta em 10 e 14 de outubro de 1983. As naves Venera 15 e 16 eram idênticas, e aproveitaram a nave base (módulo orbitador) das Veneras 9 a 14, ligeiramente modificadas.

Fonte: Wikipédia & Agência Espacial Federal Russa (em russo: Федеральное Kосмическое Aгентство России - Federalnoye Kosmicheskoye Agentstvo Rossii, conhecida como, "Roskosmos")

5 comentários:

  1. muito legal o trabalho de vçs.

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  2. Grandes Russos,foi pena terem disistido da lua e deixado o calhau para os americanos se puderem gabar...

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  3. Grandes Russos,foi pena terem disistido da lua e deixado o calhau para os americanos se puderem gabar...

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  4. Grandes Russos,foi pena terem disistido da lua e deixado o calhau para os americanos se puderem gabar...

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