segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Sol dentro da Via Láctea


Todos sabem que aproximadamente a cada 28 dias, a Lua completa uma volta ao redor da Terra. Também é de conhecimento básico que a Terra, junto com a Lua, executa o movimento de translação ao redor do Sol, que leva 365.25 dias para ser completado. Aliás, não é só a Terra que circunda o Sol, mas todos os planetas, luas, asteróides e satélites executam esse movimento de translação. O que poucos sabem, no entanto, é que nosso Sol, com tudo que gira ao seu redor, também circunda alguma coisa, mas essa "coisa" está tão longe que nós nem percebemos o movimento. Estamos falando do centro a Via Láctea, ao redor do qual o Sol e mais de 200 bilhões de estrelas giram. Toda a Via Láctea descreve um movimento de rotação ao redor de um ponto central, mas seus componentes não se deslocam à mesma velocidade. As estrelas que estão mais distantes do centro movem-se a velocidades mais baixas do que aquelas que estão mais próximas. Nosso Sol descreve uma órbita praticamente circular em torno da Via Láctea e sua velocidade de translação é de 225 km/s. Para dar uma volta completa ao redor do centro da Galáxia, o Sol leva aproximadamente 200 milhões de anos. Como a idade da nossa estrela é de 4.5 bilhões de anos, podemos afirmar que desde que existe, o Sol já deu 22 voltas ao redor da Galáxia. A Via Láctea é uma galáxia espiral formada por 4 braços maiores - Perseu, Norma, Crux-Scutum e Carina-Sagitário - e os braços menores de Órion e Cignus. Atualmente, o Sol ocupa uma posição na periferia da Via Láctea, conhecida como Braço de Órion, distante cerca de 27 mil anos-luz do centro galáctico. Até 1953 os astrônomos não tinham conhecimento da existência dos braços da Via Láctea. A observação da estrutura espiralada era obstruída pela poeira estelar, além de ser dificultada por ser feita de dentro da própria Galáxia. Segundo o modelo proposto pelo astrofísico Robert Benjamin, da Universidade de Wisconsin, a Via Láctea possui apenas dois braços principais: Perseus e Scutum-Centaurus, sendo os demais braços reclassificados como braços menores ou ramificações. Centaurus e Perseus contêm uma enorme concentração de estrelas jovens e brilhantes. Como vimos, a Via Láctea é classificada como sendo uma galáxia espiral e seus braços giram em torno do núcleo à semelhança de um grande cata-vento. Em seu interior, nosso Sol não passa de um minúsculo grão de areia vagando pelo Universo.

Créditos: Apollo 11

5 comentários:

  1. Muito legal! Lembro-me de uma citação do livro do Douglas Adams, O Guia do Mochileiro das Galáxias, que ele fala "Na Via Láctea, mas exatamente em sua periferia, existe um planetinha verde-azulado brega..." xD
    Sabes porque do nome Via Láctea?

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  2. Esse nome foi criado pelas civilizações gregas (em grego, Galáxia significa Kiklos), que imaginavam um leite derramado pela deusa Hera sobre o que acreditavam ser a "estrada dos deuses". Podemos nos referir como o "caminho do leite", devido a aparência esbranquiçada que certas regiões da Via Láctea assumem em noite de céu limpo e sem iluminação das cidades.

    Beleza?

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  3. Beleza!

    Eu li também sobre outra versão que era mais ou menos assim: Zeus gostava muito de Hérculos, era seu filho preferido. Ele queria muito que Hérculos fosse imortal, por isso trouxe ele, ainda bebê, para mamar no peito de Hera, enquanto ela dormia e assim seguiu. Porém, Hera se acordou e tirou Hérculos a força, fazendo com que seu leite se espalhasse no céu, criando a Via Láctea.

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  4. O Sol faz seu movimento de translação juntamente, isto é, ao mesmo tempo, que todas as demais estrelas do braço de Órion?

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  5. Todas as estrelas da Via Láctea, estão em movimento, mas em distâncias e velocidades diferentes.

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