quarta-feira, 26 de maio de 2010

Por que os astros parecem maiores quando vistos no horizonte?



Uma das coisas mais belas aos finais de tarde é o nascer da Lua no horizonte, grande e bela, com uma tonalidade alaranjada, horas antes, o Pôr-do-Sol magnífico. Todo mundo alguma vez na vida já admirou uma dessas cenas e deve ter percebido que conforme o objeto celeste vai ficando mais alto, o tamanho vai diminuindo. Isso acontece também com os planetas e as estrelas, todos ficam gigantes no horizonte e menores no zênite (O ponto no céu que se encontra exatamente acima de sua cabeça). Qual a razão para que isso aconteça? Uma das explicações para isso dentro da ótica seria dizer que os raios luminosos vindos de um objeto no horizonte percorrem um caminho mais longo através da atmosfera. Devido a essa posição, a luz sofreria refrações que fariam seu diâmetro aparente parecer maior. E essa resposta até seria interessante e ficaria claro a coloração alaranjada dos objetos localizados no horizonte, já que a luz passaria por camadas de poeira, sujeira e tudo o mais e teria uma boa parte do seu espectro eletromagnético absorvido, a não ser os comprimentos de onda próximos ao vermelho. Mas, onde isso está errado? É simples. Isso não explica o diâmetro aparente dos astros. Usando aparelhos de medição, observaríamos que o tamanho não aumentaria. E, para ficar mais misterioso ainda, perceberíamos o contrário. No zênite, o astro fica mais perto! Ou seja, ele vai se aproximando de nós... E não se afastando lentamente. É o contrário do que observamos. Confuso não? Esse aumento indiscreto dos diâmetros só existe para o nosso cérebro. E quem é o culpado? O próprio céu! O fundo dele, para ser mais claro. Ele nos causa a ilusão de que a abóbada celeste (leia-se: hemisfério celeste visível) não é uma semi-esfera, mas uma espécie de plano achatado que vai do horizonte ao zênite, sem qualquer curvatura no espaço, formando um ângulo agudo. Essa impressão é tão real, que tudo o que está no céu (estrelas, planetas, constelações) parecem encrustados na abóbada. E tudo está no referencial. Não existe nenhuma referência que nos permita estimar a distância quando olhamos para o zênite. Só que quando olhamos para o horizonte, vemos um quadro, com bosques, prédios, montanhas, colinas e uma série de coisas que nos permite fazer comparações e nos dá a ilusão de distância entre o nosso olho e o astro celeste. Assim, o céu lá no horizonte parece (apenas parece) mais afastado. Ou seja, quando observamos o céu estrelado, projetamos, sem qualquer consciência disso, as estrelas e a Lua sobre essa abóbada celeste achatada por nossa imaginação. E tudo fica maior! "É uma simples ilusão de ótica".

Créditos: All The Universe

4 comentários:

  1. Algumas estrelas como a Cannopus e a Sirius nessa região ficam muito bonitas.

    ResponderExcluir
  2. Te confesso que ainda não vi as mesmas nessa situação, mas irei prestar atenção.

    Abração!

    ResponderExcluir
  3. Falo delas quando não estão nem altas nem baixas demais.

    ResponderExcluir
  4. Hummm, sei.
    Assim que eu tiver uma oportunidade vou procurar essas maravilhas.

    ResponderExcluir