terça-feira, 31 de julho de 2012

China anuncia que pretende enviar nave à Lua em 2013

A China pretende enviar no próximo ano uma nave exploratória à Lua, informa a imprensa estatal, que revela detalhes do mais recente projeto do ambicioso programa espacial do gigante asiático. A terceira tentativa lunar da China será lançada no segundo semestre de 2013, informou a agência oficial Xinhua. No caso de êxito, seria a primeira vez de uma nave chinesa na Lua e estabeleceria um marco no desenvolvimento do programa espacial. O projeto pretende sobrevoar, alunissar e retornar à Terra, segundo a Xinhua. A China informou que também planeja um vôo tripulado à Lua, mas não divulgou datas. Pequim considera que o projeto, avaliado em bilhões de dólares, evidenciará a importância crescente do país como potência, sua capacidade tecnológica e o sucesso do Partido Comunista na transformação de uma nação pobre em um país próspero. O programa espacial chinês teve início em 1999 com o lançamento da nave sem tripulação Shenzhou-1. Dois anos mais tarde, a Shenzhou-2 foi lançado com pequenos animais a bordo e, em 2003, a China enviou pela primeira vez um homem ao espaço. Uma caminhada espacial aconteceu em 2008. Recentemente, a viagem de 14 dias da nave Shenzhou-9 se tornou a missão espacial chinesa mais longa e ganhou destaque por incluir a primeira mulher astronauta entre os três membros de sua tripulação.

Créditos: Terra Ciência

SDO observa espetacular proeminência eruptiva!


O Sol produziu hoje de manhã uma espectacular proeminência eruptiva. Durante pouco mais de uma hora, um arco de plasma pairou no extremo sudoeste do disco solar, até uma altitude de cerca de 250 mil quilômetros, antes de se projetar violentamente ao espaço. Vejam o vídeo captado pelo Solar Dynamics Observatory: O fenômeno parece ter despoletado uma brilhante ejeção de massa coronal. No entanto, ainda não há qualquer informação disponível relativa à sua velocidade e direção.

Créditos: AstroPT

O que a MSL irá procurar?

A imagem acima aponta as argilas e os sulfatos localizados na porção inferior do Mount Sharp localizado dentro da Cratera Gale, em Marte. A nova sonda da NASA, Curiosity que faz parte do Mars Science Laboratory (MSL) está sendo programada para pousar na Cratera Gale no dia 6 de Agosto de 2012, por volta das 2:00 da manhã, hora de Brasília. Depois de pousar e se estabelecer no planeta a Curiosity começará a examinar o terreno ao redor, com uma ênfase especial aos minerais argilosos e aos sulfatos, pois esses minerais provavelmente se formaram durante um período em que o planeta Marte era mais hospitaleiro para a vida do que como o conhecemos atualmente. Nós sabemos disso, ou pelo menos desconfiamos disso, pois as argilas e os sulfatos são minerais formados na presença de água. Estudos orbitais da Cratera Gale têm indicado que a água que uma vez preencheu a cratera, era menos ácida do que aquela já estudada anteriormente em Marte. A água é mais hospitaleira para a vida quando é menos ácida, de modo que os cientistas esperam examinar as argilas e os sulfatos formados nessa água e assim poder dizer se Marte, foi ou ainda é um ambiente propício para o desenvolvimento da vida. Muitas pessoas pensam que a Curiosity e o MSL estão sendo enviados a Marte para encontrar vida, mas esse não é o caso. Essa moderna sonda da NASA está sendo enviada ao Planeta Vermelho para determinar se as condições em Marte, foram ou ainda são favoráveis para a vida. Isso não significa que a MSL não poderá encontrar vida, isso apenas significa que ela não está especificamente procurando por vida. Então, qual o objetivo da missão do Mars Science Laboratory? Se nós descobrirmos que Marte foi ou ainda é um ambiente que pode sustentar a vida, nossas esperanças aumentarão sobre a hipótese de que Marte, em algum momento de sua história teve vida. A missão examinará as camadas do Mount Sharp nos dando um entendimento melhor sobre o tempo em que a água esteve presente em Marte e depois desapareceu. Se nós soubermos quando a água desapareceu em Marte, nós podemos determinar por que e talvez aprender como prever uma catástrofe semelhante no nosso planeta, a Terra. Quando nós determinarmos por quanto tempo a água foi abundante em Marte, nós podemos começar a estreitar a busca por vida, examinando assim somente os sedimentos e outros materiais formados durante o período de tempo em que a água esteve presente, já que ela é considerada necessária para o desenvolvimento da vida como a conhecemos. Desse modo, a missão da sonda Curiosity e do Mars Science Laboratory, é fundamental para entendermos mais sobre o passado do planeta Marte e do Sistema Solar como um todo.

Créditos: Mars Travel

Fantasma colorido

Como um fantasma coberto num lençol, uma marca cinza vaga parece fluir desde o sudeste através da cratera Lamont. A parte inferior desse lençol marca a fronteira com cadeias menores de mares, embora a massiva cadeia perto da Sabine se estenda além dela. Virando para o norte, a borda brilhante segue um ponto de inflexão na topografia da superfície, para oeste o talude segue para baixo, para leste e se eleva na área brilhante. No lado nordeste oposto, da cratera Lamont a fronteira é muito mais nítida sob uma alta iluminação, parecendo mais áspera quando o Sol está baixo. Todas as cadeias nesse lado nordeste cruzam através da fronteira de albedo. No lado sul e sudoeste parece que um mar de lava mais escuro é imposto sobre um mais claro e essas lavas mais escuras são mais jovens. Isso pode significar que a variação de brilho não se deve ao material parecido com raio. Um antigo mosaico colorido feito pela sonda Clementine mostra que as lavas claras e escuras têm diferentes cores e então diferentes composições.

Créditos: LPOD

O Aglomerado de Hércules

Embora o aglomerado estelar M13, ou, como é conhecido, o Aglomerado de Hércules, não seja o aglomerado estelar mais brilhante no céu, muitos observadores do hemisfério norte da Terra, o tem como um dos alvos favoritos para ser observado. Essa lealdade astronômica, provavelmente exista pelo fato do M13 ficar alto no céu durante as noites de verão, enquanto outros aglomerados mais brilhantes, ficam perto do horizonte. A foto acima foi feita com um Astro Systeme Austria ASA Astrograph de 10 polegadas com f/6.8, usando uma câmera CCD SBIG STL-11000M, a imagem foi obtida em LRGB com exposições de 60, 30, 40 e 40 minutos respectivamente.

Créditos: Astronomy

Espiando a lua Mimas de Saturno

A lua de Saturno, Mimas, pode ser espiada na imagem acima feita pela sonda Cassini, aparecendo por trás da lua maior, Dione. Mimas com seus 396 quilômetros de diâmetro, está perto da parte inferior da imagem. Os anéis de Saturno também podem ser observados na parte superior direita da imagem. Essa imagem foi obtida enquanto a sonda Cassini observava o lado de Dione voltado contra Saturno. O norte de Dione, com seus 1.123 quilômetros de diâmetro, está para cima e rotacionado de 20 graus para a direita. Essa imagem foi feita com a sonda Cassini olhando na direção norte, e dos lados iluminados dos anéis, um pouco acima de seu plano. A imagem foi adquirida através da luz visível da câmera de ângulo restrito da sonda Cassini no dia 12 de Dezembro de 2011. A imagem foi obtida a uma distância aproximada de 606.000 quilômetros de Mimas, e a aproximadamente 91.000 quilômetros de distância de Dione, com o conjunto, Sol-Dione-Cassini, em fase com um ângulo de 42 graus. A escala da imagem acima é de 541 metros por pixel em Dione.

Créditos: Cienctec

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Confusão do Sistema Solar

O diagrama mostrado na imagem acima, ilustra as diferenças entre as órbitas dos típicos asteróides próximos da Terra, em azul e os asteróides potencialmente perigosos, ou os PHA em laranja. Os PHAs são subconjuntos dos asteróides próximos da Terra (NEAs) e têm as órbitas mais próximas da órbita da Terra, num raio de 8 milhões de quilômetros. Esse asteróides também são grandes o suficiente para sobreviverem pela passagem na atmosfera da Terra e causar desastres de escala regional e até global. Nosso Sol amarelo, localiza-se no centro de toda essa confusão, enquanto que as órbitas dos planetas Mercúrio, Vênus e Marte são mostradas em cinza. A órbita da Terra é mostrada em verde entre as órbitas Vênus e Marte. Como indica o diagrama, os PHAs tendem a ter uma órbita mais parecida com a Terra do que o resto dos NEAs. As órbitas dos asteróides são simulações de como são as passagens dos objetos típicos ao redor do Sol. Os pontos em segundo plano são baseados nos dados da missão NEOWISE da NASA, a porção caçadora de asteróide da missão Wide-Field Infrared Survey Explorer (WISE), que vasculhou todo o céu em infravermelho antes de entrar no modo de hibernação em 2011. Os pontos azul e laranja representam a simulação da população dos asteróides próximos da Terra e os PHAs, respectivamente, e que são maiores que 100 metros de diâmetro. A missão NEOWISE forneceu a melhor visão geral da população de PHAs já vistas, refinando a estimativa de seus números, tamanhos e tipos de órbitas e de perigo potencial. A equipe do NEOWISE estima que entre 20% a 30% dos PHAs que acredita-se que existam tenham sido descoberto de verdade até 2012, que é a data dessa imagem.

Créditos: NASA

Nasa: bandeiras americanas das missões Apollo ainda estão na Lua

Imagens do Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO, na sigla em inglês) da Nasa mostram que bandeiras americanas plantadas na Lua pelos astronautas das missões Apollo estão, em sua maioria, ainda de pé. A sombra das bandeiras pode ser vista nas imagens, exceto a de uma, plantada durante a expedição da Apollo 11. Segundo a BBC, o LRO foi criado para produzir os mais detalhados mapas da superfície lunar até hoje. Cada uma das missões Apollo plantou uma bandeira americana em seus locais de pouso na Lua. Cientistas examinaram há um tempo fotografias dos locais de cada missão e encontraram possíveis sombras feitas pelas bandeiras na superfície lunar, porém, a informação não foi conclusiva. Recentemente, pesquisadores estudaram as imagens registradas em diferentes pontos e iluminações durante o dia e observaram sombras circulando os pontos onde as bandeiras estão localizadas. O professor Mark Robinson, chefe de instrumentos da espaçonave (LROC), afirmou em um blog que a novidade já pode ser confirmada. "Pelas imagens do LROC é certo que as bandeiras americanas estão ainda de pé e criando sombras em todos os locais de pouso, exceto o da Apollo 11", afirmou no relato. "A forma mais convincente de ver que as bandeiras ainda estão lá é assistir à uma série de imagens feita pela LROC em diferentes horas do dia, e ver que a sombra circula a bandeira", adicionou. "Pessoalmente, eu estava um pouco surpreso que as bandeiras sobreviveram às luzes ultravioletas e temperaturas da superfície lunar", concluiu Robinson. O LRO começou sua missão na órbita lunar em setembro de 2009, para identificar mineral e outros recursos na Lua, assim como explorar novos locais de pouso para futuras missões.

Créditos: Terra Ciência

Prepare-se: A Lua Azul está chegando e não adianta fugir!

Apesar de ser um nome esquisito, Lua Azul não é de fato a cor com que a Lua vai se apresentar aos nossos olhos. E também não morde as criancinhas, como poderia ser imaginado pelos mais afoitos. Lua Azul é somente o nome que se dá para a segunda Lua Cheia que acontece no mesmo mês. Em agosto, a primeira Lua Cheia será no dia 1, quarta-feira e a segunda Lua Cheia - a Lua Azul - será no dia 31. Em 2011 a coincidência também se repetiu e em julho tivemos duas luas cheias no mesmo mês. Apesar da última Lua Azul ser recente o evento não acontece todos os anos, mas em média uma vez a cada 2.66 anos e em 1999 tivemos duas Luas Azuis em um período de apenas 3 meses. Essa coincidência ocorre devido ao ciclo lunar ser de 29.5 dias, o que torna perfeitamente possível que em um mesmo mês sua fase se apresente cheia por duas vezes. De acordo com alguns historiadores, o nome Lua Azul foi criado no século 16 por algumas pessoas que ao observarem a Lua a viram azulada. Outras, no entanto, a percebiam cinza. Muitas discussões ocorreram até concluir-se que era impossível a Lua ser azul. Esse fato criou uma espécie de expressão linguística, e "Lua Azul" passou a ser sinônimo de algo impossível ou difícil. O termo ganhou força principalmente nos EUA e algumas frases como "só me caso com você se a lua estiver azul" se popularizaram rapidamente. Assim, com esse significado de "nunca" ou "raro" que o termo foi usado para designar as duas luas cheias que ocorrem no mesmo mês, ou seja, uma coisa rara, que não acontece sempre. Curiosidades a parte, existem alguns registros raros onde a coloração do nosso satélite foi realmente alterada. Um desses registros remonta aos anos de 1883, quando uma violenta erupção no vulcão Krakatoa, na ilha de Java, lançou ao espaço milhões de toneladas de gases e poeira fazendo com que a Lua, quando observada próxima ao horizonte, fosse vista em tons azulados. De acordo com os relatos, isso durou aproximadamente dois anos e foi testemunhado em todo o planeta. Em 1951, um grande incêndio nas florestas canadenses produziu o mesmo efeito que o Krakatoa, mas só pode ser observado na América do Norte. Em 2009, a Lua Azul aconteceu exatamente na virada do ano, em uma coincidência que só ocorre a cada 19 anos. Além disso, no mesmo dia tivemos um eclipse parcial lunar e isso só acontece 11 vezes a cada mil anos. Se você achou pouco então se prepare. Em dezembro de 2048 tudo isso vai acontecer junto de novo, mas ao invés de um, teremos dois eclipses no mesmo mês. É claro que neste caso o uso de um telescópio ou binóculo é altamente recomendado, mas um amuleto também será muito bem vindo!

Créditos: Apolo 11

ESO divulga imagem de 'casulo' que protege estrelas jovens

Na Terra, os casulos estão associados à vida nova. Também há "casulos" no espaço, mas em vez de protegerem larvas enquanto elas transformam em borboletas, são os locais de nascimentos de novas estrelas. A nuvem vermelha na imagem divulgada nesta segunda-feira pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) é um exemplo dessas regiões de formação estelar. Obtida com o instrumento EFOSC2, montado no New Technology Telescope,do ESO, a imagem mostra uma nuvem chamada RCW 88, situada a cerca de dez mil anos-luz de distância e com uma dimensão de cerca de nove anos-luz. Ela é feita de hidrogênio gasoso brilhante, que rodeia as estrelas recém-formadas. As novas estrelas formam-se de nuvens de hidrogênio à medida que estas colapsam sob o efeito da sua própria gravidade. Algumas das estrelas mais desenvolvidas, que já brilham intensamente, podem ser vistas pela nuvem. Estas estrelas jovens e quentes são muito energéticas e emitem enormes quantidades de radiação ultravioleta, o que faz com que os elétrons se libertem dos átomos de hidrogênio da nuvem, deixando apenas os núcleos positivamente carregados - os prótons. À medida que os elétrons são recapturados pelos prótons, emitem radiação H-alfa, a qual tem um brilho vermelho bastante característico. Observar o céu através de um filtro H-alfa é o modo mais simples de os astrônomos descobrirem estas regiões de formação estelar - e foi um dos quatro filtros utilizados para produzir a imagem.

Créditos: Terra Ciência

Mancha solar 1520

A foto acima mostra um monstruosa mancha solar como foi observada de um observatório de quintal perto de Dayton, Ohio, no dia 9 de Julho de 2012. Essa mancha solar, denominada de 1520, pois pertence à chamada região ativa AR 1520, aparece na imagem acima rodando pelo limbo leste do Sol. Estima-se que ela tenha 11 vezes o diâmetro da Terra. Essa região ativa estava de frente para a Terra quando uma bolha de plasma, conhecida como uma ejeção de massa coronal, ou CME, foi expelida pela fotosfera do Sol. Como resultado dessa explosão, muitos habitantes das latitudes intermediárias do hemisfério norte da Terra puderam observar belas auroras nos dias que se seguiram à ejeção da CME.

Créditos: EPOD

Cratera Pasch

Essa imagem de alta resolução mostra uma visão detalhada dos picos centrais repletos de cavidade da cratera Pasch em Mercúrio. Cavidades têm sido encontradas se formando ao redor ou nos próprios picos, bem como nos anéis das crateras. A cratera Pasch recebeu esse nome recentemente em Abril 2012 em homenagem à pintora sueca Ulrica Fredrica Pasch. Ela veio de uma família de artistas, incluindo seu pai, irmão e primo.

Créditos: MESSENGER

Aglomerado estelar R136

No centro da região de formação de estrelas conhecida como 30 Doradus localiza-se um imenso aglomerado composto pelas maiores, mais quentes e mais massivas estrelas conhecidas. Essas estrelas, conhecidas coletivamente como o aglomerado estelar R136, aparecem na imagem acima, registradas através de uma luz invisível ao olho humano pela recém instalada Wide Field Camera do Telescópio Espacial Hubble. As nuvens de gás e poeira na 30 Doradus, também conhecida como Nebulosa da Tarântula, têm sido esculpidas em formas alongadas por poderosos ventos e pela radiação ultravioleta dessas estrelas quentes do aglomerado. A Nebulosa 30 Doradus localiza-se dentro da galáxia vizinha conhecida como Grande Nuvem de Magalhães e está localizada a somente 170.000 anos-luz de distância da Terra.

Créditos: APOD

sábado, 28 de julho de 2012

Trilhas no céu da manhã

Os brilhantes planetas Vênus e Júpiter continuam nascendo juntos antes do amanhecer nos céus do planeta Terra. Na imagem acima, pode-se ver as águas calmas de um pequeno lago perto da cidade de Stuttgart, na Alemanha, refletindo os belos rastros arqueados deixados pelos planetas na imagem de longa exposição feita na manhã do dia 26 de Julho de 2012. Um reflexo da rotação da Terra ao longo de seu próprio eixo, os rastros concêntricos desses faróis celestes juntamente com os rastros das estrelas terminam de forma pontual com uma imagem separada feita do céu matutino. Fácil de ser identificado, Vênus é o mais brilhante e está perto das árvores no horizonte. O arco do rastro de Júpiter está acima do de Vênus, em direção ao centro da imagem juntamente com o compacto aglomerado estelar das Plêiades e com as Hyades em forma de V ancorada pela brilhante estrela Aldebaran. Um dos rastros observados na imagem contudo não aparece de forma concêntrica como os outros, ou seja, não é causado pela rotação da Terra. Esse rastro que cruza a imagem numa diagonal é deixado pela Estação Espacial Internacional enquanto orbita a Terra.

Créditos: APOD

Cratera Bartok

A imagem acima feita com a câmera NAC da sonda MESSENGER nos dá uma excelente visão da complexa cratera Bartok na superfície de Mercúrio. Algumas das mais proeminentes feições que podem ser destacadas nessa área são, regiões de material brilhante, bem como os picos centrais e as paredes em terraços. Essas feições combinadas com o fato de que o material ejetado no momento da formação da cratera, cobre boa parte da área ao redor e indica que a cratera Bartok é mais jovem do que grande parte do terreno vizinho, porém é mais velha do que as duas pequenas crateras à direita e à esquerda bem como do material ejetado no topo da cratera e do que o anel, respectivamente.

Créditos: MESSENGER

Chuva de meteoros poderá ser vista neste fim de semana

Neste fim de semana será possível observar alguns riscos no céu por conta da chuva de meteoros Delta-Aquarideos. Calcula-se que vão cair aproximadamente 20 meteoros por hora no ápice do evento, às 4h da manhã do domingo (29). O fenômeno é resultado da passagem da Terra por uma nuvem de detritos deixados por um cometa. De acordo com o diretor do Planetário de São Paulo João Paulo Delicato, esta chuva de meteoros não será muito forte, mas mesmo assim com alguma sorte poderá ser observada no Brasil. “Serão poucos meteoros caindo, acho que vai ser difícil conseguir visualizar”, disse. Delicato afirma que para conseguir visualizar a chuva de meteoros a olho nu o ideal é estar em um local distante dos grandes centros urbanos, que não tenha muita luz. A partir das 21h do sábado (28) já será possível observar algum meteoros. De acordo com cálculos astronômicos, os meteoros atingirão velocidade de 41 km/h.

Créditos: Último Segundo Ciência

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sozinhos no vazio

Em algum momento deste ano, a sonda Voyager 1, lançada da Terra 35 anos atrás, vai cruzar uma fronteira que nenhum objeto criado pelo homem jamais alcançou. Passando por uma onda de choque impulsionada pelo Sol nos limites do sistema solar, ela vai chegar aos gelados domínios do espaço interestelar. A Voyager é uma das naves mais rápidas que já conseguimos mandar para fora do raio de atração da gravidade da Terra. Ainda assim, depois de três décadas e meia de vôo espacial hiperveloz, a sonda ainda vai precisar de outros 700 séculos até chegar perto da estrela mais próxima. Na ausência de um milagre científico do tipo que nunca vimos ocorrer, a história dos nossos milênios futuros transcorrerá na Terra e no "espaço próximo", o ambiente formado pelos outros sete planetas, suas luas e os asteróides entre eles. Apesar de todos os vôos da nossa imaginação, ainda não absorvemos essa realidade. Quer gostemos ou não, estamos provavelmente presos ao sistema solar por muito, muito tempo. É melhor começarmos a nos conformar com o significado disso para o futuro dos seres humanos. É claro que, num certo nível, sabemos disso. Mas, numa cultura saturada de noções de "progresso" cultivadas internamente e da obsessão por mundos aparentemente próximos do nosso alcance, existe a expectativa de que construiremos uma cultura interestelar mais cedo do que seria razoável crer. Numa espécie de versão cósmica do Destino Manifesto, supomos que, a não ser que algo terrível ocorra, nossa ciência vai nos levar às estrelas em algum momento das próximas centenas de anos. Tente mencionar um "motor de dobra" a qualquer pessoa e veja se ela sabe do que você está falando. De Jornada nas Estrelas a Guerra nas Estrelas, dos motores de dobra ao salto no hiperespaço - a idéia da viagem interestelar é um meme tão profundo nas visões culturais do espaço e do nosso futuro que os filmes de Hollywood nem precisam perder tempo apresentando-a ao público. Basta puxar uma alavanca e zap - estamos num novo sistema estelar. Quantas pessoas ficariam surpresas em saber que o motor de dobra não é nem mesmo um conceito coerente, quem dirá uma tecnologia para o futuro próximo? A verdade é que nós nos lançamos no espaço usando basicamente os mesmos princípios físicos com os quais os chineses brincavam quando descobriram aquilo que aprendemos a chamar de pólvora há mais de 1.400 anos. Explodir alguma coisa sob nossos pés é basicamente a única maneira que conhecemos de viajar pelo vazio. Mas, para as distâncias que separam as estrelas, esse método simplesmente não será suficiente. Mesmo que conseguíssemos descobrir uma forma de aumentar em cem vezes a velocidade de nossas naves espaciais - um aumento proporcional à diferença de velocidade entre uma carroça puxada por cavalos e um avião a jato 747 - elas ainda precisariam de quase mil anos para chegar às estrelas mais próximas e um período igual para a viagem de volta. Por mais que estejam em curso animadoras pesquisas teóricas envolvendo o envio de sondas não tripuladas às estrelas, a possibilidade real de uma cultura humana interestelar de larga escala é muito menos animadora. Mundos alienígenas. Pense nisso. Nada de salvação para a pressão populacional nas praias de mundos alienígenas. Nada de libertação das ameaças da degradação da biosfera na promessa de novas biosferas. Nada de fuga das nossas próprias tendências destrutivas na colonização das estrelas, espalhando a semente humana ao vento solar. Por épocas futuras tão numerosas quanto as épocas passadas da história humana, é provável que tenhamos de nos valer daquilo que temos, improvisar e, no fim, aprender a conviver. A partida da Voyager em sua missão interestelar convenceu-me de que estávamos avançados no nosso rumo àquele futuro grandioso no qual tudo seria possível. Hoje, ainda fico impressionado com aquela pequena caixa eletrônica que singra o espaço até os limites do vento solar. Ainda acredito que ela representa o máximo do gênio humano, de nossa ambição e esperança. E acredito que é por meio dessas qualidades que conseguimos aprender a dimensão completa das estrelas. Embora os netos dos netos dos nossos bisnetos possam viver para conhecer uma tecnologia cada vez mais poderosa, eles também terão de conviver mais intimamente com bilhões e bilhões de outros bem aqui, no nosso cantinho do cosmos. Pensando no passado e no futuro, aposto agora que o gênio, a ambição e a esperança da humanidade possam se superar em nome desse desafio. Não teremos outra escolha. Não haverá nenhum outro lugar para irmos por muito tempo.

Créditos: Estadão

Quase-Luas da Terra

A Lua não está tão sozinha no seu cortejo ao nosso Planeta, A Terra tem cinco Quasi-Satelites conhecidos – pode ter mais, perder uns e ganhar outros, ou uns de volta. Um quase-satélite é um objeto em um tipo específico de configuração orbital com um planeta: uma ressonância 01:01, onde o objeto fica próximo ao planeta ao longo de muitos períodos orbitais, podendo sair e voltar a essa configuração dependendo de variáveis físicas e orbitais. Um Quasi-Satelite não orbita ao redor do planeta, mas do Sol, só que leva exatamente ao mesmo tempo que o planeta, tendo no entanto uma excentricidade diferente, habitualmente superior. Quando visto a partir da perspectiva do planeta, o quase-satélite irá aparecer para viajar em um loop oblongo retrógrada ao redor do planeta. Em contraste com os verdadeiros satélites, as órbitas dos quase-satélites encontram-se fora do sistema do planeta , e são instáveis. Outros tipos de órbita, em uma ressonância 1:1 com o planeta, incluem órbitas em forma de ferradura (a da maioria dos quasi-satélites da Terra) e órbitas girino em torno dos pontos de Lagrange.
Quasi-Satélites da Terra:
3753 Cruithne: Esse objeto tem 5 km de diâmetro, foi descoberto em 1986 e orbita o Sol em ressonância com a Terra numa órbita do tipo Ferradura (O período orbital do corpo menor é quase o mesmo que o do corpo maior, e seu caminho parece ter uma forma de ferradura num quadro de referência rotativa como visto a partir do objeto maior). Cruithne já foi muitas vezes chamado de segunda lua da Terra, isso até a classificação como quasi-satélite ter sido definida. Não oferece qualquer risco de impacto com a Terra e sua aproximação máxima é vinte vezes mais distante do que a Lua, além disso sua órbita faz com que as vezes esteja do outro lado do Sol. É um asteróide rochoso, estima-se que com baixa densidade.
2002 AA 29: Com entre 50 e 120 metros, esse pequeno asteróide possui uma órbita do tipo ferradura quase circular que na maior parte do tempo o deixa dentro da órbita da Terra. Em 2003, o asteróide se aproximou da Terra a uma distância de 5,9 milhões de quilômetros, a sua maior aproximação por quase um século. Desde essa data, foi correndo à nossa “frente”, e continuará a fazê-lo até que tenha alcançado a sua maior aproximação por trás. O mais interessante é a rotação estimada: menos de 33 minutos. Isso leva a crer que seja um bloco poroso, de baixa densidade, e não um asteróide do tipo entulho – que se fragmentaria sob essa veloz rotação.
2003 YN 107: Possui uma órbita ferradura e um diâmetro de apenas 20 ou 30 metros. Com uma órbita de baixa excentricidade, quase circular, é menos provável que tenha vindo arremessado do cinturão de asteróides. Especula-se que possa ser um resíduo de impactos passados na Lua ou na Terra.
2010 SO 16: Outro asteróide com órbita em forma de ferradura que é um quasi-satélite, sendo também classificado como asteróide do tipo Apolo. Seu diâmetro é estimado em torno de 300 metros e com uma aproximação à Terra de 50 vezes a distância lunar, assim como os demais também não oferece risco de colisão.
2004 GU 9: O asteróide tem um diâmetro estimado de 200 metros, de acordo com estimativas publicadas pelo Monthly Notices da Royal Astronomical Society, e está a orbitar a Terra por 500 anos, e pode acompanhar a Terra por mais 500 anos, uma órbita relativamente estável.

Créditos: AstroPT

Universo pode ter singularidade não prevista por Einstein

A teoria da relatividade geral de Einstein estabelece que corpos de grande massa curvam o tecido do espaço-tempo, sendo essa curvatura um efeito que conhecemos como força da gravidade. Isso significa que Einstein considerava que o tecido do espaço-tempo é originalmente plano em um dado local. Mas pode não ser bem assim. É o que propõem Moritz Reintjes e Zeke Vogler (Universidade de Michigan) e Blake Temple (Universidade da Califórnia, em Davis). Segundo eles, há uma outra forma de criar ondulações no tecido do espaço-tempo. "Nós demonstramos que o espaço-tempo não pode ser localmente plano em um ponto onde duas ondas de choque colidem," explicou Temple. "Isto representa um novo tipo de singularidade na relatividade geral". Os físicos chamam de singularidade o núcleo de um buraco negro, onde a curvatura do espaço-tempo atinge valores extremos, algo que as equações da física não contemplam. De forma mais geral, uma singularidade é um pedaço do espaço-tempo que não pode parecer plano em nenhum sistema de coordenadas. Segundo a relatividade geral, a gravidade é tão forte perto de uma singularidade que o espaço-tempo se distorce. Uma onda de choque pode criar uma descontinuidade, uma mudança abrupta, na pressão e na densidade do tecido do espaço-tempo, criando um ressalto em sua curvatura. Mas, desde os anos 1960, os físicos calculam que uma única onda de choque não é suficiente para descartar a natureza plana do espaço-tempo em um determinado local. O que os pesquisadores demonstraram agora é que isso pode acontecer quando duas ondas de choque colidem. Segundo eles, o cruzamento das ondas de choque cria um novo tipo de singularidade, que eles chamaram de singularidade de regularidade. "O que é surpreendente é que algo tão suave quanto ondas interagindo possa criar algo tão extremo quanto uma singularidade no espaço-tempo," disse Temple. Os pesquisadores estão agora se debruçando em busca de manifestações dessa singularidade de regularidade, efeitos que possam ser medidos no mundo real. Segundo eles, é possível que ondas de choque que passem pelo interior de estrelas possam criar suas singularidades regulares. Mas será preciso demonstrar isto matematicamente antes que os astrofísicos possam começar a procurar por seus sinais.

Créditos: Inovação Tecnológica

Sonda espacial tentará detectar antimatéria

Um detector de partículas pesando sete toneladas instalado há mais de um ano na Estação Espacial Internacional tentará estabelecer se existe um "universo negro" invisível entretecido no cosmos, disse nesta quarta-feira um importante cientista do projeto. E o detector, chamado Espectrômetro Magnético Alfa (EMA), já quebrou todos os recordes ao registrar cerca de 17 bilhões de raios cósmicos, armazenando seus dados para análises, disse o físico Samuel Ting, ganhador do Prêmio Nobel, em entrevista coletiva. "A questão é: onde o universo é feito de antimatéria? Ela pode estar por aí, num lugar bem longe, produzindo partículas que poderíamos detectar com o EMA", afirmou. Físicos dizem que o "Big Bang", explosão primordial que originou o universo há cerca de 13,7 bilhões de anos, deve ter criado quantidades iguais de matéria e de antimatéria. Mas então a antimatéria praticamente sumiu. A razão disso é um dos grandes segredos do cosmos, investigado por meio do EMA e de estudos feitos no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), onde Ting falou. Alguns pesquisadores acreditam que a "matéria invisível", uma forma invisível que ocupa até 25% do universo conhecido, estaria ligada à antimatéria. Mas outros dizem que isso é altamente improvável. Esses cientistas argumentam que a antimatéria não poderia sobreviver muito perto de partes visíveis do cosmo onde, segundo as observações mais recentes, são ocupadas pela matéria escura, o que às vezes gera um "véu" entre planetas e estrelas. A matéria e a antimatéria são quase idênticas, com a mesma massa, mas "spin" (rotação) e cargas energéticas opostas. Elas podem formar partes diferentes de algumas partículas elementares, mas, caso se misturem, se destroem instantaneamente. Ting concedeu a entrevista coletiva junto a uma equipe de astronautas dos Estados Unidos que levou o detector, desenvolvido e construído pelo Cern, até a Estação Espacial, em maio do ano passado, na última missão do ônibus espacial Endeavour. Ele disse que até agora o detector, de 2 bilhões de dólares, com seus poderosos ímãs que distorcem as partículas com cargas negativas e positivas em direções diferentes, está funcionando perfeitamente, e que nenhum dos sistemas reservas precisou ser acionado até agora.

Créditos: Estadão

Há 41 anos, Apollo 15 levava o primeiro carro a chegar à Lua

Na manhã de 26 de julho de 1971, um foguete Saturn V (o mais poderoso já feito pelo homem) era lançado com os astronautas e o equipamento da missão Apollo 15. Na bagagem, a maior quantidade de equipamentos de pesquisa científica já levados pelas missões tripuladas à Lua. Curiosamente, no "porta-malas" do Saturn V ainda ia o primeiro carro a chegar ao nosso satélite natural. O lunar roving era movido a eletricidade e servia para levar a tripulação e o equipamento pela superfície lunar. Ele chegava a no máximo 16 km/h e enfrentava inclinações de até 25 graus. Ao invés de um volante, um controle - parecido com aquele de aviões de caça - ficava entre os dois bancos e permitia que ele fosse dirigido tanto pela esquerda, quanto pela direita. Ele suportava até 696 kg (sendo que o próprio veículo pesava 206 kg), tinha 3 m de comprimento, 2,1 m de largura e 114 cm de altura. Os astronautas pousaram no início da noite (no Brasil) de 30 de julho. Lá eles permaneceram até 3 de agosto - um deles permaneceu em órbita no módulo de comando. Outra curiosidade é que, na saída, eles deixaram um satélite para analisar a massa da Lua, mudanças gravitacionais e a interação com o campo magnético da Terra. A chegada ao planeta ocorreu em 7 de agosto.

Créditos: Terra Ciência

Montanhas formadas em picos centrais

Essa imagem acima de alta resolução feita com a câmera NAC da sonda MESSENGER oferece uma visão detalhada das torres formadas pelos picos centrais da cratera Abedin, na superfície de Mercúrio. A altura desses picos é enfatizada pelo alongamento das sombras geradas pela imagem feita com um baixo ângulo de incidência solar. Na imagem mostrada acima, o Sol está iluminando a região desde o lado direito da imagem.

Créditos: MESSENGER

Locais de pouso das missões da NASA em Marte


O vídeo acima mostra os locais de pouso de todas as seis naves da NASA que chegaram até Marte, Viking 1 e Viking 2, Pathfinder, Spirit, Opportunity e Phoenix. O vídeo também mostra o local escolhido como alvo para o pouso da próxima sonda a Curiosity. Esse pouso deve ocorrer no próximo dia 5/6 de Agosto de 2012. Os dados coletados pela sonda da NASA Mars Global Surveyor foram usados para criar a topografia e os detalhes coloridos na superfície de Marte, observados no vídeo acima.

Créditos: Cienctec

A Nebulosa da Chama

A Nebulosa da Chama, localiza-se na ponta leste da constelação de Órion, o Caçador, uma constelação fácil de ser observada no céu, pois é onde estão as Três Marias. Essa imagem da Nebulosa da Chama foi feita pelo WISE, Wide-field Infrared Survey Explorer da NASA. Essa imagem mostra uma vasta nuvem de gás e poeira onde novas estrelas estão nascendo. Três nebulosas familiares são visíveis na região central, a Nebulosa da Chama, a Nebulosa da Cabeça do Cavalo e a NGC 2023. A Nebulosa da Chama é a mais brilhante e a maior na imagem. Ela é iluminada por uma estrela interna que é 20 vezes mais massiva que o Sol e seria brilhante o suficiente para ser observada aqui da Terra caso não estivesse mergulhada na poeira o que faz com que ela pareça 4 bilhões de vezes mais apagada do que ela realmente é.

Créditos: NASA

As estrelas mais brilhantes não vivem sozinhas

O Universo é um lugar muito diverso e muitas das estrelas são bastante diferentes do Sol. Uma equipe internacional utilizou o VLT para estudar estrelas do tipo O, as quais apresentam temperaturas, massas e luminosidades muito elevadas. Estas estrelas têm vidas curtas e violentas, desempenhando um papel fundamental na evolução das galáxias. Estão também ligadas a fenômenos extremos, tais como "estrelas vampiras", onde a estrela menor suga matéria da superfície da companheira maior, e explosões de raios gama. "Estas estrelas são autênticos monstros," diz Hughes Sana (Universidade de Amesterdam, Holanda), autor principal do estudo. "Têm 15 ou mais vezes a massa do nosso Sol e podem ser até um milhão de vezes mais brilhantes. Estas estrelas são tão quentes que brilham com uma luz azul-esbranquiçada e têm temperaturas superficiais que excedem 30 mil graus Celsius." Os astrônomos estudaram uma amostra de 71 estrelas de tipo O, tanto isoladas como em pares (sistemas binários) em seis aglomerados estelares jovens próximos na Via Láctea. A maior parte das observações utilizou os telescópios do ESO, incluindo o VLT. Ao analisar a radiação emitida por estes objetos com um detalhamento inédito, a equipe descobriu que 75% de todas as estrelas do tipo O fazem parte de um sistema binário, uma proporção mais elevada do que a suposta até agora, e a primeira determinação precisa deste valor. Mais importante ainda, a equipe descobriu que a proporção destes pares onde as estrelas se encontram suficientemente próximas uma da outra para que haja interação entre elas (quer através de fusão estelar quer através de transferência de massa pelas chamadas estrelas vampiras) é muito mais elevada do que a esperada, resultado que tem implicações profundas na nossa compreensão da evolução de galáxias. As estrelas do tipo O constituem apenas uma fração de um por cento das estrelas no Universo, mas os fenômenos violentos a que estão associadas significam que têm um efeito desproporcional em seu meio circundante. Os ventos e choques que vêm destas estrelas podem tanto dar origem como interromper a formação estelar, a sua radiação faz com que as nebulosas brilhem, as suas supernovas enriquecem as galáxias com elementos pesados essenciais à vida, estando ainda associadas às explosões de raios gama, as quais se contam entre os fenômenos mais energéticos no Universo. As estrelas de tipo O estão por isso implicadas em muitos dos mecanismos que fazem evoluir as galáxias. "A vida de uma estrela é grandemente afetada pelo fato desta se encontrar próximo de outra," diz Selma de Mink (Space Telescope Science Institute, EUA), co-autora do estudo. "Se duas estrelas orbitam muito próximas uma da outra, poderão eventualmente fundir-se. Mas mesmo que isso não aconteça, uma das estrelas normalmente retira matéria da superfície da outra". As fusões entre estrelas, as quais a equipe estima que serão o destino final de cerca de 20 a 30 % das estrelas de tipo O, são fenômenos violentos. Mas mesmo o cenário comparativamente calmo de estrelas vampiras, que acontece em 40 a 50% dos casos, tem efeitos profundos no modo como as estrelas evoluem. Até agora, os astrônomos pensavam que os sistemas binários de estrelas de elevada massa, onde as componentes orbitam muito próximo uma da outra, eram uma exceção, algo apenas necessário para explicar fenômenos exóticos, tais como binárias de raios X, pulsares duplos ou buracos negros binários. Este novo estudo mostra que, para interpretar corretamente o Universo, não podemos fazer esta simplificação: estas estrelas duplas de elevada massa não são apenas comuns, as suas vidas são também fundamentalmente diferentes daquelas que existem enquanto estrelas isoladas. Por exemplo, no caso das estrelas vampiras, a estrela menor, de massa menor, rejuvenesce ao sugar hidrogênio fresco da sua companheira. A sua massa irá aumentar substancialmente e irá sobreviver à sua companheira, vivendo muito mais tempo do que uma estrela isolada com a mesma massa. Entretanto, a estrela vítima fica sem o seu envelope antes de ter oportunidade de se tornar numa supergigante vermelha luminosa. Em vez disso, o seu núcleo azul quente fica exposto. Deste fenômeno resulta que a população estelar de uma galáxia distante poderá parecer muito mais jovem do que é na realidade: tanto as estrelas vampiras rejuvenescidas como as estrelas vítimas diminuídas tornam-se mais quentes e azuis em termos de cor, ficando portanto com a aparência de estrelas mais jovens. Saber a verdadeira proporção das estrelas binárias de elevada massa em interação é por isso crucial para se poder caracterizar corretamente estas galáxias longínquas. "A única informação que os astrônomos têm das galáxias distantes é fornecida pela radiação que chega aos telescópios. Sem fazer suposições sobre o que é responsável por esta radiação, não podemos tirar conclusões sobre a galáxia, tais como quão massiva ou jovem ela é. Este estudo mostra que a suposição frequente de que a maioria das estrelas existem de forma isolada pode levar a tirar as conclusões erradas," conclui Hughes Sana. Para compreender qual a proporção destes efeitos e como é que esta nova perspectiva afetará a nova visão da evolução galáctica, temos que trabalhar mais. Fazer a modelagem de estrelas binárias é algo complicado, por isso demorará algum tempo até que estas considerações sejam incluídas nos modelos de formação galática.

Créditos: ESO

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Satélite japonês escreverá textos luminosos no céu!

Observar a passagem de satélites é um dos hobbies científicos mais educativos que existem e em breve essa atividade ficará ainda mais interessante. Nos próximos dias um micro satélite japonês realizará um experimento inédito e cruzará o céu emitindo luz e palavras em código Morse! O objetivo do experimento, proposto pelo Instituto de Tecnologia de Fukuoka é avaliar a possibilidade da comunicação óptica com satélites e será feito por um dos microsatélites FITSAT-1 que serão entregues na sexta-feira (27 de julho) na Estação Espacial Internacional, ISS, por meio da nave robótica Kounotori 3, colocada em orbita em 20 de julho. Os microsatélites, também chamados de CubeSats, são satélites de pequenas dimensões desenvolvidos por radioamadores ou universidades com o propósito de realizar experimentos científicos. Normalmente, CubeSats têm cerca de 10 cm de lado e não pesam mais que 1.500 gramas. Um dos FITSAT-1, batizado de NIWAKA, foi projetado para operar como uma verdadeira estrela artificial. Uma de suas laterais está repleta de LEDs que produzirão intensos flashes luminosos durante a noite e que poderão ser vistos com auxílio de um pequeno binóculo ou até mesmo a olho nu. Além disso, o tempo que os flashes permanecerão acesos ou apagados formarão palavras em código Morse, que transmitirão informações telemétricas do satélite. Para manter NIWAKA na posição correta, com os LEDS apontados para a Terra, os criadores do equipamento farão uso de pequenos ímãs de neodímio, em uma estrutura capaz de manter o CubeSat sempre apontado para o norte, com a face luminosa para baixo. Apesar de poder ser visto de qualquer parte do mundo entre as latitudes +/- 51 graus, os flashes luminosos terão como destino principal a Universidade de Fukuoka, FIT, que usará um telescópio e um fotomultiplicador dispostos em uma montagem que seguirá o satélite. Durante as passagens sobre a estação o experimento será comandado a transmitir flashes com velocidades cada vez maiores, permitindo aos cientistas avaliarem a capacidade de comunicação do sistema. De acordo com Takushi Tanaka, líder do projeto junto à FIT, tanto à estação de terra como os LEDS estarão perfeitamente alinhados quando o satélite passar sobre a Fukuoka, o que permitirá pelo menos 3 minutos de experimento por passagem. Todos os FITSAT-1 permanecerão dentro da estação Espacial até 2 de setembro, quando serão colocados no espaço pelo astronauta japonês Akihiko Hoshide, com auxílio do braço robótico do módulo Kibo. Quando estiver em órbita, os interessados poderão rastrear o satélite NIWAKA através do site Satview.org. Além do FITSAT-1, o cargueiro Kounotori 3 está levando para a Estação Espacial mais dois experimentos projetados por estudantes ganhadores da competição "YouTube Space Lab". Promovida pelo Google, participaram da competição estudantes com idades entre 14 e 18 anos que criaram experimentos para serem colocados em órbita. Os vencedores foram Amr Mohamed, de 18 anos, de Alexandria, no Egito e Dorothy Chen e Sara Ma, ambas de 16 anos, estudantes em Michigan, nos EUA. Os projetos foram concebidos para estudar como a microgravidade afeta a estratégia de caça das aranhas zebra e entender como diferentes nutrientes e compostos afeta o crescimento e virulência de bactérias cultivadas no espaço.

Créditos: Apolo 11

A tulipa na cisne

Enquadrando uma região de emissão brilhante, essa imagem telescópica tem uma visada ao longo do plano da nossa Via Láctea em direção à rica constelação de Cygnus, o Cisne. Popularmente chamada de Nebulosa da Tulipa, a nuvem de gás e poeira brilhantes é também encontrada no catálogo de 1959 construído pelo astrônomo Stewart Sharpless como o objeto Sh2-101. Localizada a aproximadamente 8.000 anos-luz de distância, a nebulosa é compreendida não somente como uma nuvem que evoca a imagem familiar de uma flor. A complexa e bela nebulosa é mostrada na imagem acima numa composição que mapeia a emissão de enxofre ionizado, hidrogênio e átomos de oxigênio, respectivamente nas cores, vermelho, verde e azul. A radiação ultravioleta da jovem e energética estrela do tipo O, conhecida como HDE 227018 ioniza os átomos e energiza a emissão da Nebulosa da Tulipa. A estrela HDE 227018, é a estrela brilhante bem perto do arco azul no centro da imagem.

Créditos: APOD

Cientistas acham três planetas com órbita parecida à do Sistema Solar

Três planetas fora do Sistema Solar – chamados exoplanetas ou planetas extrassolares – que orbitam uma estrela-mãe em situação semelhante à da Terra estão descritos na edição desta semana da revista científica “Nature”. Essa observação lança uma nova luz sobre as condições que determinam a arquitetura de um sistema planetário. No caso da Via Láctea, o equador do Sol e o plano orbital dos planetas estão praticamente alinhados, o que seria consequência da formação dos corpos em um único disco giratório gasoso. Isso permite, por exemplo, que possa haver luz e vida em uma extensa área do planeta, como ocorre com a Terra. Muitos sistemas de exoplanetas, porém, não apresentam esse mesmo arranjo. Corpos gigantes e quentes, semelhantes a Júpiter – o maior planeta do Sistema Solar –, estão muitas vezes desalinhados. Alguns têm até órbitas retrógradas, ou seja, giram na direção contrária à rotação de sua estrela principal. Os cientistas suspeitam que grandes inclinações nas órbitas são resultado das mesmas interações dinâmicas que produzem planetas parecidos com Júpiter. Desta vez, o astrofísico Roberto Sanchis-Ojeda e colegas analisaram o trânsito dos planetas Kepler-30b, Kepler-30c e Kepler-30d ao observarem manchas sobre a estrela Kepler-30, de massa e raio semelhantes aos do Sol, só que mais jovem e com rotação mais rápida que a da nossa maior estrela. Os pesquisadores mostram que a órbita dos três planetas desse sistema está alinhada com o equador estelar. Além disso, a órbita do trio está alinhada uns com os outros, em uma configuração parecida com a nossa. Nesse sistema, não há nenhum “Júpiter” quente e gasoso. Os dados foram obtidos pelo telescópio Kepler, da agência espacial americana (Nasa), captados durante dois anos e meio, em 27 trânsitos dos planetas pela estrela.

Créditos: G1 Observatório

Aurora rosa sobre Crater Lake

Por que a aurora mostrada na imagem acima brilha tão intensamente na cor rosa? Quando a região de Crater Lake, no estado norte-americano do Oregon, estava sendo fotografada no mês passado, o céu estava todo iluminado com auroras de cores incomuns. Embora, muito seja conhecido sobre os mecanismos físicos que criam as auroras, a previsão precisa da ocorrência e das cores das mesmas ainda é um tópico que necessita de muita pesquisa. Normalmente sabe-se que as auroras mais baixas aparecem em verde. Essas auroras ocorrem em a aproximadamente 100 quilômetros de altura e é gerada pelos átomos de oxigênio excitados pelo movimento rápido de plasma no espaço. Auroras um pouco mais altas, as que ocorrem a aproximadamente 200 quilômetros de altura, aparecem em cores mais avermelhadas e são também emitidas pelo oxigênio atmosférico. Algumas das auroras mais altas que podemos ver, e que ocorrem a 500 quilômetros de altura, aparecem em cores mais azuladas e são causadas pela luz do Sol que é dispersada pelos íons de nitrogênio. Quando observadas desde o solo da Terra, através das diferentes camadas de auroras distantes, suas cores podem ser combinadas produzindo tonalidades únicas e espetaculares e nesse caso uma rara tonalidade rosada pode ser vista. À medida que o máximo da atividade solar se aproximar do fim nos próximos dois anos, as explosões de partículas provenientes do Sol continuarão certamente criando eventos noturnos como esse cada vez mais memoráveis.

Créditos: APOD

Cratera jovem e velha

A imagem acima, mostra uma região localizada perto da cratera Bjorson no hemisfério norte de Mercúrio, e mostra feições com uma grande variedade de degradação e de idades. A cratera do lado direito da imagem é relativamente nova e possui terraços, ou colapsos de paredes ocorridos depois do impacto. A cratera na parte inferior da imagem contém crateras dentro dela, indicando que ela é mais velha.

Créditos: MESSENGER

Conheça o novo traje espacial da Nasa

Já faz um tempo que a agência espacial americana, a Nasa, teve que reconfigurar seu programa por causa de cortes no orçamento. Os ônibus espaciais (shuttles) foram aposentados, e agora é a Rússia quem está comandando as viagens para a Estação Espacial Internacional. Ainda assim, os avanços não podem parar. Mesmo sem ter um próximo destino definido – um asteróide, Marte e a Lua estão as opções de viagens tripuladas – os astronautas precisam de uma roupa nova. E a tarefa de descobrir o que eles terão que levar nas malas ficou com os engenheiros da agência. “É como se você estivesse tentando sair de férias sem saber se você está indo para a Antártica, Miami, ou Londres”, brinca Amy Ross, engenheira espacial no Centro Espacial Johnson. O que você faz, então? Leva um casaco bem quente, um biquíni e um guarda-chuva. É mais ou menos o que a Nasa está tentando fazer com o protótipo Z-1, um traje espacial sendo testado atualmente em uma câmara de vácuo, projetado para ter o máximo de versatilidade possível. Ele serve para explorar superfícies estranhas, flutuar fora de uma estação espacial, e até mesmo superar a radiação do espaço profundo. Segundo Amy, é como colocar o máximo de ferramentas possível em uma caixa de ferramentas: a idéia é ter flexibilidade para enfrentar qualquer tipo de cenário. Veja acima o novo traje espacial, e conheça suas características mais marcantes:
1 – Porta traseira: O traje tem uma espécie de “porta traseira”, que é por onde os astronautas vão “entrar” na roupa. Essa porta se encaixa na nave espacial, o que permite que eles se vistam de dentro da nave para sair para alguma atividade extraveicular. Também, quando usado em baixa ou nenhuma atmosfera, essa porta conserva mais ar do que outros fechos de bloqueio de ar convencionais.
2 – Mobilidade: Quando alguém pensa em traje espacial, aposto que logo imagina um troço branco e fofo meio desajeitado em que as pessoas andam como se não tivessem mobilidade alguma. Não é o caso de Z-1, que tem “rolamentos” na cintura, quadris, coxas e tornozelos, para permitir que um astronauta tenha a maior mobilidade possível, essencial para coletar amostras de solo e rocha em terrenos difíceis, por exemplo.
3 – Material: O traje que você vê é uma cobertura exterior provisória, que esconde um outro material: uma camada de náilon revestida de uretano que retém ar, e uma camada de poliéster que permite que o traje se mantenha na sua forma.

Ser astronauta parece divertido para quem não é um, mas a verdade é que esses trajes espaciais, por mais que pareçam engraçados, precisam ter diversas características para garantir a segurança dos que o estão usando. Flutuar a bordo da estação espacial pode ser mais complicado do que legal, já que nossos corpos estão acostumados com a gravidade da Terra. Se um traje conseguisse imitar a nossa gravidade, no entanto, os astronautas não sofreriam tanto para fazer mesmo as tarefas mais simples em missões longas como as que estão sendo planejadas pela Nasa.

Créditos: Hypescience

Encontrado um pulsar muito jovem

A imagem acima mostra a radiação gama (violeta) muito acima da superfície dos restos compactos da estrela, enquanto as ondas de rádio (verde) são emitidos ao longo dos pólos magnéticos sob a forma de um cone. A rotação varre as regiões de emissões em toda a linha de visão terrestre, fazendo a luz pulsar-se periodicamente no céu. Os pulsares são astros cósmicos que giram sobre seus eixos muitas vezes por segundo, emitindo ondas de rádio e radiação gama no espaço. Os pulsares de raios gama são difíceis de serem identificados porque as suas características, tais como a sua posição no céu, o período de rotação e sua mudança no tempo, são desconhecidas. E os astrônomos podem apenas determinar a sua posição aproximada no céu a partir das observações originais do Fermi, requerendo uma grande quantidade de tempo de computação. Esta é a única maneira de encontrar uma periodicidade oculta nos tempos de chegada dos fótons de raios gama. Mesmo computadores de alto desempenho rapidamente atingem o seu limite neste processo. Portanto, os pesquisadores usaram algoritmos originalmente desenvolvidos para a análise de dados de ondas gravitacionais para realizar uma caçada particularmente eficiente através dos dados do Fermi. O pulsar recém-descoberto, denominado J1838-0537, é muito jovem, com menos de 5.000 anos de idade. Ele gira sobre seu próprio eixo aproximadamente sete vezes por segundo e sua posição no céu está na direção da constelação Scutum. Durante o período de observação, o pulsar experimentou alteração em sua rotação. Uma análise mais detalhada resolveu este mistério do pulsar J1838-0537; ele sofreu uma falha súbita, girando 38 milionésimos de um Hertz mais rápido do que antes. Essa diferença pode parecer desprezível, mas é a maior falha já medida para um pulsar de raios gama. A causa exata das falhas observadas em muitos pulsares jovens é desconhecida. Os astrônomos consideram os "terremotos estelares" da crosta da estrela de nêutrons ou interações entre o interior superfluido estelar e a crosta possam ser as possíveis explicações. Detectando um grande número de falhas fortes no pulsar possibilita aprender mais sobre a estrutura interna desses corpos celestes compactos. Após a descoberta os pesquisadores apontaram o telescópio de rádio em Green Bank, West Virginia (EUA) na posição celestial do pulsar de raios gama. Na observação da fonte não encontraram quaisquer indícios de pulsações na região do rádio, indicando que o pulsar J1838-0537 é apenas um raro pulsar de raios gama. Um artigo desta descoberta será publicado no periódico The Astrophysical Journal Letters.

Fonte: Max Planck Institute

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Novo sensor não conseguiu detectar matéria escura, tornando sua existência questionável

O mistério da matéria escura acaba de ficar um pouco mais “obscuro”, após as partículas misteriosas não terem sido detectadas com novo sensor. As partículas teóricas, que acredita-se compor 83% de toda a matéria do Universo, nunca foram detectadas diretamente, o que faz com que alguns cientistas coloquem em dúvida se a matéria escura realmente exista. O enorme Xenon 100, uma experiência gigante que utiliza líquidos super-resfriados no subsolo de uma mina no Gran Sasso, Itália, não conseguiu demonstrar nenhuma detecção de WIMPS, um tipo de partícula teórica da matéria escura. As WIMPS possuem fraquíssima interação com partículas maciças – uma das formas que os cientistas acreditam que a matéria escura possa tomar. Novos detectores foram instalados no Gran Sasso com sensores 3,5 vezes mais poderosos do que os usados anteriormente. O resultado da busca do novo sensor foi exatamente o mesmo: absolutamente nada! Nem um pingo de resquício de matéria escura. “Nós essencialmente definimos limites mais rigorosos que qualquer outra experiência anterior”, disse Antonio Melgarejo, da equipe de cientistas responsáveis pelo estudo na mina italiana ao britânico DailyMail. Os cientistas dizem que, possivelmente, as WIMPS não existam e que um novo detector, chamado de LUX – Large Underground Xenon, que entrará em operação ainda este ano em Dakota do Sul, EUA, possa conseguir algumas respostas. O sensor é feito de um líquido incrivelmente puro, o xenônio, que reage a cada vez que um de seus núcleos é atingido por uma partícula. A experiência é construída para procurar WIMPS e é blindado e enterrado em uma profundidade de 1.280 metros. Essa profundidade é necessária para evitar que outras partículas provenientes do espaço possam interferir na pesquisa. Sempre que ocorre uma interação, o sistema dispara um flash e uma carga elétrica é medida em uma fina camada de gás que paira por cima do xenônio líquido. Ao medir a relação entre o pulso de luz com o tamanho da carga energética, a equipe pode dizer se o evento é raríssimo, assim como ocorreria com uma interação entre xenônio e um WIMP ou se é apenas um raio gama “chato” que conseguiu ultrapassar as camadas de terra.

Créditos: Jornal Ciência

Qual é o cheiro do espaço? NASA está trabalhando para reproduzi-lo

É uma questão que há muito tempo intriga os cientistas – qual seria o possível cheiro do espaço? Graças a um astronauta em órbita, agora podemos saber a resposta e talvez seja mais estranha do que você imagina. Os astronautas dizem que o cheiro único a bordo da Estação Espacial Internacional é uma reminiscência de dois odores: mistura de carne com metal. Alguns afirmam que o cheiro é de bife grelhado, outros dizem se aproximar de metal quente ou solda. Tony Antonelli, disse: “Definitivamente é um cheiro diferente de qualquer coisa”. Thomas Jones disse ao retornar da ISS: “Parece um odor diferente do ozônio, é como um cheiro sulfuroso”, em declaração ao DailyMail. A NASA está tentando reproduzir esse cheiro para fins de treinamento e contratou o químico Steve Pearce, especialistas em flavorizantes, para recriá-lo em laboratório e em grande escala. Parte de sua inspiração virá das descrições do astronauta Don Pettit. Segundo ele, o cheiro fica impregnado em toda a roupa espacial, luvas, capacete e ferramentas. Além disso, ele afirma que o cheiro fica mais forte quando os tecidos são revestidos de metal ou superfícies plásticas. Apesar das descrições, ele afirma ser complicado descrever com exatidão o cheiro do espaço. “É difícil descrever esse cheiro, mas definitivamente não é o equivalente olfativo para sensações comuns de alimentos”, disse Pettit. “A melhor descrição que posso dar é que parece metálico, uma sensação doce e bastante agradável de metal”, acrescentou. “Fez-me lembrar os verões da minha faculdade onde eu trabalhava durante muitas horas com uma tocha de solda para reparar equipamentos pesados de corte. O espaço me lembrou cheiro de solda”, finalizou o astronauta. Na foto acima, está a sonda Sputnik 1, a primeira feita parcialmente de alumínio e lançada em 1957.

Créditos: Jornal Ciência

Cientista imagina vida alienígena em lua de Saturno

Uma cientista britânica divulgou desenhos de como imagina seres alienígenas que poderiam ter se desenvolvido em um mundo com as características de Titã, lua de Saturno. As criaturas imaginadas por Maggie Alderin-Pocock lembram águas-vivas e poderiam, segundo ela, flutuar sobre nuvens de gás metano, recolhendo nutrientes químicos por fendas que servem de bocas. Bolsas com formas de cebolas se moveriam para cima e para baixo para ajudar na movimentação, e feixes de luz seriam usados para a comunicação. Assim como os seres humanos não sobreviveriam sob as condições da atmosfera de Titã, as águas-vivas alienígenas seriam corroídas na atmosfera de oxigênio terrestre. Os alienígenas foram imaginados por Alderin-Polock como parte da promoção de um novo programa apresentado por ela no canal de documentários Eden, transmitido por cabo e satélite na Grã-Bretanha. “Nossas imaginações são naturalmente limitadas pelo que vemos no nosso entorno, e o senso comum é de que a vida precisa de água e é baseada em carbono. Mas alguns pesquisadores estão desenvolvendo trabalhos muito instigantes, jogando com idéias como formas de vida baseada em silício”, observa Alderin-Pocock. Ela observa que o silício está logo abaixo do carbono na tabela periódica e que os dois elementos têm muitas semelhanças químicas. Além disso, o elemento seria amplamente disponível no universo. “Talvez podemos imaginar instruções semelhantes para a formação do DNA, mas com silício em vez de carbono. Ou então a vida alienígena poderia não seguir nada parecido com o DNA”, diz. Ela diz que as últimas descobertas sobre planetas orbitando em volta de outras estrelas na Via Láctea a levam a acreditar que até quatro civilizações extraterrestres desenvolvidas poderiam existir nesses locais. Mas ela adverte que a longa distância entre elas e a Terra significa que é remota a capacidade dos humanos de encontrá-los ou mesmo de comprovar sua existência. “A sonda Voyager 1, que leva gravações de saudações da Terra em diferentes línguas, vem viajando pelo Sistema Solar desde os anos 1970 e somente agora chegou ao espaço profundo”, observa. “Para chegar à estrela mais próxima do sistema solar, Proxima Centauri, poderia levar 76 mil anos”, diz.

Créditos: Aerospace

Anãs marrons são mais raras do que se pensava

A conclusão pode ter implicações nas teorias sobre a formação de estrelas. Segundo as estimativas anteriores, haveria tantas anãs marrons como estrelas de outros tipos, mas os investigadores dizem agora que a proporção é de apenas uma para seis estrelas normais. As anãs marrons são consideradas estrelas falhadas e têm baixa luminosidade, pelo que foram descobertas há menos de duas décadas. Estão geralmente associadas a sistemas binários e podem ter massas de até 75 vezes a de Júpiter. A partir desse limite, há massa suficiente para ocorrer a fusão de hidrogênio no núcleo e forma-se uma estrela brilhante. De acordo com a teoria, as anãs marrons estão num intervalo entre a formação de planetas gigantes e de estrelas. As novas observações podem ser insuficientes para detectar planetas algumas vezes maiores do que Júpiter e cuja proporção nesta parte da galáxia se desconhece. Nas imediações do Sol, num raio de 26 anos-luz, os cientistas da NASA calculam agora que haverá 33 anãs marrons para 211 estrelas. As conclusões do estudo foram publicadas no Astrophysical Journal. O WISE foi lançado em 2009 e é um telescópio de infra-vermelho concebido para fazer imagens globais do universo, tendo concluído a missão principal por duas vezes. Já sem o combustível para manter temperaturas muito baixas, a máquina foi entretanto reutilizada para observar objetos no sistema solar (está sendo importante no estudo do cinturão de asteróides) e da zona da galáxia próxima do Sol, com destaque para a observação das anãs marrons.

Créditos: DN Ciência

Fantasma na escuridão

A imagem acima mostra um fluxo de lava que preencheu uma cratera localizada na parte superior direita da imagem, deixando somente um traço do anel da cratera visível na superfície do planeta Mercúrio. Essas crateras preenchidas são referidas como crateras fantasmas. As linhas vistas formam uma rede de fraturas através da superfície e são chamadas de vales. Esses vales se formam quando o fluxo de lava esfria e a superfície então é fraturada e falhada.

Créditos: MESSENGER

Fluxos em Hellas Planitia

A Hellas Planitia é o interior da bacia de impacto Hellas em Marte e é uma das maiores crateras de impacto visíveis no Sistema Solar. A Hellas está localizada nas terras altas do sul do Planeta Vermelho e foi formada bem no começo da história geológica do planeta. O assoalho da Hellas inclui as elevações mais baixas de Marte e algumas das paisagens mais estranhas do planeta. As feições mais marcantes dessa imagem são as incríveis feições bandadas, provavelmente geradas pelo fluxo de material na superfície. Embora as feições de fluxo em Marte possam ter feições análogas na Terra, como as rochas de geleiras, é incerto dizer qual o tipo de processo, fluvial, glacial ou de perda de massa está envolvido nessa formação.

Créditos: HiRISE

terça-feira, 24 de julho de 2012

Físicos chineses calculam a data para o fim do universo

Como tudo vai acabar? A descoberta de que a expansão do universo está em aceleração indica que existe uma energia escura que está impulsionando as galáxias para se afastarem cada vez mais umas das outras. E, ao analisarmos as propriedades dessa energia, vários cenários surgem para como o fim será. Físicos chineses lançaram neste domingo uma análise própria das possibilidades e afirmam que existe até data para isso acontecer: daqui a 16,7 bilhões de anos em um evento já teorizado e chamado de "Big Rip" (que em português geralmente recebe o nome de "Grande Ruptura"). A pesquisa, das universidades de Ciência e Tecnologia da China, do Noroeste e de Pequim e do Instituto de Física Teórica da Academia Chinesa de Ciências, foi divulgada neste domingo para explicar como e quando o universo pode acabar. Os cientistas focaram principalmente no pior cenário possível, que é o Big Rip. Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos. Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo.

Fonte: Terra Ciência
Créditos: Laís Paiva

Cargueiro russo Progress M-15M não consegue reacoplar-se à ISS

A nave de carga russa Progress M-15M não conseguiu nesta terça-feira reengatar-se à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) durante o teste de um novo sistema de aproximação e acoplamento automático, informou o Centro de Controle de Vôos Espaciais (CCVE) da Rússia. "São desconhecidas as causas da falha", disse um porta-voz do CCVE citado pela agência Interfax. O porta-voz explicou que o novo sistema de aproximação e engate automático do cargueiro, que na véspera fora desenganchado da plataforma orbital, alertou do risco de uma avaria e abortou a manobra quando o Progress se encontrava a uma distância de 15 quilômetros da ISS. Segundo a fonte do CCVE, os especialistas trabalham atualmente para esclarecer as causas da falha, enquanto a segunda tentativa de acoplamento foi programada para as 22h de 28 de julho (horário de Brasília). Atualmente, a bordo da plataforma se encontra uma expedição integrada por seis tripulantes: os russos Yuri Malenchenko, Gennady Padalka e Sergei Revin, os americanos Sunita Williams e Joe Acaba e o japonês Akihiko Hoshide.

Créditos: Astronews

Será Gliese 581g verdadeiramente o primeiro exoplaneta potencialmente habitável?

Quase dois anos após a descoberta de Gliese 581g, o celebrado "primeiro exoplaneta potencialmente habitável", os seus descobridores continuam a lutar pela sua existência. A descoberta de Gliese 581g fez manchete em todo o mundo em Setembro de 2010, porque dizia-se que o planeta orbitava no meio da "zona habitável" da sua estrela-mãe - a distância ideal onde água líquida, e talvez a vida como a conhecemos, pode existir. Apenas umas semanas depois, no entanto, outra proeminente equipe de pesquisa começou a levantar dúvidas acerca da descoberta, afirmando que o planeta extrasolar não aparecia nas suas observações. Este grupo, liderado por Michel Mayor do Observatório de Genebra na Suíça, tinha descoberto os anteriores quatro planetas conhecidos no sistema Gliese 581. Mas num novo estudo que será publicado a 1 de Agosto, os descobridores de 581g examinam os dados mais recentes da equipe suíça e levantam dúvidas acerca das suas conclusões, dizendo que a evidência afinal suporta a existência do planeta. Os dados e análises "apontam para a existência de pelo menos outro planeta para além dos quatro confirmados, um quinto planeta, com um período entre 26 e 39 dias," afirma Steve Vogt, astrônomo da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, EUA. "Este quinto planeta terá uma massa de apenas 2-3 vezes a da Terra, e orbita quase no meio da zona habitável da estrela," afirma. O sistema Gliese 581 é um quasi-vizinho da Terra, localizado a apenas 20 anos-luz de distância. A 29 de Setembro de 2010, Vogt e a sua equipe anunciaram a descoberta de dois novos planetas no sistema, elevando o número de mundos conhecidos para seis. Um dos recém-descobertos planetas, 581f, está situado longe da estrela-mãe, completando uma órbita a cada 400 dias. Mas 581g recebeu muito mais atenção, porque dizia-se que era o primeiro mundo rochoso e tipo-Terra, descoberto na zona habitável. Vogt e sua equipe detectaram os dois planetas usando o método de velocidade radial - ou Doppler -, que procura pequenas oscilações no movimento de uma estrela provocadas pelas atrações gravitacionais de planetas em órbita. Estudaram dados de dois instrumentos diferentes: o espectrógrafo HARPS, acoplado a um telescópio no Chile, e o espectrógrafo HIRES, no Telescópio Keck no Hawaii. No entanto, numa conferência astronômica em Outubro de 2010, a equipe suíça anunciou que não conseguiram descobrir 581f ou 581g num conjunto de dados expandidos do HARPS. Ao longo dos meses seguintes, outros grupos de investigadores também colocaram em causa a existência dos dois planetas ao reanalisar as observações disponíveis do HARPS e do HIRES usando diferentes métodos estatísticos dos utilizados por Vogt e colegas. E em Setembro de 2011, a equipe suíça completou um estudo que se debruçou ainda sobre mais observações do HARPS - um total de 240 observações da velocidade radial. O seu manuscrito foi submetido à revista Astronomy & Astrophysics. As conclusões mais recentes do grupo suíço são praticamente as mesmas anteriormente anunciadas. "O nosso conjunto de dados tem por isso um poder diagnóstico para planetas com os parâmetros de Gl 581f e Gl 581g, e concluímos que é improvável o sistema Gliese 581 conter planetas com essas características," escrevem os cientistas no artigo. A equipa suíçe disponibilizou as 240 observações do HARPS, e Vogt e colegas decidiram fazer as suas próprias análises, que forma o núcleo do seu novo artigo. Chegaram a conclusões bem diferentes. A equipe de Vogt descobre que os dados suportam a existência de 581g enquanto os planetas do sistema estiverem quase todos com órbitas aproximadamente circulares. Esta suposição não é exagerada, afirma Vogt. "Acredito que a solução das órbitas circulares é a mais defensável e credível," afirma. "Por todas as razões que expliquei em detalhe [no artigo], ganha em relação à estabilidade dinâmica, bondade de ajuste e princípio de parcimônia. Gliese 581f não aparece nas novas observações levadas a cabo por Vogt e colegas, mas os cientistas afirmam que isso não implica necessariamente que o planeta não exista. "Isto não quer dizer que não poderá ser descoberto num conjunto de dados muito mais abrangente. O artigo atual lida apenas com os 240 novos pontos do HARPS," acrescenta Vogt. "Temos ainda os nossos dados anteriores, e novos dados que continuam a chegar lentamente." O estudo também põe em causa que a existência de 581g não é incompatível com as descobertas dos artigos estatísticos que o contradizem, no qual a equipe da descoberta diz ter usado um limite de deteção extremamente conservativo. Vogt também disse que a sua equipe não conseguiu reproduzir os dados de 2011 da equipe suíça, sem jogar fora um punhado de observações. "Os nossos cálculos destas quantidades não coincidem com os apresentados pelos suíços. Por isso, ou estamos a fazer algo errado, ou somos obrigado a concluir que omitiram pontos de dados," afirma Vogt. "Fomos facilmente capazes de obter os mesmos valores ao omitirmos 5 pontos. Não sei se esta omissão foi intencional ou um erro," acrescenta. "Posso apenas dizer que se foi um erro, já o fizeram mais que uma vez, não só neste artigo, como também nos outros." O estudo liderado por Vogt está também disponível para consulta no site arxiv.org, com publicação prevista para 1 de Agosto na revista alemã Astronomische Nachrichten. Mas Vogt acrescenta que foi primeiro submetido, e aceite, pela revista The Astrophysical Journal. A The Astrophysical Journal não publica o estudo, diz Vogt, até que o artigo da equipe suíça seja formalmente aceita pela Astronomy & Astrophysics. Quando após nove meses, isto ainda não tinha acontecido, Vogt e seus colegas decidiram retirar o artigo e publicá-lo na revista alemã. Vogt realçou que o manuscrito do grupo suíço ainda não foi aceito. Provavelmente são necessárias mais observações para determinar com certeza quantos planetas orbitam a estrela Gliese 581. Mas a comunidade exoplanetária não está propriamente fixada nesta questão. Os caçadores de planetas extrasolares descobrem cada vez mais mundos para lá do nosso Sistema Solar. O total já está perto dos 800, com milhares ainda a precisar de observações adicionais para uma confirmação mais positiva. E embora os investigadores ainda tenham que descobrir uma Terra verdadeiramente alienígena, estão cada vez mais perto. Em Dezembro passado, por exemplo, o telescópio espacial Kepler da NASA confirmou o seu primeiro planeta na zona habitável, uma "super-Terra" conhecida como Kepler-22b que se pensa ter 2,4 vezes o tamanho do nosso planeta. E Vogt faz parte de uma equipe que anunciou outra super-Terra potencialmente habitável, conhecida como Gliese 667c, em Fevereiro. "A moral da história é, independentemente de quem eventualmente fica com o título de descobridor do primeiro planeta tipo-Terra habitável, estamos a começar a descobri-los em números inesperados, e inesperadamente perto," afirma Vogt. "Isto significa que existem muitos, muitos outros por aí, pelo menos dezenas de milhares de milhões, só na nossa Galáxia."

Créditos: Astronomia On-line