domingo, 31 de outubro de 2010

WISE captura a rosa do Unicórnio


Unicórnios e rosa são normalmente coisas tratadas em contos de fada, mas uma nova imagem feita pelo Wide-field Infrared Explorer (WISE) da NASA mostra a nebulosa da Rosa que está localizada na constelação de Monoceros ou o Unicórnio. Essa nebulosa em forma de flor, também conhecida pelo nome menos romântico de NGC 2237, é uma enorme região de formação de estrelas formada de gás e poeira na Via Láctea. Estima-se que a distância da nebulosa até a Terra seja algo entre 4.500 e 5.000 anos-luz de distância. No centro da flor está um aglomerado de estrelas jovens chamado de NGC 2244. A estrelas mais massivas produzem uma grande quantidade de radiação ultravioleta e sopram fortes ventos que erodem o gás e a poeira próxima, criando então um grande buraco central. A radiação também retira elétrons do gás de hidrogênio ao redor e cria o que os astrônomos chamam de Região HII. Embora a Nebulosa da Rosa seja muito apagada para ser observada a olho nu, a NGC 2244 é venerada pelos astrônomos amadores pois é visível através de pequenos telescópios ou através de um belo par de binóculos. O astrônomo inglês John Flamsteed descobriu o aglomerado estelar NGC 2244 com um telescópio por volta de 1690, mas a nebulosa mesmo não foi identificada até que John Herschel (filho de William Herschel, descobridor da luz infravermelha) a observasse quase 150 anos depois. Essa imagem foi criada a partir da composição de quatro detectores infravermelhos do WISE. A representação de cor usada aqui é: azul e ciano representam a luz infravermelho nos comprimentos de onda de 3.4 e 4.6 mícrons, que é dominado pela luz das estrelas. Verde e vermelho representam a luz em comprimentos de 12 e 22 mícrons, onde a predominância é a luz proveniente da poeira quente.

sábado, 30 de outubro de 2010

Constelação de Órion dos pés à cabeça


Empacotada na poeira cósmica e no hidrogênio incandescente, os berçários estelares em Órion, o Caçador localizam-se na borda da nuvem molecular gigante localizada a apenas 1.500 anos-luz de distância da Terra. Se espalhando por 25 graus essa imagem de tirar o fôlego se estende pela conhecida Constelação de Órion dos pés à cabeça. A Grande Nebulosa de Órion, a região de formação de estrela maior e mais próxima da Terra está a direita do centro. A esquerda encontra-se a Nebulosa da Cabeça do Cavalo, a M78 e o cinturão de estrelas de Órion. É possível também observar a estrela gigante vermelha Betelgeuse no ombro do caçador, com um brilho azul está Rigel no pé do caçador e a Nebulosa Lambda Orionis (Meissa) está bem a esquerda próximo da cabeça de Órion. Claro que a Nebulosa de Órion e as estrelas brilhantes são fáceis de serem observadas a olho nu, mas as nuvens de poeira e as emissões desse gás interestelar são muito apagados e difíceis de serem registrados. Neste mosaico construído com imagens telescópicas de banda larga, dados adicionais adquiridos com filtros de hidrogênio alfa, foram também usados para mostrar o gás hidrogênio energizado e o gigantesco arco conhecido como Arco de Barnard.

Créditos: APOD

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A Lua já deu uma "meia-volta" no passado? A sua face oculta já esteve visível a partir da Terra?


Há pouco mais de 3,9 bilhões de anos, a Lua poderá ter realizado a sua derradeira "meia-volta" quando um asteróide fez que a Lua alternasse a face visível que nos é familiar. O lado oculto da Lua nunca se mostra visível para nós aqui na Terra, porque a Lua roda em torno de seu eixo em velocidade sincrônica: uma vez para cada órbita que completa em torno da Terra. Mas uma análise das crateras de impacto mostra que o lado oculto da Lua talvez já tenha apontado em nossa direção. A idéia do "giro lunar" não é totalmente nova. Em 1975 pesquisadores nos EUA propuseram que se um asteróide de tamanho significativo se chocasse contra nosso satélite o resultado da colisão poderia gerar uma oscilação para frente e para trás como um pêndulo, antes de se fixar novamente na rotação sincrônica, com uma face voltada fixamente para a Terra. Até agora, contudo, não haviam evidências para suportar essa teoria. Mark Wieczorek e Matthieu Le Feuvre do Instituto de Paris para a Física Terrestre da França estudaram a idade relativa e a distribuição de 46 crateras conhecidas, formadas por impactos do grande bombardeamento tardio no Sistema Solar. De acordo com simulações computacionais, o hemisfério a oeste da Lua visto da Terra, deveria ter cerca de 30% mais crateras que o hemisfério a leste. Isto é porque o hemisfério oeste tem sempre a sua face na direção da órbita da Lua, o que o torna mais favorável a impactos, pela mesma razão que um maior número de gotas de chuva atinge o vidro da frente de um carro em movimento do que o vidro de trás. No entanto, quando Wieczorek e Le Feuvre compararam as idades relativas das crateras, usando os dados da seqüência na qual o material ejetado foi depositado na superfície e também pelo número de crateras superpostas entre si. Assim, eles descobriram que o ocorrido era justamente o oposto da realidade. Embora as mais jovens das bacias de impacto estivesses concentradas no hemisfério oeste, como esperado, as crateras mais antigas estavam na sua maioria concentrada no hemisfério leste. Isto sugere que a face leste foi mais bombardeada que a face oeste. Mas, onde estão as evidências da "meia-volta-lunar"? Wieczorek afirma que há 6 grandes bacias de impacto que podem justificar sua tese. A mais relevante é a bacia Smythii que se situa no equador lunar “onde um choque poderia ter maior facilidade de ter causado um giro na Lua que um impacto nos pólos lunares”. Considerando essas possibilidades, os especialistas estimaram que o evento ocorreu há 3,9 bilhões de anos. Assim, a "meia-volta-lunar" poderia ser justificada por um grande impacto de um objeto que pôs a Lua em movimento. Tal impacto teria perturbado bastante a velocidade de rotação do nosso satélite, que durante milhares de anos poderia ter lentamente mudado a área vista da Terra. Eventualmente, ficaria na posição atual, com a estabilização do movimento sincrônico Terra X Lua. A Lua atualmente está bloqueada em uma ressonância orbital com rotação sincrônica. Como conseqüências do bloqueio da rotação lunar, mais impactos deveriam acontecer na face lunar que está à frente do movimento (0° N, 90° W) que na face oposta (antiápex) ao movimento lunar (0° N, 90° E). Vários dos maiores impactos de objetos na Lua poderiam ter desbloqueado temporariamente a rotação lunar, cessando a rotação sincrônica, permitindo que após o restabelecimento do estado estacionário a Lua ter sido deixada tanto na sua posição original como em outra, até 180º da posição inicial. Nós mostramos que existe uma probabilidade inferior a 2% de que as crateras mais antigas de impacto seriam aleatoriamente distribuídas pela superfície lunar. Além disso, as bacias de impacto estão preferencialmente localizadas na região antiápex do movimento lunar e esta configuração específica tem menos de 0,3% de probabilidade de ter ocorrido meramente ao acaso. Postulamos que o "lado visível" atual da Lua foi de fato o "lado oculto" quando as bacias de impacto mais antigas surgiram. A bacia de Smythii é um exemplo de cratera com o tamanho requerido e características que explicam a tese da reorientação de 180º. Assim, as amostras de rocha recolhidas pelo programa Apollo, a partir de crateras formadas por uma grande colisão, sugerem que a Lua mudou de face visível há pouco mais de 3,9 bilhões de anos, afirma Wieczorek. Estudos a partir das imagens coletadas pelas sondas asiáticas Chandrayaan-1 ou Kaguya, as quais estiveram em órbita da Lua nos últimos dois anos, associadas às novas imagens que a nova sonda LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) irá fornecer nos próximos 2 anos, poderão revelar mais crateras para reforçar a idéia da "meia-volta-lunar". "Parece plausível que a Lua estava originalmente orientada da direção oposta a que vemos hoje", comentou Katherine Joy, geologista lunar da University College London na Inglaterra. Assim, esta descoberta também "trás conseqüências importantes para o entendimento dos registros de crateras como um todo dentro do Sistema Solar interior… os cálculos das idades das crateras podem ter um novo grau de ambigüidade". "Esta é a primeira evidência real que uma reviravolta lunar pode ter ocorrido", comentou o geofísico planetário Jay Melosh da Universidade do Arizona em Tucson. Melosh foi o primeiro cientista que aventou a hipótese do "giro lunar" em 1975. Além disso, esta descoberta também trás as possibilidades que outros satélites no Sistema Solar sofreram eventos similares ao da Lua, completa Melosh. “As luas de Júpiter e Saturno podem estar em uma posição fixa agora, mas elas também podem ter passado por processos de reversão em algum momento no passado”.

Créditos: Eternos Aprendizes

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Asteróide é encontrado em zona morta gravitacional


Um grupo de astrônomos descobriu um objeto celeste em uma região da órbita de Netuno considerada uma "zona morta gravitacional" - os chamados pontos de Lagrange - na qual até hoje nenhum corpo astronômico havia sido observado. O objeto, denominado 2008 LC18, é um asteróide troiano, um tipo de asteróide que divide a órbita de um planeta, posicionando-se à frente ou atrás desse planeta em uma localização estável. O nome deriva da Guerra de Tróia, que teria ocorrido entre gregos e troianos por volta de 1.300 a.C. Como os asteróides troianos compartilham a órbita de seus planetas, eles são sensíveis à formação e migração destes. Por conta disso, a descoberta poderá ajudar a compreender melhor questões fundamentais sobre a formação e movimentos dos planetas. Júpiter é o planeta do Sistema Solar com o maior número de asteróides troianos conhecidos: mais de 4 mil. Há quatro troianos conhecidos em Marte e outros seis em Netuno, mas nenhum na região em que agora foi encontrado o sétimo. Até então, não se descobriu esses tipos de asteróides nos demais planetas do Sistema Solar, apesar de os cientistas estimarem tal existência. Scott Sheppard, da Instituição Carnegie, e Chad Trujillo, do Observatório Gemini, utilizaram uma nova técnica observacional, que aproveita a formação de grandes nuvens escuras de poeira no espaço para poder bloquear a luz de fundo no plano galáctico. Essa "janela observacional" foi empregada com o auxílio do telescópio japonês Subaru, com espelho de 8,2 metros de diâmetro, instalado no Havaí. A órbita do 2008 LC18 foi determinada com os telescópios Magalhães, de espelhos com 6,5 metros, instalados no Chile. "Estimamos que o novo troiano em Netuno tenha um diâmetro de cerca de 100 quilômetros e que há cerca de 150 outros asteróides do tipo na região em que observamos o 2008 LC18", disse Sheppard. Isso implicaria que há mais asteróides troianos em Netuno do que o número desses objetos no principal cinturão entre Marte e Júpiter. "Há menos troianos conhecidos em Netuno simplesmente por que eles são mais difíceis de serem descobertos, uma vez que estão tão longe da Terra", disse.


Créditos: Inovação Tecnológica

Astrônomos descobrem a maior estrela de nêutrons já detectada


Localizada a aproximadamente 3.000 anos-luz de distância da Terra na direção da constelação de Escorpião, uma nova estrela de nêutrons foi identificada e é a maior já descoberta até o momento. A diferença entre a estrela de nêutrons denominada J1903+0327 e a nova estrela denominada de J1614-2230 é de somente meia massa solar. Mas considerando que uma pitada de material da estrela de nêutrons pesa algo em torno de 500 milhões de toneladas, a nova estrela tem um peso realmente extraordinário. Por um lado os cientistas não sabiam ao certo que estrelas de nêutrons tão grandes como a J1614-2230 pudessem existir. Sua descoberta feita por Paul Demorest e colegas com o National Radio Astronomy Observatory dá aos físicos um novo suporte para o entendimento do que acontece quando prótons e elétrons desistem da luta contra a gravidade e se colapsam em nêutrons. Esmagadores de partículas existentes na Terra como o LHC não pode competir nem de perto com a Mãe Natureza quando ela decide colidir e esmagar partículas. “As estrelas de nêutrons são uns dos melhores objetos astronômicos existentes para pesquisar e comprovar leis da física. Elas constituem a forma mais densa de matéria que existe em configurações estáveis”, disse Demorest. Somente os buracos negros são tão densos. Mas como a luz não pode escapar de sua força gravitacional, os buracos negros seguem trabalhando internamente sem revelar seus segredos para o resto do Universo. Diferente dos buracos negros com as estrelas de nêutrons não é isso que acontece, especialmente aquelas que tem como companheira uma estrela anã branca em uma órbita mútua como é o caso da J1614-2230, assim elas podem revelar todo o seu esplendor. As estrelas de nêutrons – o denso remanescente do que um dia foi uma estrela 20 vezes maior que o Sol – possui uma rotação rápida e estável. Ela faz 317 revoluções por segundo, o que gera ondas de rádio em intervalos regulares e que são detectáveis. O que é interessante na verdade é o que acontece com esses sinais à medida que atravessam o objeto companheiro. O tempo dos pulsos é alterado levemente devido a gravidade da anã branca, um fenômeno previsto pela Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein e testado pelo astrofísico de Harvard Irwin Shapiro nos anos de 1960. Os cientistas podem usar a medida de tempo para descobrir o tamanho dos objetos – se eles puderem captar sinais claros diretamente do pulsar e de quando os sinais são distorcidos pela gravidade do objeto companheiro. Por um fortuito alinhamento geométrico, a Terra está observando a J1614-2230 e a sua companheira de lado, fornecendo para os cientistas uma das mais precisas medidas do que é chamado de Atraso de Shapiro. Enquanto muitas outras estrelas de nêutrons são parte de um sistema binário, o fato de observar um desses conjuntos de lado é muito raro. “Essa é uma das medidas mais limpas que já fizemos. É uma medida bem direta da teoria da relatividade”, disse o pesquisador. “Nesse sistema, em um certo momento durante a órbita o pulso passa perto da anã branca e então nos atinge aqui na Terra. À medida que os sinais passam através da anã branca eles passam por um campo gravitacional relativamente forte. O pulso sofre então um atraso e quando a anã branca está atrás do pulsar, nós observamos um atraso menor”. A maioria dos modelos de computador não podem considerar estrelas de nêutrons maiores que 1.5 vezes a massa do Sol sem lançar mão de partículas exóticas. “Se você quer alcançar duas massas solares, é muito difícil fazer uma estrela de nêutrons que não seja só de nêutrons. Ela testa a habilidade das partículas se manterem unidas”, disse Feryal Ozel, um professor assistente de astronomia e física da University of Arizona. “Mesmo uma diferença entre 1.8 e 2 massas solares para as estrelas de nêutrons é algo bem grande. Nós procuramos por essas diferenças o tempo todo. O fato que essa estrela de nêutrons é um objeto com duas vezes a massa solar é algo significante”, disse Ozel.

Créditos: Ciência e Tecnologia

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Hubble permite rastrear movimentos de 100.000 estrelas


O Telescópio Espacial Hubble permitiu que, pela primeira vez, cientistas acompanhassem os movimentos individuais de mais de 100.000 estrelas no interior do aglomerado Omega Centauri, que contém mais de 10 milhões de estrelas em órbita de um centro de gravidade comum. Uma medição precisa do movimento das estrelas em aglomerados gigantes pode oferecer novas informações sobre como esses agrupamentos se formaram nos primórdios do Universo, e se um buraco negro de massa intermediária - com cerca de 10.000 vezes a massa do Sol - pode estar escondido entre as estrelas. Analisando imagens de arquivo feitas ao longo de um período de quatro anos, astrônomos fizeram as melhores medições já obtidas de mais de 100.000 habitantes do aglomerado. Trata-se do melhor levantamento já feito dos movimentos de estrelas em qualquer aglomerado. "É preciso programas de computador velozes e sofisticados para medir as minúsculas mudanças na posição das estrelas que ocorrem ao longo de apenas quatro anos", disse o astrônomo Jay Anderson, um dos autores do estudo. Os pesquisadores usaram imagens feitas pelo Hubble entre 2002 e 2006 para criar uma simulação do movimento das estrelas. O filme permite projetar os movimentos previstos para os próximos 10.000 anos. Omega Centauri é um dos cerca de 150 aglomerados do tipo que existem na Via-Láctea. Trata-se do maior e mais brilhante da galáxia, e de um dos poucos que pode ser visto a olho nu.


Créditos: Astronomia e Universo

O ponto mais alto da Lua


Durante o curso da órbita da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, a equipe do LOLA vem observando como o ponto mais alto da Lua se torna cada vez mais alto. Não, a Lua não está se expandindo, mas como o perfil coberto pelo LOLA aumenta a cada mês então a chance aumenta de que a sonda passe sempre pelo mesmo ponto ou bem próximo a ele vai refinando cada vez mais as medidas. Uma vez que a equipe do LOLA seleciona uma pequena área, a equipe da LROC obtém imagens estereográficas para se ter medidas de mais alta resolução da elevação e das coordenadas desse ponto mais alto. Uma vez que essas imagens estão prontas, a equipe da LROC processa as imagens gerando um modelo digital de terreno ou um mapa topográfico. O ponto mais alto da Terra é o cume do Monte Everest que está a 8.848 metros acima do nível do mar. O ponto mais alto na Lua é 1.938 metros mais alto do que o da Terra e tem 10.786 metros. Contudo existem algumas grandes diferenças entre os dois pontos. O Monte Everest é uma feição relativamente nova na Terra. Ele foi formado à medida que as placas tectônicas colidiram e empurraram uma quantidade de terra para cima, terra essa que antes era o assoalho oceânico o que ocorreu a 60 milhões de anos atrás. O ponto mais alto da Lua é muito antigo e foi possivelmente formado a partir de ejeção provenientes da enorme bacia Atiken no pólo sul durante o seu evento cataclísmico ocorrido a mais de 4 bilhões de anos atrás. Uma outra diferença fundamental entre os dois pontos mais altos é a inclinação. Os flancos do Monte Everest são bem inclinados, enquanto que na Lua a aproximação ao cume se dá a partir de inclinações de 3 graus. Essa diferença se dá devido aos dois mecanismos de formação serem bem diferentes. À medida que a missão LRO progride o conhecimento da posição da sonda melhora a precisão na determinação da elevação e das coordenadas do ponto mais alto da Lua.

Créditos: Cienctec

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Em que altura um meteoro se queima?


Chuvas de meteoros na vida real não são como nos filmes – não existem rochas incandescentes caindo do céu causando buracos em prédios ou atirando carros a centenas de metros de distância. A maioria das chuvas de meteoros são causadas por detritos deixados para trás por cometas, partículas congeladas misturadas com poeira e material orgânico que não tem a menor chance de sobreviver após o seu mergulho suicida na atmosfera terrestre. Os meteoros que sobrevivem a essa entrada na atmosfera tornan-se meteoritos quando então conseguem atingir o solo, eles são muito, muito raros e tem sua origem de asteróides (e muito raramente podem vir de Marte ou da Lua). A quantidade desse tipo que é registrada em um ano pode ser contada em uma mão. Isso então nos leva a uma pergunta, principalmente no mês de agosto, a estação da chuva de meteoros dos Perseidas, quão baixo um meteoro Perseida pode chegar? As câmeras da NASA que vasculham o céu podem fornecer a resposta, pelo menos para os maiores meteoros (com polegadas ou mais de comprimento), as partículas menores certamente queimam na alta atmosfera. Uma rede de câmeras permite determinar a trajetória de um meteoro por triangulação e podem informar sobre a altura do meteoro (a localização onde ele foi visto pela primeira vez) e a altura final (a localização onde ele desapareceu ou se queimou por completo). Os maiores Perseidas queimam a 90 km de altitude. Alguns queimam antes a 104 km de altura, enquanto outros podem chegar a altitudes menores 76 km de altitude. Pode-se observar com a população estudada que nenhum meteoro queimou abaixo dos 75 km de altura, com isso é possível ter uma segurança para acompanhar a chuva de meteoros sem medo algum de uma catástrofe.

Pico central e mar de basalto na Lua


O pico central da cratera Tsiolkovskiy é envolto por um mar de basalto. Essa imagem feita pela LROC mostra onde as rochas rolaram desde o pico central da cratera até o mar de basalto (notem os rastros deixados pelas rochas). Os picos centrais das maiores crateras da Lua como a Tsiolkovskiy têm um interesse científico particular pois eles expõe rochas que foram afloradas desde grandes profundidades durante o processo de impacto. Essa imagem tem 890 metro de largura e foi obtida com um ângulo de incidência de 88 graus.

Créditos: Ciência e Tecnologia


Aproveitando esta postagem, para parabenizar a minha mãe pelo seu aniversário. Te amo mãe!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Explosão de raios-X brilhante anteriormente desconhecida é registrada na Via Láctea


Astrônomos no Japão usando um detector de raios-X a bordo da Estação Espacial Internacional e na Penn State University, usando o observatório espacial Swift da NASA, estão anunciando a descoberta de um objeto que emitiu raios-X recentemente, e que anteriormente estava escondido na nossa Via Láctea na constelação de Centauro. O objeto – um sistema binário – foi revelado recentemente quando um instrumento na Estação Espacial Internacional denominado MAXI (Monitor of All-Sky X-ray Image) a bordo do Exposed Facility do Japanese Experiment Module Kibo o pegou em flagrante no ato da erupção com uma massiva explosão de raios-X conhecida como nova de raios-X. A equipe da missão MAXI rapidamente alertou os astrônomos em todo o mundo para a descoberta de uma nova fonte de raios-X as 2:00 a.m EDT na Quarta-Feira, 20 de Outubro de 2010, e assim o Observatório Swift da NASA rapidamente conduziu uma observação urgente com base no alvo de oportunidade nove horas depois, o que permitiu localizar a nova de raios-X e fazer medições precisas. “A Colaboração entre as equipes do MAXI e do Swift nos permite identificar rapidamente e precisamente esse novo objeto”, disse Jamie Kennea, cientista de instrumento do Telescópio de Raios-X Swift na Penn State University que é a instituição líder em analisar os dados do Swift. “As capacidades do MAXI e do Swift são complementares e neste caso têm proporcionado uma descoberta que não seria possível sem a combinação de conhecimento obtido por ambos”. A detecção do Swift confirmou a presença da fonte de raios-X brilhante anteriormente desconhecida, que foi denominada de MAXI J1409-619. “As observações do Swift sugerem que essa fonte é provavelmente uma estrela de nêutrons ou um buraco negro com uma estrela companheira massiva localizada a uma distância de algumas dezenas de milhares de anos-luz de distância da Terra na Via Láctea”, disse David Burrows, professor de astronomia e astrofísica na Penn State e cientista líder do Telescópio de Raios-X Swift. “A contribuição do Swift para essa descoberta é que ele pode rapidamente variar sua posição para focar em ponto específico no céu e pode fazer imagem do céu com uma alta sensibilidade e uma alta resolução espacial”. “O MAXI demonstrou sua capacidade ao descobrir uma nova fonte de raios-X a uma grande distância”, disse Kazutaka Yamaoka, professor assistente na Aoyama Gakuin University e membro da equipe do MAXI. “A equipe do MAXI está planejando observações adicionais com satélites da NASA para revelar a identidade dessa fonte”.


Créditos: Cienctec

domingo, 24 de outubro de 2010

Telescópio Hubble revela "Bolhas Cósmicas" em Órion


Um estranho grupo de 30 novas imagens feitas pelo Telescópio Espacial Hubble revela sistemas planetários em formação. As bolhas e manchas, da forma como os astrônomos as descrevem, estão na famosa Nebulosa de Órion. Cada objeto é conhecido como disco protoplanetário, e pode estar formando planetas enquanto você lê isso. Entre as imagens está uma que os astrônomos chamam de uma “água-viva espacial.” Sua estranha forma é criada por ondas de choque que se formam quando um vento de partículas de uma estrela próxima colide com o material do disco. A Nebulosa de Órion é conhecida como um berço de formação estelar. O nosso próprio Sol pode ter se desenvolvido em uma similar nuvem densa de gás e poeira, antes de ser chutada para fora para continuar sua solitária existência. Na nebulosa, estrelas recém-nascidas emergem de uma mistura de gás e poeira da nebulosa, e discos protoplanetários se formam em torno delas. O centro do disco, que está girando, aquece e vira uma nova estrela, mas os restos do disco atraem outros pedaços de poeira e detritos, explicaram os astrônomos. Cada sistema planetário em desenvolvimento tem sua própria aparência. Alguns dos discos aparecem de frente, outros de lado. Alguns tem jatos emergentes de material. Visível à olho nu sob um céu muito escuro, a Nebulosa de Órion é conhecida desde tempos antigos, e foi descrita pela primeira vez no começo do século 17 pelo astrônomo Francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc. À 1.500 anos-luz de distância, ela é a região de formação estelar mais próxima da Terra. A nova coleção de fotografias irá ajudar os astrônomos a entender melhor o processo de formação planetária, disseram os pesquisadores.

Créditos: Astronomia

A cratera Eratóstenes e a escala de tempo lunar


A Cratera Eratóstenes está localizada no lado visível da Lua, a nordeste da Cratera Copérnico na latitude 14.5 e longitude 348.7. A cratera Eratóstenes tem esse nome em homenagem ao filósofo da Grécia antiga que mediu a circunferência da Terra no ano 240 A.C. Nos anos de 1960 a cratera foi usada como padrão para então dar nome ao período Eratosteniano na escala de tempo lunar, nome esse dado pelos pesquisadores Gene Shoemaker e Robert Hackman. Esse período representa as crateras de meia idade presentes na Lua. Mesmo sendo chamadas de crateras de meia idade sua idade varia de 3.2 a 1.1 bilhão de anos. Como a Cratera Copérnico a Eratóstenes tem um anel bem definido, paredes e um pico central. Contudo não existem raios provenientes dela, ela é sim interceptada pelos raios que se originam na Cratera Copérnico. Shoemaker e Hackman invocaram a lei geológica da superposição que diz que as camadas mais jovens de rocha se depositam sobre camadas mais antigas e com isso estabeleceram que a Cratera Eratóstenes é mais velha do que a Copérnico e então o período Eratosteniano é a segunda idade geológica mais nova da Lua.

Créditos: Cienctec

sábado, 23 de outubro de 2010

A atividade solar influencia materiais radioativos na Terra


Segundo pesquisadores, o Sol, 150 milhões de quilômetros distante, parece estar influenciando a decomposição dos elementos radioativos no interior da Terra. Dado o que sabemos sobre a radioatividade e os neutrinos solares, isso não devia acontecer. Dois cientistas das universidades de Stanford e Purdue acreditam que há uma chance de que uma partícula solar, até então desconhecida, esteja por trás de tudo isso. A grande novidade é que o núcleo do Sol – onde as reações nucleares produzem neutrinos – gira mais lentamente do que a superfície. Este fenômeno pode explicar a evolução das taxas de decaimento radioativo observada em dois laboratórios distintos. Mas isso não explica porque a mudança acontece. Isso viola as leis da física como as conhecemos. Ao examinar os dados de isótopos radioativos, os investigadores descobriram um desacordo nas taxas de decaimento medidas, o que vai contra a crença de que estas taxas são constantes. Enquanto procurava uma explicação, os cientistas se depararam com outra pesquisa, que observou variação sazonal nessas taxas de decadência. Aparentemente, a radioatividade é mais forte no inverno que no verão. Uma labareda solar sugeriu que o Sol estava envolvido de alguma forma. Um engenheiro nuclear percebeu que a taxa de decaimento de um isótopo médico caiu durante a tempestade solar. A descoberta poderá ser útil para proteger os astronautas e os satélites – se existe uma correlação entre as taxas de decomposição e a atividade solar, as mudanças nas taxas de decaimento podem fornecer um aviso antecipado de uma iminente tempestade solar. Mas enquanto isso é uma boa notícia para os astronautas, é má notícia para a física. Os pesquisadores procuraram provas de que as mudanças no decaimento radioativo variam de acordo com a rotação do sol, e a resposta foi sim, sugerindo que os neutrinos são responsáveis. Mas como o neutrino, que não interage com matéria normal, está afetando o índice de decaimento ninguém sabe. O que os pesquisadores sugerem é que algo que realmente não interage com nada está mudando algo que não pode ser mudado. Apesar disso, eles dizem que não devemos ter preocupações com os neutrinos solares influenciando o aquecimento do núcleo da Terra. Mas talvez devamos nos preocupar que a nossa compreensão do sol e da física nuclear é mais fraca do que pensávamos.

Créditos: O Mensageiro das Estrelas

Encontrada reserva cósmica de metais raros


Um observatório espacial de Raios X descobriu a maior concentração conhecida de elementos raros pesados no Universo. Os elementos leves da tabela periódica, hidrogênio e hélio, são os elementos mais abundantes no cosmos – eles são o combustível das estrelas. Porém, mais familiar para nós terrestres são os elementos pesados que compõe o resto da tabela, embora esses elementos pesados são raros no Universo como um todo. Recentemente, astrônomos usaram o observatório espacial de Raios X Suzaku, operado pela NASA e pela Agência Espacial Japonêsa (JAXA), para descobrir a maior concentração de metais raros no Universo já vista. O Suzaku detectou os elementos crômio e manganês enquanto observava a região central do aglomerado de galáxias Perseu, que está localizado à 225 milhões de anos-luz da Terra. Os átomos metálicos são parte do gás quente, ou médio intergaláctico, que fica entre 190 galáxias dentro do aglomerado. “Esta é a primeira detecção de crômio e manganês em um aglomerado,” disse Takayuki Tamura, um astrofísico da agência espacial Japonesa. “Anteriormente, esses metais foram detectados apenas em estrelas na Via Láctea ou de outras galáxias. Esta é a primeira detecção em espaço intergaláctico.” A porção do Aglomerado no campo de visão do Suzaku tem cerca de 1,4 milhões de anos-luz de comprimento, ou cerca de um quinto do comprimento total do Aglomerado. Ela contém uma imensa quantidade de metal: A quantidade de crômio é 30 milhões de vezes a massa do Sol, ou 10 trilhões de vezes a massa da Terra. A quantidade de manganês é de cerca de 8 milhões de vezes a massa do Sol. Supernovas, a explosão de estrelas, criam estes elementos pesados. As supernovas também criam vastos fluxos chamados de superventos. Estes ventos transportam os elementos pesados para o meio intergaláctico. Os dados da pesquisa do Suzaku mostram que levou cerca de três bilhões de supernovas para produzir as quantidades medidas de crômio e manganês. E ao longo de períodos de bilhões de anos, os superventos carregaram os metais para fora das galáxias e os depositaram no espaço intergaláctico. Cientistas esperam usar esta nova descoberta para aprender mais sobre a formação estelar e conseguir um melhor entendimento de como, quando e onde os elementos pesados são formados. “Medindo a abundância de metais, nós podemos entender a história química de estrelas em galáxias, tal como o número e tipo das estrelas que se formaram e explodiram no passado,” disse Tamura.

Créditos: Astronomia

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Nasa estipula em bilhões o volume de água dentro de cratera lunar


Em 2009, a Nasa (agência espacial norte-americana) abriu uma cratera lunar em busca de água, mas não sabia exatamente o que encontraria. Agora, novas pesquisas apontam que cerca de 150 litros de gelo e vapor foram liberados durante a experiência. A descoberta vai contra todo o argumento anterior de que a Lua é seca e um lugar desolado que não contem água. E pode haver mais. Segundo o chefe da missão da Nasa, Anthony Colaprete, calcula-se que haja 4 bilhões de litros de água na cratera, o que seria suficiente para encher 1.500 piscinas olímpicas. A estimativa representa apenas o que os cientistas puderam observar depois do impacto do Lcross (Satélite de Sensoriamento e Observação de Cratera Lunar) ao polo sul da Lua, em 9 de outubro do ano passado, para abrir a cratera. A notícia chega no mesmo ano em que os EUA decidem não mais enviar uma missão tripulada à Lua em 2020 devido à falta de verbas, além de passar as viagens de ônibus espaciais para a iniciativa privada. A missão envolveu o arremesso, a uma velocidade de 9.000 km/hora, de um foguete vazio contra a cratera Cabeus. Da colisão, surgiu uma enorme nuvem de material do fundo da cratera, que permaneceu intocado pela luz do sol durante bilhões de anos. Uma segunda nave mergulhou na nuvem de destroços levantada pela colisão e usou instrumentos para analisar sua composição, antes de também atingir a Lua. O solo lunar é mais rico do que se pensava até agora, com vestígios de prata em meio a uma mistura complexa de elementos e componentes encontrados dentro da cratera. Além de água, a nuvem continha monóxido de carbono, dióxido de carbono, amônia, sódio, mercúrio e prata. "Este lugar parece um baú de tesouros de elementos, de compostos que foram liberados por toda a Lua, e pararam neste local, em permanente escuridão", afirmou o geólogo da Brown University, Peter Schultz, chefe das pesquisas que serão publicadas na revista "Science". As primeiras descobertas do experimento da Nasa foram divulgadas em novembro de 2009, mesma época em que foi anunciada a descoberta de uma "quantidade significativa" de água congelada na Lua. À primeira vista, pode não parecer muito (150 litros é o que uma máquina de lavar comum comporta), mas representa o dobro do volume que os pesquisadores esperavam encontrar.

Créditos: Astronomia e Universo

Estudando a fundo a morte de uma estrela


Usando o Observatório de Raios-X Chandra da NASA, os cientistas criaram uma impressionante imagem de uma das mais novas remanescentes de supernovas conhecidas na galáxia. Essa visão dos detritos de estrela que explodiu ajuda os astrônomos a resolverem um mistério de longa data, com implicações para o entendimento de como a vida das estrelas pode terminar de forma catastrófica e calibrando a expansão do universo. Há mais de 400 anos atrás, os observadores do céu – incluindo o famoso astrônomo Johannes Kepler – notaram um novo objeto brilhante no céu noturno. Como o telescópio ainda não tinha sido inventado, somente o olho nu pôde ser usado para observar como uma nova estrela que era inicialmente mais brilhante que Júpiter se apagou dentro de semanas. As últimas imagens do Chandra marcam uma nova fase no entendimento do objeto agora conhecido como remanescente de supernova de Kepler. Combinando nove dias de observações com o Chandra, os astrônomos geraram uma imagem de raios-X com detalhes sem precedentes de uma das supernovas mais brilhantes registradas na Via Láctea. A explosão da estrela que criou a remanescente de Kepler ejetou seu material estelar no espaço, esquentando os gases a trilhões de graus e gerando partículas altamente energizadas. Uma quantidade abundante de luz em raios-X como aquelas que são emitidas por muitas remanescentes de supernovas foi produzida. Os astrônomos estudaram a Kepler intensamente por mais de três décadas com ondas de rádio, luz óptica e raios-X, mas a sua origem ainda é um quebra-cabeça sem solução. Por um lado a presença de grandes quantidades de ferro e a ausência de uma estrela de nêutrons detectável aponta para que ela seja uma supernova do Tipo Ia. Esses eventos acontecem quando uma estrela anã branca arranca material de uma estrela companheira até que a anã branca se torne instável e seja destruída por uma explosão termonuclear. Por outro lado, quando observada na luz visível, a remanescente de supernova parece estar se expandindo dentro de um material mais denso que é rico em nitrogênio. Isso sugere que a Kepler pertença a um tipo diferente de supernova, supernova do Tipo II, que é criada pelo colapso de uma única estrela massiva que derrama material antes de explodir. As supernovas do Tipo Ia não têm normalmente material ao seu redor. Uma equipe de astrônomos, liderada por Stephen Reynolds da North Carolina State University em Raleigh, N.C, foi capaz de usar os dados do Chandra para tentar resolver esse mistério. Comparando a quantidade relativa de oxigênio e ferro na supernova, os cientistas foram capazes de determinar que a Kepler resultou de uma supernova do Tipo Ia. Resolvendo o mistério da identidade da Kepler, Reynolds e sua equipe também deram uma explicação para o denso material encontrado na remanescente. A Kepler poderia ser o exemplo mais próximo de raro tipo de explosão do Tipo Ia, que ocorre em progenitoras mais massivas somente 100 milhões de anos depois da estrela ter se formado. Se esse é o caso, a Kepler poderia ensinar aos astrônomos mais sobre todas as supernovas do Tipo Ia e as maneiras pelas quais as explosões de estrelas massivas diferem das suas primas mais comuns associadas com estrelas de pouca massa. Essa informação é essencial para melhorar a confiabilidade de usar as estrelas Tipo Ia como padrões para estudos cosmológicos, principalmente aqueles relacionados com a energia escura bem como para entender o seu papel como fonte da maior parte do ferro presente no universo. Na imagem da Kepler feita pelo Chandra, a cor vermelha representa a baixa energia de raios-X e mostra o material ao redor da estrela – dominado por oxigênio – que foi aquecido por uma onda de choque gerada na explosão da estrela. A cor amarela mostra a energia de raios-X um pouco superior, a maior parte de ferro formado na supernova, enquanto que a cor verde (energias de raios-X média) mostra outros elementos da estrela que explodiu. A cor azul representa os raios-X de mais alta energia e mostra também a frente de choque gerada pela explosão.

Créditos: Space Fellowship

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Observada a galáxia mais distante do Universo


Uma equipe de astrônomos europeus utilizou o Very Large Telescope (VLT) do ESO para medir a distância da galáxia mais distante conhecida até hoje. Ao analisar cuidadosamente a fraca luminosidade da galáxia, a equipe descobriu que está na realidade observando esta galáxia quando o Universo tinha apenas 600 milhões de anos (o que corresponde a um desvio para o vermelho de 8.6). Estas são as primeiras observações confirmadas de uma galáxia cuja radiação está a dissipar o denso nevoeiro de hidrogênio que preenchia o Universo primordial. “Utilizando o Very Large Telescope do ESO confirmamos que uma galáxia descoberta anteriormente com o Hubble é o objeto mais distante identificado até agora no Universo”, diz Matt Lehnert (Observatoire de Paris), autor principal do artigo que apresenta os resultados. “O poder do VLT e do espectrógrafo SINFONI permitiu-nos medir efetivamente a distância a esta galáxia muito tênue e descobrimos que, na realidade, estamos observando-a quando o Universo tinha menos de 600 milhões de anos.” Estudar estas galáxias primordiais é extremamente difícil. Quando a sua luz inicialmente brilhante chega à Terra, já parecem muito tênues e pequenas. Além disso, esta radiação fraca chega-nos na região infravermelha do espectro electromagnético porque o seu comprimento de onda foi esticado devido à expansão do Universo – um efeito conhecido como desvio para o vermelho. Para tornar as coisas ainda piores, nos primeiros tempos do Universo, a menos de um milhar de milhão de anos depois do Big Bang, o Universo não era completamente transparente, encontrando-se preenchido por nevoeiro de hidrogênio que absorvia a intensa radiação ultravioleta emitida pelas galáxias jovens. Este período em que o nevoeiro ainda estava a ser dissipado pela radiação ultravioleta é conhecido como a Era da Reionização. Apesar destes desafios, a nova Câmera 3 de Grande Campo do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA descobriu em 2009 vários objetos candidatos a galáxias brilhando na era da reionização. Confirmar as distâncias de tais objetos tão distantes e tênues constitui um enorme desafio e apenas pode ser conseguido com o uso de espectroscopia feita por telescópios terrestres muito grandes, ao medir o desvio para o vermelho da radiação da galáxia. Matt Lehnert continua: “Depois do anúncio do Hubble sobre as galáxias candidatas, fizemos um pequeno cálculo e ficamos entusiasmados ao descobrir que o imenso poder coletor do VLT, quando combinado com a sensibilidade do espectrógrafo infravermelho SINFONI, e um tempo de exposição muito longo poderia permitir-nos detectar o brilho tênue de uma destas galáxias distantes e assim medir a sua distância.” A equipe fez um pedido especial ao Diretor Geral do ESO, obteve tempo de observação no VLT e observou a galáxia candidata UDFy-38135539 durante 16 horas. Depois de dois meses de análise detalhada dos dados e teste dos resultados, a equipe descobriu que tinha efetivamente detectado o brilho muito fraco vindo do hidrogênio a um desvio para o vermelho de 8.6, o que torna esta galáxia o objeto mais distante alguma vez confirmado por espectroscopia. Um desvio para o vermelho de 8.6 corresponde a uma galáxia vista a apenas 600 milhões de anos depois do Big Bang. A co-autora Nicole Nesvadba (Institut d´Astrophysique Spatiale) comenta: “Medir o desvio para o vermelho da galáxia mais distante é bastante importante por si só, mas as implicações astrofísicas desta detecção são ainda mais importantes. Esta é a primeira vez que sabemos com toda a certeza que estamos observando uma das galáxias que dissipou o nevoeiro que enchia o Universo primordial.” Um dos fatos surpreendentes relativo a esta descoberta é que o brilho da UDFy-38135539 parece não ser suficientemente forte por si só para dissipar o nevoeiro de hidrogênio. “Devem existir outras galáxias, provavelmente menos brilhantes e de menor massa, companheiras da UDFy-38135539 que também ajudam a tornar o espaço entre as galáxias transparente. Sem esta ajuda adicional, a radiação da galáxia, por mais brilhante que fosse, ficaria presa no nevoeiro de hidrogênio circundante e não a teríamos observado”, explica o co-autor Mark Swinbank (University of Durham). O co-autor Jean-Gabriel Cuby (Laboratoire d´Astrophysique de Marseille) diz: “Estudar a era da reionização e da formação de galáxias é levar ao extremo as capacidades dos atuais telescópios e instrumentos, mas será apenas ciência de rotina quando o European Extremely Large Telescope do ESO – que será o maior telescópio do mundo a trabalhar nas bandas do visível e infravermelho próximo – estiver operacional.”


Créditos: Ciência e Tecnologia

Cientistas detectam potássio na atmosfera de 2 planetas distantes


Duas equipes de astrônomos, da Universidade da Flórida (EUA) e da Universidade de Exeter (Reino Unido), informam ter encontrado sinais do elemento químico potássio na atmosfera de dois planetas de fora do Sistema Solar, HD 80606 b, a 190 anos-luz, e XO-2b, a 485 anos-luz. Ambos os planetas são gigantes gasosos e têm temperaturas extremamente altas, de 1.200º C e 926º C, respectivamente. Esse calor é suficiente para vaporizar o potássio, que na Terra é um metal prateado que se oxida rapidamente e reage de forma violenta com a água. Íons de potássio são fundamentais para a vida na Terra. Modelos teóricos já previam a presença de potássio vaporizado na atmosfera de gigantes gasosos extremamente quentes, mas os dois trabalhos, representam a primeira confirmação prática da previsão. O pesquisador David Sing, da Universidade de Exeter, que encabeçou o grupo britânico, disse que a descoberta "vem em apoio a muitas teorias sobre os planetas desse tipo". Ele destacou ainda, em nota, que a detecção foi feita com o uso de uma nova técnica que poderá ajudar na compreensão e caracterização de outros planetas. Segundo Eric Ford, da Universidade da Flórida, a técnica, chamada espectrometria de banda estreita de trânsito, "abre as portas" para a comparação da abundância de átomos e moléculas na atmosfera de diversos planetas. Essa espectrometria funciona com a medição da luz que passou através das camadas superiores da atmosfera de um planeta, e o uso de equipamentos especialmente sensíveis para analisar os dados. Ambos os estudos foram realizados com o uso do Gran Telescópio Canárias, localizado no pico de la palma, nas Ilhas Canárias. "Essa técnica só funciona para planetas que passam na frente de suas estrelas, como vistas da Terra", disse Ford, destacando ainda que, dos quase 500 planetas já descobertos, poucos são os que cumprem esse requisito e, menos ainda, os que orbitam estrelas brilhantes o suficiente para permitir observações com precisão.


Créditos: Estadão

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Astrônomos encontram estranho ponto quente em exoplaneta


O planeta gigante gasoso denominado Upisilon Andromedae b, possui uma órbita bem próxima de sua estrela, com uma face sendo eternamente cozida pelo calor da estrela. Ele pertence a uma classe de exoplanetas, denominados Júpiteres Quentes, assim chamados devido a sua temperatura e tamanho e a sua constituição gasosa. Pode-se pensar de maneira lógica que a parte mais quente do planeta seria aquela diretamente sobre o calor da estrela, mas observações anteriores têm mostrado que as manchas quentes do planeta aparecem um pouco distante desse ponto. Os astrônomos pensam que violentos ventos podem estar empurrando o material quente e gasoso ao redor do planeta. Mas uma nova descoberta pode colocar essa teoria em questão. Usando o Spitzer, os astrônomos descobriram que a mancha quente do planeta Upisilon Andromedae b está deslocada em 80 graus do ponto que se imaginava. Basicamente, essa mancha quente se localiza sobre o lado do planeta ao contrário daquele diretamente voltado para o calor da estrela. “Nós realmente não esperávamos encontrar um ponto quente tão longe da face voltada para a estrela”, disse Ian Crossfield, principal autor do artigo que relata a descoberta que é publicada no Astrophysical Journal. “É claro que nós entendemos menos sobre a energia atmosférica dos Júpiteres Quentes do pensávamos antes”. Os resultados são parte do crescimento do campo de pesquisa sobre a ciência atmosférica de exoplanetas, iniciada de forma pioneira em 2005 pelo Spitzer, quando ele se tornou o primeiro telescópio a observar de forma direta fótons provenientes de exoplanetas ou de planetas orbitando uma estrela que não fosse o Sol. Desde então, o Spitzer, juntamente como o Telescópio Espacial Hubble da NASA, têm estudado as atmosferas de alguns dos Júpiteres Quentes, encontrando água, metano, dióxido de carbono e monóxido de carbono. No novo estudo, os astrônomos relataram as observações do Upisilon Andromedae b, feitas durante cinco dias em Fevereiro de 2009. Esse planeta circula a sua estrela a cada 4.6 dias, como foi medido utilizando-se da técnica de velocidade radial, com telescópios baseados em terra. Ele não cruza ou faz um trânsito em frente a estrela como muitos outros Júpiteres Quentes estudados pelo Spitzer. O Spitzer mediu a luz total combinada da estrela e do planeta, à medida que o planeta a orbitava. O telescópio não pode ver o planeta diretamente, mas ele pode detectar as variações na luz infravermelha total que é emitida pelo sistema que aumenta à medida que o lado quente do planeta entra no campo de visão da Terra. A parte mais quente do planeta consequentemente gera a maior parte da luz infravermelha. Os astrônomos então discutem algumas possibilidades, incluindo o fato de que ventos supersônicos disparam ondas de choque que esquentam o material e as interações magnéticas entre o planeta e a estrela. Mas isso é somente especulação. À medida que os astrônomos examinam mais Júpiteres Quentes, os astrônomos terão a capacidade de testar novas teorias. “Esse é um resultado muito inesperado”, disse Michael Werner, cientista do projeto Spitzer da NASA sediado no Laboratório de Propulsão a Jato em Pasadena na Califórnia, que não participou do estudo. “O spitzer está nos mostrando que nós temos um longo caminho para entender completamente esses mundos alienígenas”. As observações do Spitzer foram feitas antes do observatório esgotar o seu líquido que o mantinha frio em Maio de 2009, iniciando oficialmente a chamada missão quente.


Créditos: Cienctec

Europa Transitando Júpiter


A seqüência de imagens aqui reproduzida mostra a lua Europa transitando o planeta Júpiter e foi feita diretamente de um observatório localizado no jardim de uma casa em Dayton, Ohio na noite de 29 de Setembro de 2010. Após Júpiter nascer atrás das árvores da vizinhança e o céu limpar foi possível registrar algumas imagens desse trânsito. Europa é a quarta maior lua de Júpiter, um pouco menor do que a nossa Lua. Ela é uma das luas mais brilhantes do Sistema Solar com um albedo de 0.64. Ela é comparada ao albedo de Júpiter que é de 0.52. Em contraste, a nossa Lua tem um albedo de 0.12. O brilho intenso de Europa é atribuído a sua crosta de gelo. Ela tem um brilho suficiente para ser observada mesmo quando se movimenta a frente das nuvens de Júpiter. A mancha negra nas fotos 3 e 4 é a sombra de Europa. As fotos foram feitas entre 12:06h e 13:51h, usando uma máquina acoplada a um telescópio Schmidt-Cassegrain de 10 polegadas.

Créditos: EPOD

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Marte: quão profundo podemos ir?


Existem alguns lugares em Marte que são mais baixos que outros. Na primeira imagem, a parte esquerda se refere ao assoalho do lugar chamado de Melas Chasma que fica a aproximadamente 9 km abaixo da planície ao seu redor. Novas imagens da sonda da ESA Mars Express destacam a complexa história desse enorme cânion marciano. A estrutura da Melas Chasma faz parte do enorme vale Valles Marineris que se estende por mais de 4.000 km ao longo da superfície do planeta vermelho. Essa imagem cobre uma área de 200 km x 100 km de 20.000 quilômetros quadrados que tem aproximadamente o tamanho da Eslovênia. Ao redor de Melas Chasma, existe grande evidência de que a água fluiu pelo planeta no passado. Essa evidência é forte não só pela existência de canais de água mas também pelo fato de ali existirem depósitos brilhantes de compostos de sulfatos que provavelmente foram depositados por lagos. Os flancos do vale mostram evidências de múltiplos e imensos deslizamentos de terra que criaram grandes depósitos de material na forma de leques. Esses detritos parecem ásperos e confusos em contraste com a superfície suave adjacente visível na bacia. As rochas mostram texturas de fluxo indicando que alguma vez já se depositou água líquida, gelo, água ou lama. Diques de sedimentos também podem ser vistos aqui. O mapa de elevação codificado por cores mostra as grandes variações em altitude presentes dentro dessa região. A diferença entre o assoalho, na esquerda da imagem para o platô à direita é de mais de 9 km. Mas como é possível medir essas elevações em Marte? Na Terra, nós usamos o nível do mar como referência. Para o caso de Marte, os cientistas derivam uma forma média e o tamanho do planeta com base nas observações feitas pelas sondas. Eles chamam essa forma geral de aeróide e a utilizam como referência para definir as elevações no planeta vizinho. No caso de Melas Chasma, as porções mais profundas do cânion estão 5 km abaixo do aeróide, enquanto que o platô se localiza a elevações de 4 km acima da superfície de referência. No alto do platô, alguns antigos vales estão preservados. A orientação dos maiores é paralela a borda do penhasco, que pode indicar que o vale originalmente seguiu uma antiga linha de falha. Lembrando que as falhas são as principais razões para a instabilidade nos flancos, que freqüentemente entram em colapso formando enorme avalanches.

Créditos: Space Fellowship

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Os anéis de Saturno podem ter se formado a partir da destruição de uma lua gigante


Os anéis de Saturno podem ter se formados a partir da morte de um satélite primordial do tamanho de Titã que teve suas camadas externas arrancadas e enviadas em forma de espiral para um planeta Saturno jovem. Um dos problemas que os cientistas se deparam ao tentar explicar de onde vieram os anéis de Saturno é a sua composição, diz o cientistas planetário Robin Canup do Southwest Research Institute em Boulder no Colorado. Os anéis são compostos entre 90% e 95% de água, muito pelo fato de que o Sistema Solar teria sido composto por iguais quantidades de gelo e rocha. Além do mais os anéis têm coletado poeira interplanetária mesmo depois de terem sido formados. “Então eles precisam ter se formado essencialmente de gelo”, disseram a pesquisadora em um encontro da Division for Planetary Science da American Astronomical Society em Pasadena na Califórnia. As luas internas de Saturno são também anomalias com baixas densidades de modo que elas precisam também ser compostas praticamente de gelo puro. Teorias anteriores sugerem que os anéis foram produzidos pela ruptura de uma pequena lua que caiu em direção ao planeta, mas acabou tendo os seus restos capturados pela gravidade do planeta, ou por um cometa bem grande que acabou tendo o mesmo destino. A hipótese da lua pequena enfrenta logo de cara a questão de por que existe tão pouca rocha. E a ruptura de cometas deve ter sido algo muito mais comum em Saturno do que em outros planetas. A hipótese de Canup é que os anéis foram formados quando uma lua do tamanho de Titã com um núcleo rochoso e um manto formado de gelo caiu em um movimento espiral em Saturno no início da história do Sistema Solar. Forças de maré arrancaram parte do manto de gelo distribuindo esses detritos ao redor do planeta no que conhecemos hoje como os anéis. Mas o núcleo rochoso era composto de um material mais resistente. “Ele atingiu a superfície do planeta antes de se romper”, disse ela. “O resultado finalmente é um anel de gelo puro”. Após isso algumas partes desse gelo foi condensada novamente em novas luas, adicionou a pesquisadora. Mas devido a mudanças no sistema de desenvolvimento de Saturno essas luas não caíram em forma de espiral em direção ao planeta. “Essa é uma idéia muito inteligente”, disseram Joseph Burns, um cientistas planetário da Cornell University em Ithaca, New York. “Uma das coisas que essa teoria permite é que os anéis seriam constituídos de gelo puro, o que até então era um problema para ser explicado”. Ele ainda adiciona, pelo fato da teoria de Canup indicar que grandes satélites tinham a tendência de caírem em direção ao planeta, poderia existir ali uma corrente de satélites do tamanho de Titã que caíram em seqüência e foram morrendo. Titã seria um sobrevivente que restou depois que esse sistema se estabilizou. Se a teoria de Canup estiver correta, Saturno originalmente deve ter tido anéis muito mais massivos que os atuais. Isso significa que os anéis continham material suficiente para gerar luas como Encélado, Tétis e Dione. “Isso ocorreu muito naturalmente como parte de um outro processo de formação – o processo pelo qual os anéis se formaram. Eu gostaria de dizer que ela tem um história muito convincente”, conclui Burns. Larry Esposito, um cientista planetário da University of Colorado, concorda. “Eu estou confortável com as conclusões da pesquisadora e acredito que outros cientistas especialistas nos anéis de Saturno irão considerar de forma séria essa nova idéia”, diz ele adicionando que testes serão feitos quando a sonda Cassini que hoje orbita Saturno medir a massa dos anéis em uma fase posteriormente da missão.

Créditos: Cienctec

domingo, 17 de outubro de 2010

A Via Láctea tem uma forma quadrada de acordo com o novo mapa galáctico


A estrutura de galáxias próximas como a galáxia de Andromeda é relativamente direta e fácil de se ver. Mas a Via Láctea representa um tipo de desafio totalmente diferente. O problema no caso da Via Láctea é que estamos observando-a de lado, neste caso as estrelas mais próximas e as nuvens se sobrepões sobre as mais distantes. Falar disso a distância é complicado pois trabalhar com qualquer objeto astronômico que esteja distante de nós é uma tarefa complicada. E fazer uma estimativa geral da estrutura requer muita habilidade. Mas os astrônomos possuem determinados truques que os ajudam a resolver esse problema. A maneira convencional de se trabalhar com a estrutura é um processo dividido em duas etapas. Os astrônomos primeiro criam um modelo da galáxia e trabalham então como cada parte da estrutura está se movendo com relação a nós que somos os observadores. Então eles limpam a Via Láctea de nuvens de hidrogênio ionizado. Os astrônomos podem trabalhar a velocidade dessas nuvens estudando o espectro de emissão e observando os desvios que ocorrem nas linhas espectrais graças ao movimento. Ajustando essa velocidade medida com os valores calculados, os astrônomos podem trabalhar onde na galáxia as nuvens deveriam estar. Mas esse método é notoriamente ambíguo, não somente pelo fato de ninguém saber ao certo o quão rápido a galáxia está girando, então esse modelo provavelmente tem todos os tipos de erros. Mas outro problema é que as estrelas que orbitam o centro da galáxia a uma mesma distância de nós, todas têm uma velocidade muito parecida. Então trabalhar onde elas estão é complicado. Assim não é nenhuma surpresa constatar que há pouco consenso sobre a estrutura exata dos braços espirais da Via Láctea. Atualmente Jaques Lepine da Universidade de São Paulo no Brasil e alguns de seus colegas adicionaram um tempero especial a essa mistura. Eles estudaram os espectros produzidos por nuvens de monosulfeto de carbono, um componente relativamente comum na nossa galáxia, ao invés de trabalharem com o hidrogênio ionizado. Isso forneceu a eles a informação da velocidade de 870 regiões da Via Láctea que eles usaram então para criar um novo mapa da galáxia com detalhes nunca antes vistos. Uma das conclusões desse estudo é que a Via Láctea tem um braço espiral adicional, não visto em pesquisas anteriores da galáxia. O novo braço está localizado a aproximadamente 30.000 anos-luz do centro galáctico a uma longitude entre 80 e 140 graus. Mas a maior surpresa é a conclusão de que alguns braços da Via Láctea não são curvos de maneira tradicional, mas sim retos. Isso dá a Via Láctea uma aparência quadrada. Isso não é tão ultrajante como parece. Os astrônomos sabem que muitas galáxias possuem braços retos, como a M101, a Galáxia de Pinwheel mostrada na imagem acima. Assim, de acordo com Lepine e os co-autores, alguém olhando para nós da galáxia M101 vai ver uma estrutura similar a um quadrado. Essa é na verdade uma descoberta muito fascinante.

Créditos: Ciência e Tecnologia

sábado, 16 de outubro de 2010

Detalhando a divisão de Cassini


A sonda Cassini da NASA sobrevoou entre os anéis A e B de Saturno para espiar a estrutura da Divisão de Cassini. A Divisão de Cassini, ocupa a porção central esquerda da imagem, possui cinco bandas apagadas de material que compõem os anéis de Saturno, mas nem toda a divisão é mostrada nessa imagem. O anel B está a direita na imagem. O Espaço de Huygens é a ampla faixa negra no centro da imagem. Essa imagem foi feita com a sonda apontada para o norte ensolarado dos anéis a aproximadamente 3 graus acima do plano dos anéis. A imagem foi tirada em luz visível com a câmera de ângulo estreito da Cassini em 03 de setembro de 2010. A visão foi obtida a uma distância de aproximadamente 443.000 quilômetros de Saturno. A escala da imagem é de 2 km por pixel.


Créditos: Cienctec

Descoberta estrela de nêutrons com fonte secreta de energia


Grandes labaredas e explosões de energia - atividade que, acreditava-se, era exclusiva dos pulsares mais fortemente magnetizados - foram detectadas emanando de um pulsar fracamente magnetizado e de rotação lenta. A equipe de astrofísicos que fez a descoberta acredita que a fonte da potência desse pulsar pode estar oculta sob a superfície. Pulsares, ou estrelas de nêutrons, são os remanescentes de estrelas de grande massa. Embora tenham, em média, apenas 30 km de diâmetro, eles contam com campos magnéticos poderosos na superfície, bilhões de vezes mais intensos que o do Sol. O tipo mais intenso de pulsar tem campo magnético de superfície de 50 a 100 vezes maior que o normal e emite poderosas labaredas de raios gama e raios X. Astrônomos acreditam que o campo magnético desses astros, chamados magnetares, sejam a fonte fundamental de energia para explosões de raios gama. Estudos teóricos indicam que o campo magnético interno dos magnetares é, de fato, ainda mais intenso que o da superfície, uma propriedade que pode deformar a crosta e propagar-se para fora. O decaimento do campo magnético leva à produção contínua de raios X, causada pelo aquecimento da crosta ou pela aceleração das partículas. Uma pesquisa publicada na edição desta semana da revista Science, sugere que a mesma fonte de energia pode funcionar também em pulsares mais fracos, que não atingem a intensidade de campo magnético de um magnetar. As observações, feitas pelos telescópios de raios X, Chandra e Swift, da estrela de nêutrons SGR 0418, podem indicar a presença de um imenso campo magnético interno nesses pulsares aparentemente fracos. "Descobrimos atividade do tipo magnetar em um novo pulsar de campo magnético muito baixo", disse, por meio de nota, a pesquisadora Silvia Zane, do University College London, que é co-autora da pesquisa. Segundo ela, trata-se de uma descoberta sem precedentes, que levanta a questão de qual o mecanismo que gera a energia das explosões de radiação. "Também estamos interessados em que proporção da população de estrelas de nêutrons normais e de baixo campo magnético da galáxia pode, em algum momento, acordar e se manifestar como uma fonte de labaredas", acrescentou.

Créditos: Astronomia e Universo

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Último suspiro


Os estágios finais da vida das estrelas são bem conhecidos. Sabemos que estrelas com pouca massa (como o nosso Sol) vivem muito tempo e acabam seus dias como anãs brancas, envoltas em nebulosas planetárias. Já as estrelas com muita massa vivem muito pouco e acabam suas vidas de modo muito mais violento, em explosões de supernova, deixando para trás uma estrela de nêutrons ou mesmo um buraco negro. Mas isso é no atacado; no varejo, a história é outra. Quando o hidrogênio de uma estrela como o Sol se acaba, o seu núcleo se contrai violentamente, pois sua temperatura cai de repente. Ao mesmo tempo, as camadas externas são ejetadas para o espaço. O núcleo contraído transforma-se em uma anã branca com a compactação da matéria, a ponto de aproximar os elétrons e os núcleos dos átomos. Já as camadas externas se expandem e são ionizadas pela anã branca, transformando-se em uma nebulosa planetária. Aliás, esse nome nada tem a ver com planetas: ele surgiu na época em que as primeiras delas foram observadas com telescópios, há mais de 200 anos. A forma arredondada, quase circular e nebulosa dava a impressão de se tratar de um planeta. Mas cada nebulosa planetária revela uma surpresa. A surpresa da vez vem da NGC 2371, uma nebulosa planetária na constelação de Gêmeos. Isso porque esta imagem do Hubble mostra o gás da nebulosa, rico em hidrogênio e oxigênio (verde e azul, respectivamente) se expandindo em torno do ponto central brilhante, o núcleo de uma gigante vermelha brilhando a uns 250 mil graus Celsius de temperatura. Até aqui tudo bem, mas as duas manchas claras avermelhadas e os vários pontos rosados na nebulosa não estão no roteiro.
Algumas pistas: a cor clara delas revela que são ricas em nitrogênio e são relativamente mais frias que o resto da nebulosa. E o fato de as duas manchas mais extensas estarem diametralmente opostas sugere um jato partindo do centro. Este jato aparentemente se mexeu no decorrer do tempo, indicando a possibilidade de uma estrela dupla no centro da nebulosa. Com o passar do tempo, o núcleo vai esfriar e possivelmente vai se transformar em uma anã branca. Enquanto isso, a gente vai quebrando a cabeça tentando entender o que se passa por lá.

Créditos: G1

Plutão e Caronte


Nesta imagem obtida pelo Hubble em 1994, vemos claramente o planeta Plutão e a sua lua Caronte. Plutão foi descoberto pelo jovem Clyde Tombaugh em 1930, durante a procura sistemática de um planeta transnetuniano previsto pelos cálculos de Percival Lowell e William Pickering. Embora os cálculos estivessem errados, Plutão foi descoberto. Em 1978, Caronte é detectada por James Christy, do Observatório Naval dos EUA, que repara numa mancha irregular em Plutão numa chapa fotográfica. A presente imagem foi obtida quando o planeta se encontrava a 2,6 bilhões de quilômetros da Terra, ou seja, 30 vezes a distância entre a Terra e o Sol. Caronte encontrava-se próxima da máxima elongação da sua órbita à volta de Plutão (0,9 segundos de arco), de forma que os dois objetos estavam separados por 19.640 km. Esta imagem permitiu medir com precisão o diâmetro de Plutão, 2.320 km e de Caronte, 1.270 km. A diferença de cor nos objetos, com Caronte mais azulada do que Plutão, indica que as suas superfícies têm estruturas e composições diferentes. Um halo brilhante em Plutão sugere que este possa ter uma camada refletora à superfície.

Créditos: Portal do Astrónomo

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Jipe Opportunity frente a frente com meteorito marciano


A agência espacial americana, Nasa, divulgou esta imagem super aproximada de uma rocha assentada sobre a superfície de Marte. A cena foi registrada pelo explorador robótico Opportunity, que analisou a composição da pedra e confirmou as suspeitas dos pesquisadores. De acordo com Laboratório de Propulsão a Jato, JPL, foram usados diversos instrumentos para analisar a textura e a composição da rocha, entre eles um imageador microscópico e um espectrômetro de raios-x e partículas alfa, que fazem parte do conjunto de instrumentos a bordo do jipe-robô. Os primeiros resultados confirmam que a rocha, batizada de "Oileán Ruaidh", é de fato um meteorito de 48 centímetros, composto principalmente de níquel e ferro, confirmando as suspeitas dos pesquisadores americanos. Segundo o JPL, traços de outros elementos químicos foram detectados, mas em frações infinitesimais. As primeiras imagens de "Oileán Ruaidh" (pronuncia-se ai-len ruah) foram feitas em 16 de setembro de 2010, durante o 2.363º dia marciano de atividade do jipe Opportunity. A cena mostrada foi feita no dia 24 de setembro, durante o 2371º Sol (quantidade de dias marcianos desde que o jipe pousou na superfície). A imagem apresenta as cores reais do meteorito e foi feita por três câmeras. Após coletar os dados de Oilean Ruaidh, o Opportunity se deslocou por 100 metros e retomou a sua jornada em direção à cratera Endeavour, sua próxima missão de longo prazo. A exploração do jipe Opportunity é uma das mais bem sucedidas missões planetárias. O jipe já percorreu mais de 23 quilômetros no solo marciano. Somados à expedição de seu irmão gêmeo Spirit, do outro lado do planeta, a exploração marciana detêm o recorde de mais de 31 quilômetros de trilhas percorridas.

Créditos: Apolo 11

Astrônomos encontram estruturas gigantescas do início do Universo


Olhando para o passado quando o nosso Universo tinha metade da idade atual, os astrônomos estão descobrindo o aglomerado de galáxias mais massivo já observado a uma distância tão grande. Os pesquisadores dizem que se pudéssemos ver ele como ele aparece hoje, ele seria um dos mais massivos aglomerados de galáxias do universo. O aglomerado modestamente apelidado de SPT-CL-J0546-5345, tem o peso de aproximadamente 800 trilhões de sóis, e aglomera centenas de galáxias. “Esse aglomerado de galáxias vence com facilidade o título de super pesado”, diz Mark Brodwin do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics. “Esse aglomerado é cheio de galáxias velhas, significando que ele se formou bem no início da história do universo – dentro dos primeiros dois bilhões de anos”. Usando o novo South Pole Telescope, Brodwin e seus colegas estão pesquisando por aglomerados de galáxias gigantescos usando o efeito Sunyaev- Zel’dovich – uma pequena distorção na radiação de microondas cósmica de fundo, o brilho que cobre todo o céu e que foi ali deixado pelo Big Bang. Essas distorções são criadas à medida que a radiação de fundo passa através de um grande aglomerado de galáxias. Os pesquisadores encontraram esse aglomerado peso pesado em algumas de suas primeiras observações com o novo telescópio. Localizado na constelação do hemisfério sul Pictor (o Pintor), o aglomerado tem um desvio para o vermelho de z=1.07, o que fornece a ele uma distância de 7 bilhões de anos-luz, significando que nós o vemos como ele parecia 7 bilhões de anos atrás, quando o universo tinha metade da sua idade e o nosso Sistema Solar nem existia ainda. Mesmo sendo tão novo o aglomerado é quase que tão massivo quanto o aglomerado próximo de nós da Coma. Desde então ele deve crescer e assumir um tamanho quatro vezes maior. Aglomerados de galáxias como esse podem ser usados para estudar como a matéria escura e a energia escura influenciam o crescimento de estruturas cósmicas. Há muito tempo atrás o universo era menor e mais compacto, então a gravidade tinha uma influência maior. Assim, era muito mais fácil para os aglomerados de galáxia crescerem especialmente em áreas que já eram mais densas do que a região ao redor. “Você pode dizer nesse caso que os ricos sempre ficarão mais ricos, ou seja, as regiões densas se tornavam cada vez mais densas”, comenta o astrônomo de Harvard Robert Kirshner sobre o novo estudo. À medida que o universo se expande com uma taxa acelerada devido a energia escura, o crescimento dessas regiões se torna mais difuso. A energia escura agora domina sobre a força de gravidade e impede a formação de novos aglomerados de galáxias. O principal objetivo da pesquisa feita usando o South Pole Telescope é encontrar uma grande quantidade de aglomerados de galáxias massivos para então medir a equação de estado da energia escura, que caracteriza a inflação cósmica e a expansão acelerada do universo. Objetivos adicionais incluem o entendimento da evolução do gás quente dentro dos aglomerados de galáxias, o estudo da evolução dos aglomerados massivos de galáxias e a identificação de distantes lentes gravitacionais e de galáxias com formação de estrelas em uma taxa acelerada.


Créditos: Ciência e Tecnologia

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Astrônomos observam asteróide passar perto da Terra


O asteróide 2010 TD54 fez sua maior aproximação da Terra às 7h51 de Brasília, quando ficou dentro de um raio de de 45 mil km do planeta. O astro estava sobre o sudoeste asiático, perto de Cingapura. Astrônomos do Massachusetts Institute of Technology (Instituto de tecnologia de Massachusetts, MIT), em Boston, Estados Unidos, usaram um link remoto com o Infrared Telescope Facility (Telescópio Infravermelho, IRTF) da NASA no Havaí para observar o asteróide, que possui uns 10 metros de comprimento. Não houve risco do asteróide entrar na atmosfera ou explodir. Mesmo que entrasse, ele seria muito pequeno para sobreviver à passagem pela atmosfera e chegar ao chão. "No caso do 2010 TD54, queremos aprender sua composição básica e ver se seu encontro com a Terra causa alguma mudança (nele)", disse Richard Binzel, professor de ciência planetária no MIT. Estudos anteriores mostraram que encontros de asteróides com a Terra podem causar tremores que movem material da superfície, alterando sua aparência. 2010 TD54 foi descoberto no último sábado (09/10/2010) por astrônomos usando o Catalina Sky Survey, patrocinado pela NASA, em Tucson, Arizona. Pequenos asteróides que antes eram desconhecidos, como o 2010 TD54, frequentemente passam pela Terra. Acredita-se que um asteróide com cerca de 5 metros passe por dentro da órbita da Lua cerca de uma vez por dia, segundo cientistas da NASA. Tipicamente, um deles entra na atmosfera terrestre a cada dois anos. Estima-se haver 30 milhões de asteróides desconhecidos em nosso Sistema Solar. Asteróides com cerca de 140 metros podem causar danos generalizados em seus locais de impacto, mas para uma devastação global, os asteróides teriam que ser maiores. A NASA regularmente rastreia asteróides e cometas que passam perto da Terra como parte de seu programa Near-Earth Object Observations (Observações de Objetos Próximos à Terra), que usa uma rede de telescópios no solo e no espaço. O programa já rastreou 85% dos maiores asteróides que passam perto da Terra e 15% dos asteróides do tipo de 140 metros, segundo o último relatório. A NASA também planeja enviar astronautas a um asteróide daqui a cerca de quinze anos, segundo o novo planejamento pedido pelo presidente Barack Obama. A missão poderia ajudar cientistas a entender melhor a composição de asteróides, assim como desenvolver melhores métodos de impedí-los caso representem uma ameaça à Terra.


Créditos: Blog do Astrônomo

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Cientista localiza grupo de galáxias supostamente extintas


Um cientista de uma universidade australiana localizou um grupo de galáxias supostamente extintas e cuja existência contribuirá para entender a origem das estrelas. "Se não tivéssemos feito essa descoberta, pensaríamos que essas galáxias haviam desaparecido há aproximadamente 5 bilhões de anos", declarou Andy Green, que fez o achado enquanto pesquisava para seu doutorado na Universidade de Swinburne, em Victoria. No estudo, publicado na nova edição da revista científica Science, Green explica que o grupo está a "apenas" 1 bilhão de anos-luz da Via Láctea. "Ninguém esperava encontrá-lo, muito menos tão perto", disse. O cientista calculou que nosso universo tem cerca de 14 bilhões de anos, quando aconteceu o Big Bang, e que a Via Láctea surgiu pouco depois, possivelmente há 10 bilhões de anos. "As características são similares às de galáxias bem antigas, que teriam sido formadas no começo do universo, mas, no entanto, têm forma de disco, como a nossa, e se comportam como galáxias jovens", descreveu o astrônomo. Green fez um paralelo com a descoberta de fósseis de dinossauro. "O fato de estar fossilizado dá a sensação de ser um animal já velho, mas é possível que o dinossauro tenha morrido bebê." As galáxias são conjuntos de gases, pó interestelar e bilhões de estrelas que, por conta da gravidade, giram em torno do seu centro. Quando o gás se condensa nas chamadas "nuvens moleculares", dá origem aos astros que, quando alcançam o final de sua evolução, produzem mais gás. "As galáxias que descobrimos estão vivas e têm uma turbulência interior que as permite criar estrelas muito mais rapidamente do que a Via Láctea. Elas formam dezenas e até centenas de estrelas a cada ano, muitas delas tão grandes quanto o Sol", relatou o cientista. Green explica que a turbulência influi na rapidez com que se formam as estrelas e quanto mais estrelas se transformam em gases, mais astros poderão nascer e, assim, parece que as galáxias regulam sua própria regeneração e a geração da matéria. "Mas ainda não se sabe como", salienta. O cientista acrescenta que "Quando as estrelas nascem, emitem uma energia que cria desordem no gás que as rodeia e a turbulência gera o nascimento de novas estrelas". Esse processo pode ser estudado e aprofundado a partir do grupo de galáxias encontrado. Green fez a descoberta com ajuda do Telescópio Anglo-Australiano e de especialistas do Observatório Astronômico Australiano, com o apoio de uma equipe de cientistas da sua universidade, da Universidade Nacional da Austrália e da Universidade de Toronto, no Canadá.

Créditos: Blog do Astrônomo